Capítulo 65

Por alguns segundos me vi deitada em seu lugar. Já disse que nos parecíamos e isso me enlouqueceu naqueles segundos em que via seu peito arfar. Cheguei a pensar que era por isso que Augusto me beijara quando menti sobre a minha mãe estar morrendo. Naquele momento vi sua figura projetada em mim e percebi que se fosse eu naquele chão, Augusto se sentiria aliviado e feliz. Senti o sangue penetrar em meus olhos e atirei em seu peito, deixando-a ali no chão frio, apagando a luz antes de sair. Fui para a casa. Não sei exatamente como cheguei lá. Parecia estar em outro mundo, ou enfrentando um pesadelo do qual logo acordaria e tudo seria diferente.

Queria um mundo onde as pessoas não mentiam, não traiam, não pensavam em si mesmas. Um mundo onde Augusto era meu, onde nosso filho cresceria naqueles campos de café, onde poderia rodá-lo nos braços ouvindo o som de sua gargalhada. Onde a felicidade

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