CLAIRE LEBLANCAquela noite no hotel tinha sido como um verdadeiro sonho, ao ponto de eu não querer acordar dele de jeito nenhum, ou melhor… que o dia seguinte não chegasse.Porque assim que ele chegou, a viagem de Alexis também veio, junto as malas sendo levadas para o seu carro, e um olhar triste em seu rosto ao me dar um abraço.— Eu sinto muito por não poder ir ao baile com você… — ele soltou, com aqueles olhos dourados fixados nos meus, — mas eu não podia recusar essa viagem…— Querido, já conversámos sobre isso ontem, — eu o lembrei, porque mesmo no hotel, com tudo o que ele tinha feito, ele acabou trazendo o assunto do baile a tona, com um ar cheio de culpa, — está tudo bem, teremos muitos bailes pela frente para ir, — sorri, — inclusive, quando você voltar… creio que tenham no mínimo uns três.— Ótimo, eu vou poder recuperar o tempo perdido. — Ele disse entre risos, ao me dar um beijo na testa, — vou tentar voltar o mais rápido possível.— Acho melhor mesmo, — brinquei, — volt
CLAIRE LEBLANCAssim que coloquei meus pés naquele salão, me dei conta da razão de não poder faltar ao evento, mesmo que sem a presença de Alexis, tudo parecesse tão frio. Aquele era um evento icônico e impossível de se esquecer.Os looks, os estilistas, os grandes nomes da moda e principalmente… as pessoas que eu sabia que faziam muito mais do que grande parte ali gostava de admitir, — por baixo dos panos.Eu me senti fabulosa e era isso que eu precisava, — mas depois de uma troca de palavras com um estilista ou outro que eu conhecia a um bom tempo, me vi entediada, sozinha e de certo modo… solitária.Era um fato que eu nunca tinha estado em um desses eventos sem Vanessa ou George, — e agora, eu conseguia sentir na pele o quanto a presença deles me fazia falta. Talvez o meu erro tenha sido justamente pensar naqueles dois traidores, porque naquela droga de exato momento, enquanto eu pegava uma taça na mesa de champanhe, um pigarrear familiar me chamou a atenção e o rosto mau humorado
GEORGE COLLINSQuando eu vi Claire LeBlanc saindo daquele baile, eu vi aquilo como um sinal para abandonar aquele lugar sem graça, que eu estava literalmente, apenas rondando enquanto servia de adereço para Vanessa, e a roupa que ela estava usando, — que tinha algum tipo de conceito de orquidia, ou algo assim. — Ela nem vai notar que eu não estou do lado dela mesmo. — Falei ao dar de ombros, depois de ver que ela estava ocupada demais, conversando com qualquer um que não fosse eu. Então, eu fui atrás de Claire — que pela sua expressão, não estava nem um pouco bem —, e assim que vi ela entrando em um táxi, eu logo fui atrás, com direito a até mesmo, a aquela frase idiota de filmes de ação: “siga aquele carro!”Tudo bem que eu fiz aquilo completamente sem pensar — até porque, ela podia muito bem acabar indo pra própria casa —, mas assim que eu parei na frente de uma daqueles bares luxuosos que podiam ser dignos de um hotel cinco estrelas.Eu me surpreendi — tinha que admitir — porque
CLAIRE LEBLANCAssim que eu acordei sentindo a porcaria da minha cabeça latejando, eu desejei com todas as forças que eu não tivesse bebido noite passada, ou melhor, que eu não tivesse resolvido ir até aquele maldito bar. Mas a pior parte? Não foi nem a minha nítida ressaca naquela manhã, não... era algo — ou melhor, alguém —, que eu mal estava acreditando, que estava na minha frente. George Collins.— Que porra é essa? — Falei assim que me sentei na cama e afastei o meu corpo, apenas para notar que o mesmo... estava sem roupas. "Não, não, não... NÃO!" Ficou ecoando na minha cabeça como se aquilo fosse mudar alguma coisa, e quando os olhos de George se abriram, porra... eu não sabia se queria gritar com ele, ou simplesmente morrer por temer a resposta que ele me daria, caso eu perguntasse o que aconteceu noite passada. — Claire, meu amor... já acordou? — Ele me questionou, como se ainda estivéssemos noivos, e toda aquela traição e término, tivessem sido nada mais, nada menos, que
CLAIRENão havia nada que o dinheiro não pudesse comprar.Era algo que eu tinha conhecimento desde o berço, porque desde jóias a pessoas… todos eram entregues a você, caso você mostrasse os zeros depois da vírgula, que existiam em sua conta bancária. E quando você era um LeBlanc? Isso ficava ainda mais aparente, e brilhante como jóias recém lapidadas.Quer saber qual era a maior prova disso? Era o baile anual. Baile esse que sempre causava discórdias, gritos, choros e principalmente alegria. Porque além de ser o evento mais aguardado de todas as famílias que possuíam um certo renome (e já eram rostos repetidos nesse evento), também era algo que os new richs ansiavam — já que se a sua família recebesse um convite, era quase certo que os contatos brotaram na sua porta, além de claro… isso ser uma prova de que a família LeBlanc… te admirava de alguma forma.E esse baile em específico? Eu havia sido a pessoa responsável por organizar.Fiquei quase um mês inteiro sem dormir direito por con
CLAIRE— Você está bem? — Foi a primeira coisa que eu ouvi saindo daqueles lábios rosados, o corpo dele se agachando para ficar na mesma altura que o meu estava, — aqui… você precisa mais do que eu.O loiro me entregou um lenço branco depois de dizer, um que tinha bordados nas bordas, junto a um 'G'.— Obrigada… — agradeci depois de pegar o lenço, para logo me sentir culpada por manchar aquilo com o meu rímel, — me… desculpa por isso…— Tudo bem, tem mais uns… vinte desses em casa. — Ele falou com simplicidade, — mas… o que te fez chorar? Coração partido?Suspirei.— Como adivinhou? — questionei antes de assoar o meu nariz.— Foi apenas um chute. — Ele deu de ombros, — quer desabafar? Eu juro que sou um ótimo ouvinte, e eu também não espalho.Dei de ombros.O que eu tinha a perder naquele ponto?— Eu fui corna. — Falei sem filtro algum, já não ligando muito para as minhas aulas de etiqueta, ou os modos que eu sempre precisava ter em sociedade.Afinal, convenhamos… eu estava com a maq
CLAIRE Aquela boca quente estava chupando o meu peito, os meus dedos se entrelaçando a aqueles fios loiros, o meu corpo se arqueando por querer mais dele enquanto a minha respiração ficava ainda mais ofegante.Porra…Por que aquilo era tão bom? O meu corpo já tinha se arrepiado por completo, e a minha buceta? Ela estava tão molhada, que eu conseguia sentir a minha calcinha encharcada. E quando os dedos dele começaram a brincar comigo, apenas contornando a minha buceta, ameaçando entrar, ameaçando estimular o meu clitóris… eu quase chorei de frustração.— Pare de… me torturar… — falei entre gemidos, apenas para ele trazer o rosto dele até o meu, um sorriso de canto brotando em seu semblante, repleto de malícia.— Eu deveria? — Ele soltou, virando o meu corpo para a parede, — o que eu ganharia com isso? — a voz dele estava próxima a minha orelha naquele momento, beijos começando a serem depositados em minhas costas, uma de suas mãos continuando em meu seio.— Por favor… — choraminguei.
ALEXISAssim que eu despertei, eu apenas senti aquela luz bater nos meus olhos de forma completamente cruel, o meu corpo se virando enquanto eu espreguiçava os braços, a minha mão procurando por aquele corpo delicado, pálido.Mas… não havia ninguém ali.Basicamente, sem sinal de Claire LeBlanc.— Eu fui deixado? — Eu me questionei com puro ultraje tomando conta do meu ser, — logo… eu? — Eu tentava confirmar aquilo comigo mesmo, olhando em volta, vendo se eu não escutava nenhum barulho de chuveiro, contudo… novamente, não tinha nada dela.Pelo menos… até eu ver um recado, que havia escrito com uma letra excessivamente… perfeita.Ele havia sido dobrado ao meio para ficar em pé naquela mesa de cabeceira, a parte da frente com as palavras: “Para o meu querido estranho.” Escrito nele.E sim, eu ainda me encontrava revoltado por ter sido abandonado, mas ao mesmo tempo? Eu não podia negar que aquilo foi um tanto… fofo.— Querido estranho, peço que por favor use a parte dos fundos para ir emb