Capítulo Final
— Sr. Fabiano, se passaram meia hora desde que lhe convidamos para o café matinal, até quando teremos se lhe esperar?

— Está bem, está bem, já estou indo!

— Nada disso, eu mesma vou levá-lo desta vez, vamos lá!

A enfermeira conduziu o idoso por um corredor estreito em direção a sala, onde os demais idosos o aguardavam inquietos em orno de uma ampla e farta mesa, para juntos participarem da refeição matinal e, por um breve momento, lhe foi possível deixar para trás as amargas lembranças daquele passado sombrio que por tantos anos lhe fez perder a alegria de viver.

Através da janela, estrategicamente colocada naquela sala onde a solidão fez morada, ainda se podia ver o reflexo das sombras que passavam a longos passos sobre aquela velha calçada de pedras. A arvore plantada no jardim da praça, cujos ventos embalavam suavemente seus galhos, também ainda estava ali, enquanto uma chuva fina molhava a rua que ele costumava admirar em silêncio.

Todos os dias, enquanto se perdia nas
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