Capítulo 34: De um dorama?

Fernando Duarte:

Confiro mais uma vez as horas no relógio digital do meu celular, os números luminosos marcam exatamente vinte e duas horas. Uma sensação de ansiedade palpita em cada ponta dos meus dedos, fazendo-me agitar o celular entre as mãos. Perdi a conta de quantas vezes peguei o aparelho, ascendi e apaguei a tela, como se esse simples ato pudesse adiantar o tempo ou trazer alguma resposta a algo que eu sequer perguntei.

Cada segundo parece uma eternidade enquanto aguardo meu coração batendo descompassado no peito se acalmar.

“Por que está assim? Voltou a ser um adolescente, foi?” — Meu subconsciente debocha de mim diante a minha covardia. “Um homem de trinta e dois anos com medinho de enviar uma mensagem” — reviro os olhos com o quão provocador a minha mente está hoje; num rompante de inconformação com os meus pensamentos, começo a digitar, o toque suave das teclas digitais do celular sob meus dedos é como uma dança ansiosa, escrevo e apago várias vezes.

Drogaaa!

F
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