LuccaEstava me arrumando para me encontrar com Bella, e admito que mal podia acreditar que ela estava em Palermo. Enquanto ajustava o nó da gravata em frente ao espelho, minha mente não conseguia deixar de divagar sobre como ela estava diferente desde que nos conhecemos no velório de meu amigo.Lembro-me daquela menina, tão jovem e vulnerável naquela época, buscando respostas sobre a morte de seus pais. Agora, ao pensar em Bella, vejo uma mulher forte e determinada, disposta a enfrentar qualquer desafio para descobrir a verdade.Sua imagem invade meus pensamentos, e uma onda de admiração me envolve. Bella estava simplesmente deslumbrante. Seus olhos, antes cheios de tristeza e incerteza, agora irradiavam determinação e coragem. Seu sorriso,
Capítulo 23BellaTinha acabado de chegar no restaurante que o Lucca falou. Não sei porque estou nervosa. Foi uma loucura ter o chamado para esse encontro, ainda mais para o jantar. Mas não sabia explicar, algo nele me chama atenção…. Conversar com ele no outro dia sobre os meus pais foi tão bom… Me sinto bem na sua presença e não nada daquilo que minha avó tinha falado dele.Desde que cheguei a Palermo, tudo tem sido uma mistura de nostalgia e surpresa. Mas nada me surpreendeu mais do que encontrar Lucca. Bom, tenho que dizer que ele é muito bonito. Lembro-me do dia em que conversamos no café como se fosse ontem. Quando ele entrou, sua presença dominou o ambiente. Ele tinha um jeito de se mover que exalava confiança e controle, algo que eu admiro profundamente.Enquanto estávamos sentados no café, com as xícaras de espresso entre nós, não pude deixar de notar seus olhos intensos e a maneira como ele me olhava. Havia uma mistura de preocupação e determinação em seu olhar que me fez s
LuccaEstávamos lá no restaurante, e não pude deixar de notar como Bella estava linda. Enquanto nos sentávamos à mesa, tentei me controlar. "Lucca, se controla! Ela é filha do seu grande amigo," pensei, tentando manter a compostura. Além disso, fiz uma promessa ao Marco de que cuidaria e protegeria sua filha, e não poderia falhar com ele agora.Bella estava realmente deslumbrante naquela noite. Seu cabelo castanho caía em ondas suaves sobre os ombros, e os olhos brilhavam com uma intensidade que eu não tinha notado antes. Ela parecia mais madura, mais segura de si, mas ainda havia aquela vulnerabilidade que me lembrava da menina que conheci no velório de seu pai. A luz suave do restaurante realçava suas feições delicadas, e seu sorriso, embora tênue, irradiava uma sensação de esperança e determinação.― O que vai querer beber? ― perguntei, tentando soar casual enquanto gesticulava para o garçom se aproximar.― Acho que um vinho seria bom, ― ela respondeu, com um pequeno sorriso.Acene
Bella — Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: — NÃO! Meus pais não morreram! — As lágrimas teimosas cont
Bella Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: ― NÃO! Meus pais não morreram! ― As lágrimas teimosas contin
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Hoje completam três dias desde a morte do Marco, e aqui estou, diante do doloroso cenário do funeral dele e de sua esposa. A sensação é estranha, como se o tempo estivesse passando devagar demais, mas ao mesmo tempo, tudo parece tão irreal. Eu não consigo deixar de sentir que é cedo demais para estar aqui, observando os caixões, mas a voz da sogra do Marco ressoa na minha mente, explicando que havia a necessidade de realizar um enterro conjunto, para a filha deles. Ao escutar as palavras da sogra, começo a compreender a complexidade de suas relações familiares. Agora vejo por que o Marco não tinha uma opinião positiva sobre essa mulher. Não é difícil perceber que ela nunca se importou muito com ele. A forma como ela fala dele é carregada de desdém e desapego, como se ele fosse apenas uma figura distante em sua vida. ―Isso foi uma escolha dele, que resultou nisso tudo. Ele tomou decisões erradas, criou inimizades por causa desse trabalho e acabou arrastando a minha única filha…