ANNA BEAUFORT Eu sorri.Sorri por todo o processo daquela puta mirim me falando sobre o que tinha acontecido na noite em que eu coloquei drogas na taça de Nathaniel, e eu continuei até sair de sua vista, e entrar dentro do meu quarto, com a porta trancada. — INFERNO! — Gritei com todo o ar que eu tinha nos meus pulmões, — como até o meu plano perfeito ele conseguia estragar FODENDO UMA EMPREGADINHA QUALQUER??Você cria, põe nas melhores escolas, tenta dar uma boa educação... pra isso? Pra acabar fazendo a mesma coisa que o pai? Isso só pode ser brincadeira! — AH! COMO ELE CONSEGUIU? ELE ESTAVA DROGADO! — Exclamei, agradecendo que o meu quarto tinha isolamento acústico, porque se eu tivesse que segurar isso mais um pouco, eu mataria alguém! E com toda certeza, a minha primeira vítima, seria aquela vadia! — ESSA MERETRIZ DESGRAÇADA! EU QUERO MATAR ELA! EU QUERO ACABAR COM ELA E COM NATHANIEL POR TER FEITO ISSO COMIGO! Peguei um vaso que estava ao meu alcance, e o joguei no espelho d
ÁGAPE WALKERQuando Lady Beaufort me chamou para ir até o escritório, eu senti o meu coração acelerar, ao ponto de achar que ele quase sairia pela minha boca. Eu sabia que uma grande decisão havia sido tomada no jantar que havia acontecido – porque nada escapava das funcionárias dessa casa e quando Lady Anna convocou todos para um jantar em família, eu soube que ela falaria com Nathaniel sobre… mim e sobre… o nosso bebê –, mesmo assim, eu não conseguia evitar a minha ansiedade. Eu estava com medo. Eufórica. Aflita. Tudo estava misturado dentro de mim, se movendo como um furacão no meu peito que com toda certeza, não iria parar apenas porque eu queria. Eu nem sabia muito bem o que pensar naquele momento, porque eu tinha esperança dentro de mim, porque eu queria que Nathaniel Beaufort se responsabilizasse e assumisse o próprio filho. Tanto que eu me permiti sonhar um pouco antes de chegar até o escritório, porque... fiquei pensando em como seria Nathaniel brincando com a criança,
ÁGAPE WALKERAo pegar o envelope de lady Beaufort, eu fui até o quarto para fazer as minhas malas, me recordando da primeira vez que havia feito aquilo, do dia em que minha mãe morreu e a minha vida desmoronou. Era quase a mesma sensação, — eu tinha que admitir. Já que eu estava sendo mandada embora dali, (sem emprego algum) e com um aperto no meu peito que era tão profundo que chegava a quase me causar dor física. Mas, assim como da outra vez, arrumei tudo no automático para continuar colocando as minhas poucas coisas novamente na mala, para me despedir de outra mansão sem derramar sequer uma lágrima.Dessa vez, eu não estava me sentindo apenas paralisada e incapaz de chorar, — eu tinha tido o meu coração despedaçado em milhões de pedaços.Talvez, eu apenas tivesse um azar completo na minha vida — ou uma maldição para nunca poder parar em um lugar sequer, ter um pouco de estabilidade —, mas o que eu poderia fazer? Eu não controlava o que acontecia, e muito menos, poderia achar algo
NATHANIEL BEAUFORT O maldito dia do meu casamento havia chegado, e sinceramente, o que eu mais tinha vontade de fazer, era pagar qualquer um que tivesse os recursos para me tirar dali, e me dar uma passagem só de ida, para qualquer lugar onde nem a minha mãe, ou qualquer membro da família Walsh, pudesse me encontrar; mas eu teria que me contentar com a dona Anna Beaufort me permitindo ir para longe dela pelos próximos dois anos.Respirei fundo, tentando me acalmar."Nathaniel, Nathaniel... você não pode fazer isso." Me lembrei, porque eu ainda tinha que fingir para mim mesmo que era uma pessoa sensata, que ligava para a boa índole, e princípios, — só que puta merda... isso era tão difícil — ainda mais, quando eu tinha que ficar sorrindo o tempo todo, principalmente para as fotos.Claro, também tinha que ficar aguentando aquele teatro de "esposa apaixonada" que Cecily estava fingindo fazer, só que convenhamos... aquilo era mais falso do que as mini imitações de 50 centavos da torre Ei
NATHANIEL BEAUFORT Desde que o meu casamento tinha acontecido, a minha vida virou um completo de um inferno, e para piorar... eu ainda tinha Marcel — que no momento, eu não sabia se era o meu amigo, ou o meu inimigo mortal. — Você está me dizendo, que a sua esposa te empurrou na cama como uma puta? — Ele começou a rir, quase se engasgando com a sua bebida, — e ainda ficou parecendo a garota do exorcista? — Aquilo quase me deu medo, tá bom? Parecia que ela ia girar o pescoço em trezentos e sessenta graus! — Soltei indignado, porque aquele filho da puta, não parecia estar disposto a me levar a sério, — isso nunca aconteceu com você? — Não. — Respondeu de forma simplória, — geralmente, elas viram a cabeça pra trás, sabe? Quando vão gozar. — Ele parecia me explicar, como se eu fosse algum tipo de virgem retardado, — mas eu acho que você nunca viu algo assim, não é? — Vai a merda. — Bufei, com nítido mal humor, — mas assim, sabe o que é pior que isso? — Não, me conta. — Você ter se
NATHANIEL BEAUFORT Desde que o meu casamento tinha acontecido, a minha vida virou um completo de um inferno, e para piorar... eu ainda tinha Marcel — que no momento, eu não sabia se era o meu amigo, ou o meu inimigo mortal. — Você está me dizendo, que a sua esposa te empurrou na cama como uma puta? — Ele começou a rir, quase se engasgando com a sua bebida, — e ainda ficou parecendo a garota do exorcista? — Aquilo quase me deu medo, tá bom? Parecia que ela ia girar o pescoço em trezentos e sessenta graus! — Soltei indignado, porque aquele filho da puta, não parecia estar disposto a me levar a sério, — isso nunca aconteceu com você? — Não. — Respondeu de forma simplória, — geralmente, elas viram a cabeça pra trás, sabe? Quando vão gozar. — Ele parecia me explicar, como se eu fosse algum tipo de virgem retardado, — mas eu acho que você nunca viu algo assim, não é? — Vai a merda. — Bufei, com nítido mal humor, — mas assim, sabe o que é pior que isso? — Não, me conta. — Você ter se
ÁGAPE WALKERO lugar tinha finalmente ficado pronto, e quando eu vi cada pessoa que me ajudou presente ali — fosse com trabalho, ou presentes para o meu pequeno café e bebê —, não pude evitar de me emocionar.Foi tão difícil aceitar ajuda no começo, mas quando me abri, — vi o quão incríveis eram aquelas pessoas que foram chegando aos poucos na minha vida.Renata, a florista; Jonathan, o rapaz que cuidava dos cartazes na frente do restaurante da esquina. O senhor George, que costumava vender esculturas de gesso.Todos eles se esforçaram para me ajudar, e eu queria abraçar cada uma daquelas pessoas que estavam ali, parecendo felizes com o meu sucesso, mas antes... eu precisava cortar a fita de inauguração, que eu tinha colocado na porta. O meu corpo apenas sabia tremer naquela hora — por conta da ansiedade —, me fazendo quase não conseguir cortar aquela fita, o que resultou em olhares preocupados em minha direção. Respirei fundo. "Você consegue, Ágape... o mais difícil já foi!" Falei
ÁGAPE WALKER — O nome dele vai ser Aaron, Aaron Walker. — Falei o nome que eu havia escolhido para o meu bebê, apenas para Clare sorrir enquanto se aproximava. — É um nome lindo, assim como você, bebê, — Ela disse, pincelando o pequeno nariz do meu filho, — e quando você crescer, vai quebrar corações por aí. — Pelo amor de Deus, não. — Soltei entre risos, cobrindo a minha boca com uma das mãos, — ele já vai me dar trabalho naturalmente por ser bonito, imagina se ele der motivo… — É, tem razão. — Clare concordou, ainda encarando o rostinho de Aaron, — nesse caso… você vai ser uma criança que vai crescer bonito e comportado, para não deixar a sua mãe louca com garotas correndo atrás de você, pode ser? Aaron apenas bocejou em resposta para o que a doutora disse, o que a fez ter um leve surto de fofura, e quase não se aguentar — o que acabou resultando, nela batendo em seu próprio braço. — Me desculpe, mas… isso foi tão adorável… — ela confessou, sem nem pensar duas vezes, — eu pode