ÁGAPE WALKERAo pegar o envelope de lady Beaufort, eu fui até o quarto para fazer as minhas malas, me recordando da primeira vez que havia feito aquilo, do dia em que minha mãe morreu e a minha vida desmoronou. Era quase a mesma sensação, — eu tinha que admitir. Já que eu estava sendo mandada embora dali, (sem emprego algum) e com um aperto no meu peito que era tão profundo que chegava a quase me causar dor física. Mas, assim como da outra vez, arrumei tudo no automático para continuar colocando as minhas poucas coisas novamente na mala, para me despedir de outra mansão sem derramar sequer uma lágrima.Dessa vez, eu não estava me sentindo apenas paralisada e incapaz de chorar, — eu tinha tido o meu coração despedaçado em milhões de pedaços.Talvez, eu apenas tivesse um azar completo na minha vida — ou uma maldição para nunca poder parar em um lugar sequer, ter um pouco de estabilidade —, mas o que eu poderia fazer? Eu não controlava o que acontecia, e muito menos, poderia achar algo
NATHANIEL BEAUFORT O maldito dia do meu casamento havia chegado, e sinceramente, o que eu mais tinha vontade de fazer, era pagar qualquer um que tivesse os recursos para me tirar dali, e me dar uma passagem só de ida, para qualquer lugar onde nem a minha mãe, ou qualquer membro da família Walsh, pudesse me encontrar; mas eu teria que me contentar com a dona Anna Beaufort me permitindo ir para longe dela pelos próximos dois anos.Respirei fundo, tentando me acalmar."Nathaniel, Nathaniel... você não pode fazer isso." Me lembrei, porque eu ainda tinha que fingir para mim mesmo que era uma pessoa sensata, que ligava para a boa índole, e princípios, — só que puta merda... isso era tão difícil — ainda mais, quando eu tinha que ficar sorrindo o tempo todo, principalmente para as fotos.Claro, também tinha que ficar aguentando aquele teatro de "esposa apaixonada" que Cecily estava fingindo fazer, só que convenhamos... aquilo era mais falso do que as mini imitações de 50 centavos da torre Ei
NATHANIEL BEAUFORT Desde que o meu casamento tinha acontecido, a minha vida virou um completo de um inferno, e para piorar... eu ainda tinha Marcel — que no momento, eu não sabia se era o meu amigo, ou o meu inimigo mortal. — Você está me dizendo, que a sua esposa te empurrou na cama como uma puta? — Ele começou a rir, quase se engasgando com a sua bebida, — e ainda ficou parecendo a garota do exorcista? — Aquilo quase me deu medo, tá bom? Parecia que ela ia girar o pescoço em trezentos e sessenta graus! — Soltei indignado, porque aquele filho da puta, não parecia estar disposto a me levar a sério, — isso nunca aconteceu com você? — Não. — Respondeu de forma simplória, — geralmente, elas viram a cabeça pra trás, sabe? Quando vão gozar. — Ele parecia me explicar, como se eu fosse algum tipo de virgem retardado, — mas eu acho que você nunca viu algo assim, não é? — Vai a merda. — Bufei, com nítido mal humor, — mas assim, sabe o que é pior que isso? — Não, me conta. — Você ter se
NATHANIEL BEAUFORT Desde que o meu casamento tinha acontecido, a minha vida virou um completo de um inferno, e para piorar... eu ainda tinha Marcel — que no momento, eu não sabia se era o meu amigo, ou o meu inimigo mortal. — Você está me dizendo, que a sua esposa te empurrou na cama como uma puta? — Ele começou a rir, quase se engasgando com a sua bebida, — e ainda ficou parecendo a garota do exorcista? — Aquilo quase me deu medo, tá bom? Parecia que ela ia girar o pescoço em trezentos e sessenta graus! — Soltei indignado, porque aquele filho da puta, não parecia estar disposto a me levar a sério, — isso nunca aconteceu com você? — Não. — Respondeu de forma simplória, — geralmente, elas viram a cabeça pra trás, sabe? Quando vão gozar. — Ele parecia me explicar, como se eu fosse algum tipo de virgem retardado, — mas eu acho que você nunca viu algo assim, não é? — Vai a merda. — Bufei, com nítido mal humor, — mas assim, sabe o que é pior que isso? — Não, me conta. — Você ter se
ÁGAPE WALKERO lugar tinha finalmente ficado pronto, e quando eu vi cada pessoa que me ajudou presente ali — fosse com trabalho, ou presentes para o meu pequeno café e bebê —, não pude evitar de me emocionar.Foi tão difícil aceitar ajuda no começo, mas quando me abri, — vi o quão incríveis eram aquelas pessoas que foram chegando aos poucos na minha vida.Renata, a florista; Jonathan, o rapaz que cuidava dos cartazes na frente do restaurante da esquina. O senhor George, que costumava vender esculturas de gesso.Todos eles se esforçaram para me ajudar, e eu queria abraçar cada uma daquelas pessoas que estavam ali, parecendo felizes com o meu sucesso, mas antes... eu precisava cortar a fita de inauguração, que eu tinha colocado na porta. O meu corpo apenas sabia tremer naquela hora — por conta da ansiedade —, me fazendo quase não conseguir cortar aquela fita, o que resultou em olhares preocupados em minha direção. Respirei fundo. "Você consegue, Ágape... o mais difícil já foi!" Falei
ÁGAPE WALKER — O nome dele vai ser Aaron, Aaron Walker. — Falei o nome que eu havia escolhido para o meu bebê, apenas para Clare sorrir enquanto se aproximava. — É um nome lindo, assim como você, bebê, — Ela disse, pincelando o pequeno nariz do meu filho, — e quando você crescer, vai quebrar corações por aí. — Pelo amor de Deus, não. — Soltei entre risos, cobrindo a minha boca com uma das mãos, — ele já vai me dar trabalho naturalmente por ser bonito, imagina se ele der motivo… — É, tem razão. — Clare concordou, ainda encarando o rostinho de Aaron, — nesse caso… você vai ser uma criança que vai crescer bonito e comportado, para não deixar a sua mãe louca com garotas correndo atrás de você, pode ser? Aaron apenas bocejou em resposta para o que a doutora disse, o que a fez ter um leve surto de fofura, e quase não se aguentar — o que acabou resultando, nela batendo em seu próprio braço. — Me desculpe, mas… isso foi tão adorável… — ela confessou, sem nem pensar duas vezes, — eu pode
NATHANIEL BEAUFORT Bom, depois de ter fodido a minha esposa, pensando em outra mulher — que céus, parecia ser bem mais agradável e gostosa que ela —, eu comecei a dormir no quarto de hóspedes, por não me sentir completamente confortável com toda aquela situação. Claro, Cecily não se conteve, e reclamou comigo diversas vezes sobre aquilo, mas se eu não queria transar com ela antes, porra… agora eu realmente, preferia fuder qualquer coisa a ela — ainda mais, quando aquela noite borrada voltava com tudo na minha cara. Eu não sabia muito bem como aquilo era possível — porque até onde eu soube, Cecily tinha sido a única mulher com quem eu tinha dormido naquela noite —, mas tudo era diferente, do cabelo, até a voz, e ao tamanho dos seios; eu nem sabia como caralho eu ainda conseguia lembrar de tudo isso, mas o fato, era que eu conseguia, e definitivamente, parecia diferente. “Nota mental para a minha próxima vida, checar o nível de álcool de qualquer bebida que você for ingerir, princip
CECILY WALSH Fiquei batendo o meu pé repetidas vezes no chão, enquanto esperava Nathaniel Beaufort na cama, e pelos infernos! Qual era o problema dele? Como ele podia não querer dormir comigo depois daquela noite? Ele parecia tão entregue a tudo aquilo, que até mesmo tinha gozado dentro!Tive que me forçar a respirar fundo, principalmente, porque eu escutei o som da porta se abrir, e quando uma breve esperança dentro de mim surgiu, achando que ele viria finalmente, dormir comigo pelo menos naquela noite… ele passou reto pelo quarto. Ele nem mesmo olhou na direção da porta que estava aberta, nem mesmo checou se eu estava acordada ou não, nem… argh!“O que tem naquela porcaria de quarto de hóspedes? Aquela puta com quem ele tinha fudido?” Veio em minha mente por conta da raiva, mas isso com toda certeza, não era algo que podia acontecer, não comigo aqui dentro, quase o dia todo. Então, no dia seguinte, eu liguei para a única pessoa que poderia me aconselhar — e me entender — naquele