CAPÍTULO 05 - CONFIANÇA

O dia transcorreu de maneira habitual, envolto em atividades que exigiam minha atenção constante. Corri de um lado para outro, ocupado com a formalização de novos contratos, a prospecção de potenciais novos talentos literários, a análise de obras, a revisão de gráficos de desenvolvimento e a implementação de treinamentos, tudo isso enquanto delineava a pauta para o fechamento do dia, ditando como as operações deveriam ser conduzidas.

Cada vez que adentrava a sala do CEO, deparava-me com o olhar fatigado dele, suspirando a cada nova entrega de documentos para sua assinatura. Seu dia, assim como o meu, havia sido marcado por uma carga intensa de reuniões com acionistas, negociações de parcerias, e interações com a indústria cinematográfica, entre outros compromissos.

— Esses papéis parecem intermináveis! — ele resmungou, encarando os documentos recém-entregues, assinando-os.

— O senhor deveria lê-los. — Respondi, semicerrando os olhos.

— Você leu e avaliou? — Arqueando as sobrancelhas, Patrik dirigiu-se a mim — Acredita que eu deveria assinar?

— Bem... Li todos, mas não acho que este último o Senhor deva assinar! — Mordi os lábios, timidamente — Mas essa decisão cabe ao CEO; sou apenas uma secretária.

— Deixe de se menosprezar — Ele sorriu de forma sedutora. — Confio no seu julgamento. Me explique por que não deveria firmar parceria com as Indústrias Eco's Queen?

— Significa muito para mim, senhor! — Sorri feliz pelo reconhecimento profissional — Avaliei a empresa, coletando dados dos últimos anos. A indústria não possui uma boa reputação no tratamento com seus subordinados, está envolvida em inúmeros processos legais, e, além disso, não é conhecida por ser pontual nos pagamentos!

— Interessante. Tem os dados para me apresentar? — Alisando a barba bem-feita e curta, ele me encarou com serenidade.

— Claro, aqui, senhor! — Entreguei a ele minha base de pesquisas, que dava embasamento ao que eu afirmava.

— Como sempre, Sra. Lis, trabalho impecável. — Patrik sorriu de maneira charmosa — Estou de acordo com suas avaliações. Envie o e-mail de recusa sem a necessidade de justificativas.

Assenti, pronta para sair, quando o ouvi limpar a garganta, obrigando-me a girar o corpo em sua direção.

— Espero ver esse desempenho nos seus capítulos de hoje, Sra. Lis. — Provocou ele, deixando-me corada.

Deixei rapidamente a sala, e não demorou muito para que o expediente comercial chegasse ao fim. Enquanto organizava minhas coisas, pronta para sair discretamente, ergui os olhos e o vi no balcão, batendo os dedos impacientemente.

— Vai a algum lugar? — Ele arqueou as sobrancelhas.

— Se não se importa, Sr. Patrik, gostaria de ir para casa. Preciso realizar algumas atividades do meu curso! — Dei de ombros, recolhendo os papéis sobre a mesa.

— Na verdade, eu me importo sim! — O CEO deu a volta no balcão, puxando minha cadeira de rodinhas — Seu treinamento principal é comigo, Senhorita!

— Com todo respeito, Senhor, não estou de acordo com isso. — Mantive meus olhos firmes nos dele.

— Com todo respeito, Sra. Lis, eu não me lembro de ter pedido sua permissão para este treinamento! — Sorrindo, ele se afastou, pegando meu notebook e dirigindo-se para sua sala.

Respirei fundo, tentando conter a raiva que explodia em meu peito. Aquilo estava indo longe demais.

— Estou te esperando. — Ele gritou de sua sala, divertido.

Peguei minha agenda, encostando o rosto nela para abafar o grito de raiva que queria escapar de meus lábios.

— Arrgh! — Tirei o rosto da agenda, respirando fundo e ajeitando os cabelos — Respira, logo ele perderá o interesse na sua história. Só preciso encontrar uma que o cative!

Falei determinada, caminhando para sua sala. O CEO estava sentado relaxado em sua poltrona e indicou a cadeira da frente para que eu me sentasse. Ele havia aberto uma garrafa de vinho, enchendo duas taças e colocando uma diante de mim.

— Obrigada, mas não bebo durante o expediente! — Falei cordial.

— Tecnicamente, estamos fora do seu horário, estendendo para sua hora extra e — Sorrindo audacioso, Patrik virou um gole de sua bebida, mantendo os olhos firmes em mim. — Sou o seu chefe, e estou dizendo que permito que beba.

Suspirei, levando a taça aos lábios e apreciando um gole do vinho, que se revelou notavelmente doce e suave. Ousaria dizer que era um dos melhores vinhos que já tinha provado na vida.

— Saboroso. — Comentei, degustando um pouco mais.

— Muito saboroso. — Havia uma pitada de malícia na voz de Patrik. — E então, sobre o banho dos seus personagens, sabe onde errou?

Quase cuspi o líquido diante de sua abordagem direta.

— É... — Limpei a garganta, quase engasgada, e passei a mão nos lábios para secá-los — Perdão, Senhor, ainda não tive tempo de avaliar.

— Que lastima... Então, deixe-me te mostrar onde cometeu os equívocos! — Em um movimento hábil, o CEO veio em minha direção, tirando a taça das minhas mãos com um sorriso torto nos lábios.

Ao me empurrar, ele me deitou no sofá do escritório, avaliando todo o meu corpo. A tensão era palpável, e eu me senti exposta ao seu olhar.

— Durante o banho, o seu personagem mordia a pele exposta da mulher, enquanto manuseava um mísero dedo em sua intimidade. — Fazendo que não com a cabeça, Patrik sorriu malicioso — Sra. Lis, isso não é o suficiente, nem mesmo o contato foi profundo o suficiente.

Puxando minha saia social, fiquei apenas de lingerie. Por sorte, meu toque era grande ao ponto de usar tudo combinando. Rasgando minha camiseta social branca, seus olhos eram predatórios; o cintilar de admiração era algo novo para mim.

— Antes de morder uma pele tão sensível, devemos saborear com beijos e a língua, Sra. Lis, assim! — Patrik posicionou sua língua na ponta da minha orelha, percorrendo pelo pescoço, onde começou a dar leves selinhos com mordidas suaves. — Depois mordemos. Sente este arrepio? Esta necessidade de sentir minha boca em seus pontos gritantes?

Suspirei, mordendo os lábios, quieta, assentindo com a cabeça. Estava corada, mas não podia negar que estava gostando de seus toques.

— Adorei o conjunto — Ele sussurrou, abrindo o sutiã de fecho frontal, seus olhos brilharam maravilhados — Belíssimos!

Contornando com a língua, ele passou no bico antes de abocanhar com fome, sua outra mão apertou o lado livre, massageando de forma sensual. Gemi, fazendo-o erguer a cabeça, sorrindo malicioso, e trabalhando no outro, suas sugadas eram vorazes!

— Sr. Patrik... Eu, eu acho que já entendi! — Mordi mais forte os lábios, tentando conter os gemidos, mas ele me segurou no lugar.

— Estamos no começo do caminho, Sra. Lis, não atrapalhe a aula! — Falando de forma sedutora, o CEO voltou seus lábios para o colo, onde mordeu a lateral. Cruzei as pernas, sentindo a excitação pulsar. — Não feche as pernas, Senhorita, deixe o seu desejo latejar, é isso que queremos.

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