Adam Willians nunca foi um homem paciente. A espera o corroía, a impotência o enfurecia. E, naquele momento, enquanto seus passos ecoavam pelo imponente salão da mansão dos Milles, a impotência o dominava.
Seus olhos azuis varreram o ambiente, ignorando a decoração clássica e elegante. Ele não estava ali para isso. A presença o obrigara a comparecer. Afinal, os Milles eram mais que sócios na mineração; eram amigos, quase família. Uma ideia que Adam desprezava. Família era sinônimo de fraqueza. Foi então que a viu. Ana Milles. A garota de dezessete anos, com um olhar que desafiava a pouca idade. Seus olhos verdes, grandes e atentos, e os lábios entreabertos, como se palavras estivessem prestes a escapar. Magra, mas com curvas sutis, prenúncio da mulher que se revelaria. Pequena, tão pequena diante de seu um metro e noventa. Vestida de branco, simples, mas etérea, como uma tentação. Naquele instante, Adam soube. Ela seria dele. Somente dele. — Adam! — a voz do Sr. Milles o trouxe de volta. — Esta é minha filha, Ana. Ana curvou a cabeça, tímida, mas Adam captou seu olhar curioso, talvez nervoso. Bom. Ela deveria estar nervosa. — O prazer é todo meu, pequena — disse ele, com um sorriso de canto, um sorriso que não prometia gentileza. Ana sentiu um arrepio. Aquele homem a observava como um predador. — É um prazer conhecê-lo — murmurou, a voz baixa. — Ana, por que não mostra a casa para Adam? — sugeriu a Sra. Milles, alheia à tensão. Ana hesitou, mas assentiu. — Claro. Enquanto caminhavam, o silêncio era palpável, a presença de Adam como uma sombra. — Você sempre foi tão quieta? — A voz dele a fez estremecer. — Não sou quieta — respondeu, tentando soar firme. — Não? — Ele riu baixo. — Talvez seja só comigo. Ela parou, encarando-o. — Eu mal te conheço. Os olhos azuis brilharam. — Ainda. Ana franziu a testa. — O que quer dizer? — Quero dizer que isso vai mudar, pequena. Você já é minha. O coração de Ana disparou. — Ana, querida, mostre o jardim para o Sr. Willians. É a nossa maior preciosidade. — Claro, mamãe. — Ana virou-se para Adam. — Por aqui, Sr. Willians. — Adam, por favor. Ana engoliu em seco. — Adam. O jardim é logo ali. Enquanto caminhavam pelo jardim, Ana tentava manter a compostura. — O que você faz da vida, Adam? — perguntou ela, tentando quebrar o silêncio. — Agora, trabalho na empresa do meu pai. — Ele parou, observando-a. — Mas logo será minha. — E você? O que pretende fazer depois do colégio? — Faculdade, talvez. — Você não vai embora — disse ele, com um tom que não admitia discussão. — O quê? como assim? — Você não vai para longe. — Você fala como se tivesse algum direito sobre minhas decisões. Adam se aproximou, forçando-a a recuar até a parede. — Eu tenho. — Não tem, eu.. eu sou livre. Ele sorriu, inclinando-se. — Você ainda não entende, Ana. Mas vai entender, logo, logo minha princesa. Ana fechou os olhos, buscando coragem. Então, escapou de sua prisão invisível. — Você pode correr agora, princesa. Mas isso só torna o jogo bem mais interessante. Ana não respondeu, seguindo para a sala de estar. Adam a observou, um sorriso no rosto. Ela sentia sua presença, e isso era tudo o que importava. Ele terminou seu uísque, saboreando a vitória iminente. Ana era sua. Desde o primeiro olhar. E ele nunca desistia do que queria. ela era seu maior desejo agora, sua linda boneca, pronta pra ser totalmente dele. Ana sentou-se no sofá, a respiração ainda irregular. Tentava acalmar o coração, mas a imagem de Adam, com seus olhos azuis intensos e o sorriso predatório, não saía de sua mente. "Ele é convencido demais", pensou, apertando as mãos. "E perigoso." — Tudo bem, querida? — a voz da Sra. Milles a trouxe de volta à realidade. — Você parece pálida. — Estou bem, mãe. Só um pouco cansada. — Aquele rapaz, Adam, é mesmo um homem interessante, não acha? — a Sra. Milles sorriu, alheia à tensão que pairava no ar. Ana engoliu em seco. — Sim, ele é… interessante. — Ele parece ter gostado de você, Ana. — A Sra. Milles piscou, um sorriso malicioso nos lábios. — Quem sabe não teremos um novo casal na família? Ana corou, mas não respondeu. A ideia de se envolver com Adam a assustava e a intrigava ao mesmo tempo. Enquanto isso, Adam observava a cena de longe, um copo de uísque na mão. Ele podia sentir o medo e a curiosidade de Ana, e isso o divertia. "Ela está começando a entender", pensou, bebendo um gole do uísque. "Logo, ela será minha por completo." A noite avançou, e os convidados começaram a se despedir. Adam se aproximou de Ana, que estava parada perto da escadaria. — Uma noite agradável, não acha, Ana? — ele disse, a voz rouca e sedutora. Ana se virou, tentando manter a compostura. — Sim, foi… interessante. — Espero que possamos nos ver novamente em breve. — Não sei se isso será possível. Adam sorriu, um sorriso que não prometia gentileza. — Não se preocupe, pequena. Eu sempre consigo o que quero. Ele se aproximou, e Ana sentiu o perfume amadeirado dele invadir seus sentidos. — Lembre-se, Ana. Você é minha. Ele se afastou, deixando-a parada na escadaria, o coração acelerado e a mente confusa.Adam sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. -Você ainda não entendeu, Ana? Não é uma questão de escolha. Você me pertence, assim como o ar que respira. Ele se aproximou, e Ana recuou, sentindo-se encurralada novamente. — Não se preocupe, Ana. Eu não vou te machucar. — Eu não confio em você. Ana sentiu um arrepio percorrer sua espinha. A possessividade de Adam era palpável, sufocante. - Você não pode me controlar! - Posso e vou, respondeu ele, a voz baixa e ameaçadora. - Você é minha, Ana. E ninguém, nem mesmo você, pode mudar isso. Ana se afastou bruscamente, o coração disparado. - "Você está louco!" exclamou, a voz tremendo. - "Não sou sua!" Ele se aproximou novamente, e Ana recuou até a cerca, sentindo-se encurralada. - Fique longe de mim! - Por que eu faria isso, pequena? Você é tão interessante, tão… desafiadora. Ele estendeu a mão e acariciou o rosto de Ana, o toque leve e perigoso. - Eu gosto disso. Gosto de como você tenta resisti
O beijo de Adam a deixou sem ar, o gosto metálico do medo misturado com a doçura proibida do desejo. Ana tentou se afastar, mas ele a manteve presa, os braços fortes a impedindo de fugir. Quando finalmente a soltou, Ana o encarou, os olhos verdes marejados de lágrimas. "Você não tem o direito de fazer isso", sussurrou, a voz embargada. Adam sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. "Eu tenho todos os direitos, Ana. Você é minha, e eu posso fazer o que quiser com você." Ana sentiu um calafrio percorrer sua espinha. A possessividade de Adam era sufocante, aterrorizante. Ela se sentia como um pássaro preso em uma gaiola, sem esperança de escapar. "Eu nunca vou ser sua", disse ela, a voz fraca, mas determinada. Adam riu, um som frio e sem humor. "Você diz isso agora, mas eu sei que você mente. Eu vejo isso em seus olhos, no jeito que você me olha quando pensa que eu não estou vendo." Ana desviou o olhar, o rosto corado. Ela sabia que Adam estava certo. Havia algo n
Ana voltou para casa, o corpo tremendo, a mente confusa. As palavras de Adam ecoavam em sua cabeça, misturando-se com a sensação do beijo, do abraço. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo, quem era Adam, o que ele queria dela. Subiu para o quarto, trancou a porta e se jogou na cama, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela se sentia como uma marionete, controlada por fios invisíveis, sem poder de decisão. "Eu preciso sair daqui", pensou, enxugando as lágrimas. "Preciso me afastar dele, antes que ele me destrua." Mas para onde ela iria? Adam parecia estar em todos os lugares, sempre a observando, esperando o momento certo para agir. Ela se sentia presa, encurralada, sem ter para onde correr. Naquela noite, Ana mal conseguiu dormir. Ela se revirava na cama, atormentada por pesadelos, acordando a cada instante com o coração disparado. As palavras de Adam a assombravam, a possessividade em seus olhos, a promessa de que ela seria dele. Na manhã seguinte, Ana acord
- Assim como? perguntou ele, sorrindo. - Gentil, engraçado, atencioso. respondeu ela, corando levemente. - Eu sou tudo isso. disse ele, aproximando-se dela. - E muito mais. Ele a beijou, um beijo suave, doce, que a fez sentir borboletas no estômago. Ana fechou os olhos, entregando-se ao momento, esquecendo-se de seus medos, de suas dúvidas. Quando o beijo terminou, eles se encararam, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e ternura. Ana sentiu o coração bater descontroladamente, a mente confusa. - Eu não sei o que está acontecendo. murmurou ela, a voz fraca. - Eu sei. respondeu ele, acariciando o rosto dela com a ponta dos dedos. "Estamos nos apaixonando." Ana sentiu o coração bater descontroladamente, a mente confusa. As palavras de Adam ecoavam em sua cabeça, misturando-se com a sensação do beijo, do toque. Ela estava se apaixonando por ele? Era possível? - Eu... eu não sei. murmurou ela, desviando o olhar. - Eu nunca senti nada assim antes. Adam sorriu,
O homem sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos. - Adam não tem amigos.- Eu não acredito nisso. disse Ana, sentindo a raiva subir. - Eu sei que ele está em perigo. Você pode me dizer onde ele está?" O homem riu, um som frio e sem humor. - Você é teimosa, garota. Mas eu gosto disso. Adam também gosta.- O que você quer dizer com isso? perguntou Ana, confusa. - Eu quero dizer que você é problema pra mim e pra ele. respondeu o homem, levantando-se da mesa. - E problemas precisam ser resolvidos com urgência.Ele se aproximou de Ana, e ela recuou, sentindo-se encurralada. - O que você vai fazer? perguntou ela, a voz trêmula. - Eu vou te levar até Adam, não era isso que tanto desejava garota. respondeu o homem, segurando o braço dela com força. - E você vai convencê-lo a voltar para casa comigo.Ana tentou se soltar, mas o homem era forte demais. Ele a arrastou para fora do café e a colocou no carro. Ana sentiu o pânico subir em sua garganta. Ela estava sendo sequestrada.
- Me machucar? Por quê? Quem é o seu pai, Adam? O que ele quer? Adam passou as mãos pelos cabelos, num gesto de frustração e angústia. Ele parecia carregar um fardo pesado demais para seus ombros. - Meu pai... ele é um homem poderoso, Ana. Um homem que sempre conseguiu o que quis. E ele não me quer com você. Ele acredita que você não é... adequada para mim. As palavras de Adam atingiram Ana como um golpe. A humilhação queimou em suas bochechas, misturada à crescente sensação de perigo. - Adequada? O que isso quer dizer? Por que ele pensa isso? Ele sequer me conhece! - Eu tentei falar com ele, Ana. Eu juro que tentei. Mas ele não me ouve. Ele já decidiu. E quando meu pai decide algo... é muito difícil mudar sua opinião. - Então a solução dele foi me sequestrar? Me trancar neste quarto como se eu fosse um animal? - As lágrimas voltaram a escorrer pelo rosto de Ana, a raiva dando lugar à tristeza e à impotência. Adam se aproximou novamente, com cuidado, estendendo a mão como se te