Cap.43: Antes tarde do que nunca.Ele convocou alguns seguranças. Com voz grave e tensa, perguntou onde Liara havia levado a sobrinha de Lory. Os homens, atordoados pela situação, negaram conhecimento. Informaram apenas que a menina não havia saído da mansão. Diante disso, Morgan deduziu que ela ainda estivesse no andar de cima.— Com determinação, ordenou aos seguranças que a buscassem. Eles assentiram em silêncio e partiram em direção aos quartos, vasculhando cada canto com meticulosidade.— Não façam barulho, — Morgan os alertou antes que subissem as escadas. — E se Liara os vir, não revelem o motivo da busca. Ela não pode saber o que está acontecendo."Os seguranças, cientes da gravidade da situação, moveram-se com cautela pela mansão, cada passo ecoando na imensidão da casa, enquanto a apreensão pairava no ar.Após vasculhar cada canto da mansão, a busca por Hanna se mostrou infrutífera. Morgan, tomado por um receio inquietante, lembrou-se da área isolada nos fundos, um local p
Cap.44: Amanhecer NebulosoA noite transcorreu envolta em vigília para Morgan. Ao lado de Hanna, ele preparou uma sopa caseira, simples e nutritiva, para que ela se alimentasse sem riscos de engasgo. Somente após confirmar que a febre havia cedido, ele se retirou para o quarto, já eram três horas da madrugada e em seus olhos trazia o cansaço.Ao despertar, Hanna se deparou com uma silhueta contra a luz do sol nascente. Sentada à beira da cama, a figura a observava em silêncio. Antes de reconhecer Ametista, Hanna se assegurou de que estava em seu quarto, respirando aliviada por estar segura.— Bom dia, senhorita Danica — Ametista a saudou gentilmente. — Preparei um café da manhã para você. Deve estar faminta. Não se preocupe, não pretendo te causar mal. — avisou ao perceber Hanna um pouco assustada.— A senhora é a mãe de Morgan, não é? — Hanna indagou, ainda fraca e confusa.— Sim, meu nome é Ametista.— Desculpa, não queria causar problemas... — murmurou ela.— Não sei de nada do que
Cap.45: curiosidade em saber mais.Morgan seguiu para sua empresa, onde encontrou dois de seus homens de confiança: Gantz, seu segurança particular, e Oliver, seu segurança e investigador. Ele os havia chamado ali naquela manhã após a breve conversa com sua mãe.— Já podemos voltar à mansão? — perguntou Oliver, seu segurança. — Estou cansado de andar em círculos, talvez se interrogar Hanna... — sugeriu ele incomodado.— Pode ser... — suspirou Morgan, pensativo. — Queria tirar algumas dúvidas antes, sobre as investigações.Oliver o encarou com as sobrancelhas erguidas.— Você está interessado sobre as coisas de sua nova agora?— Não é que eu esteja, mas gostaria de saber algo mais detalhado, e quero que investigue a vida de outra pessoa. Siga-a, faça o que bem entender.— Ok... Mas o que você quer?— O que você descobriu que poderia ser relevante?Oliver coçou o queixo, pensativo, encarando seu amigo Gantz.— Bom... Hanna Ortiz — ele disse — ela trabalha na empresa de logística dos Far
Hanna se manteve agachada enquanto a enfermeira na recepção a observava confusa. Ela se arrastou no chão sem se importar, enquanto Morgan e o doutor se aproximavam.— O que Morgan faz aqui? — ela murmurou, cerrando os dentes enquanto engatinhava, entrando na área da UTI e correndo pelo corredor.— Ué? Mas ela estava bem aqui — comentou o médico constrangido.— Doutor... onde ela está? — perguntou Morgan, o encarando disperso sem entender.— Não sei, ela estava ainda aqui. Eu estava cuidando das mãos dela.— Mãos? — Morgan franziu o cenho.— Sim... ela estava com a mão enfaixada. Soube que ela teve febre. Acredito que ela esteja passando por maus bocados. Estava bem abatida também... — suspirou o médico apreensivo.Morgan ficou um tempo pensativo. Danica (Hanna) veio em sua cabeça, mas ele sorriu sem graça, tirando isso da cabeça. Seus pensamentos se voltaram novamente para a noite anterior.— Não pode ser... será? — ele resmungou pensativo.— O que? — perguntou o médico confuso.— Des
Cap.47: Intrigas e ciúmes.Hanna, por sua vez, rapidamente trocou de roupa após um rápido banho, enquanto Lory a observava com apreensão.— Será que ele não sabe que é você a moça? — perguntou a governanta, a voz carregada de preocupação.— Não sei... — murmurou Hanna, apreensiva. — Ainda assim, eu tenho que voltar à mansão e inventar alguma desculpa para conseguir despistar.Ela seguiu até o guarda-roupa, abrindo a sua caixa de joias. Lá, pegou a aliança e um cordão.— Já faz tanto tempo... Ele sempre gostou desse cordão. Devo levar para ele, assim ele não vai se sentir tão só... — suspirou Hanna, segurando o pequeno brasão de família cravejado com cinco pedras preciosas.Lory percebeu a joia e ficou curiosa. Hanna então lhe explicou que era uma joia de família que atravessava gerações, mas ela nunca conseguiu descobrir qual história por trás dessa joia tão bem guardada pela sua família.Ela seguiu para a mansão, mas pouco antes Morgan tinha saído de seu quarto, inquieto. Já estava p
Cap.48: Por que ela pode e não eu?— O que está tentando dizer? Não gosto muito de ofensas, ainda mais de empregados na minha casa. — Morgan, naquele momento, tinha mudado da água para o vinho, mas ele ainda estava irritado pelo que Maya tinha feito. Ele parecia um fantoche para ela, brincando com algo tão sério que agora o deixava ainda mais magoado.— Me solte, senhor Morgan... isso está doendo... — resmungou Hanna.— Devia ter pensado antes de ficar falando coisas que não deve. — asseverou ele de repente, a encostando sobre a mesa a impedindo de recuar.— O que eu disse de mais? Se sua conduta não condiz com seu comportamento? Acha que estou errada? — perguntou ela emburrada.— Você está errada em se meter em algo que não é da sua conta! E se eu quiser ter algo com qualquer mulher, ninguém pode me impedir.— Eu! Eu nunca vou permitir! — asseverou ela com autoridade, afastando a mão dele com força.Ele a encarou sem reação enquanto as lágrimas brotavam de seus olhos. Morgan não tinh
Cap.49: primeiro beijo.Morgan se ergueu como uma montanha, mãos nos bolsos, encarando Hanna com um olhar indecifrável. Ela, por sua vez, desejava um lugar para enfiar a cara. Levou as mãos aos lábios, voltando a si de repente.— O que deduziu com isso, senhorita Danica? Está satisfeita? — perguntou ele com frieza.Hanna ainda estava petrificada quando Morgan mudou sua expressão para curioso.— Meu primeiro beijo... — ela comprimiu os lábios, apertando os olhos como se tivesse se arrependido, fazendo Morgan erguer as sobrancelhas.— Espero que esteja satisfeita, mas não se engane achando que eu sinto algo por você. Já tive certeza que você realmente sente algo...— Já disse! — ela o interrompeu com veemência. — Você não é o tipo de homem por quem me apaixonaria, além disso... eu só estava te testando, mas não pensei que você fosse deixar eu te beijar. Porque não desviou? — perguntou ela mal-humorada.Morgan cruzou os braços com uma expressão dura enquanto a encarava cético, percebendo
Cap. 50: Alguém para Tomar Meu Lugar Após o ocorrido, Hanna saiu de casa bem cedo, antes mesmo que pudesse ser percebida por Morgan. Ele tinha a intenção de interrogá-la, mas o segurança foi ao seu quarto avisar que ela havia saído da mansão bem cedo e apressada. Assim que ele ouviu essa informação, também saiu da mansão e seguiu para o hospital. Hanna seguiu até uma lanchonete, onde tomou café enquanto esperava a chegada de alguém, inquieta enquanto olhava a mensagem no celular. — Estarei aí em quinze minutos. — A mensagem dizia, mas não identificava quem era, se homem ou mulher. — Ah... Até que enfim... — Suspirou Hanna quando uma moça de sua idade entrou na lanchonete. Ela usava um grande chapéu para se proteger do sol e grandes óculos escuros. — Hanna Ortiz, sua fugitiva! — Resmungou a moça de pele pálida, tirando os óculos escuros. Ela tinha os olhos tão azuis e claros que se podia ver através deles de forma profunda. — Oi... — Suspirou Hanna, abaixando a cabeça. — Como pod