Capítulo 29: Duas vozes gritam

Fernando Duarte:

“Nem eu sei o porquê” — a respondo mentalmente, mas para ela, permaneço em silêncio. Onde eu estava com a porcaria da cabeça quando a trouxe para a minha casa? Agir por impulso, queria provoca-la e agora estamos aqui.

Estou um pouco arrependido, eu não devia ter a trazido aqui e muito menos ter dito para ela mesma preparar o almoço.

O meu coração bate descompassado em meu peito, as minhas mãos estão um pouco suadas e levemente trêmulas. Estou nervoso e uma ponta de culpa me bate na consciência. Já tem quase um ano que voltei a trabalhar, porém, hoje eu não queria ir para a empresa. Queria apenas ficar em casa, no frio e escuro enquanto escutava todas as vozes gritarem na minha cabeça, me acusando e me lembrando os porquês de eu não merecer ser feliz.

Hoje, é o aniversário de três anos de morte da minha falecida esposa – fico com um gosto amargo na boca só de me lembrar que um dia já fui casado com aquela mulher. – Quando sugerir que viéssemos para cá, eu estava tão en
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