Max segurou minha mão enquanto descíamos os degraus do prédio, a brisa da noite envolvendo nossos corpos. O jantar já havia ficado para trás, mas a sensação de expectativa ainda pairava no ar.
— Para onde estamos indo agora? — perguntei, lançando um olhar curioso para ele.
O canto dos lábios dele se ergueu em um sorriso enigmático.
— Você vai ver.
Ele me guiou pela calçada até seu carro, abrindo a porta para mim antes de contornar o veículo e assumir o volante. Durante o trajeto, tentei decifrar seus planos, mas Max parecia determinado a manter o mistério. A cidade passava em flashes pelas janelas, as luzes refletindo em seu perfil perfeitamente escul
Max me observou com um sorriso no rosto, a diversão estampada nos olhos.— E quanto a mim? Quão perto você acha que eu moro daqui? — perguntou ele, a voz carregada de ironia.Franzi a testa, começando a perceber onde ele queria chegar. Eu revirei os olhos, já adivinhando o que viria a seguir.— Ah, isso é coisa da sua possessividade, não é? — respondi, tentando disfarçar o riso nervoso que estava surgindo.Ele soltou uma gargalhada baixa, o som ecoando pela sala de forma agradável e segura.— Talvez um pouco — admitiu ele, sem se importar em esconder o sorriso travesso. — Mas, sim, sou possessivo. E você ainda vai ter que se acostumar com isso.Eu dei um passo para trás, ainda pro
Dois meses se passaram desde que aceitei o apartamento de Max. A mudança havia sido mais tranquila do que eu imaginava, embora eu ainda estivesse me acostumando com o espaço imenso que agora chamava de lar. A cada canto que eu explorava, o lugar parecia mais novo para mim, como se, apesar de já estar mobiliado, eu ainda precisasse deixar minha marca ali.Hoje, estava limpando os poucos detalhes que me restavam, tentando organizar tudo e deixar cada cantinho com a minha cara. Nunca imaginei que teria um closet tão grande — ele era tão amplo que, até agora, minhas coisas mal ocupavam 50% do espaço. A ideia de um dia preencher aquele espaço parecia quase um desafio, mas, por enquanto, eu estava mais concentrada no simples ato de me acostumar com o tamanho do meu novo mundo.A cozinha, com seus armários que nunca vi tão vazios, a sala que parecia quase surreal de tão grande e a piscina lá fora que, em muitos dias, parecia distante, porque eu ainda não conseguia me ver vivendo daquele jeit
Aquele sorriso enigmático que sempre me deixava com uma sensação de expectativa. Ele ficou em silêncio por um momento, observando minha expressão antes de falar.— Eu tenho uma surpresa para você. — A voz dele estava baixa, mas cheia de uma suavidade quase imperceptível.Minha curiosidade foi imediatamente despertada, e eu parei de limpar, deixando o pano de lado enquanto me voltava para ele.— Uma surpresa? — perguntei, arqueando uma sobrancelha. Eu não sabia se devia me empolgar ou não. Max tinha a tendência de surpreender, mas às vezes suas surpresas eram um pouco… exageradas.Ele deu um sorriso, aquele tipo de sorriso que era mais uma promessa do que uma explicação.— Confia em mim? — ele perguntou, com aquele olhar intenso que não deixava espaço para dúvidas.Eu respirei fundo e assenti, já sentindo uma sensação estranha no estômago. Max me levou até o segundo andar, como se fosse um mistério que ainda estava por ser desvendado. Eu já estava mais do que acostumada com a casa, ma
Max se aproximou ainda mais, com aquele olhar tranquilo que eu já conhecia tão bem. Ele parecia tão seguro de si, mas havia algo ali, algo que eu não conseguia identificar, que me fez sorrir levemente.— Ah, e tem mais. — Ele disse, abrindo uma gaveta do closet. — Eu coloquei algumas opções bem confortáveis ali, coisas para os dias mais tranquilos, sem pressa. Você vai ver.Quando ele puxou as gavetas, encontrei camisetas de algodão, calças de moletom e shorts macios, tudo em tons suaves e agradáveis ao toque. Eu ri baixinho, imaginando Max escolhendo tudo aquilo para mim, tão atencioso, tão… ele.Mas não era só isso. Na gaveta ao lado, havia uma linha inteira de lingeries. Desde modelos mais simples e confortáveis até os mais sensuais, em rendas e tecidos que pareciam ser feitos para caírem perfeitamente sobre a pele. Cada peça estava ali, organizada com uma perfeição que só Max poderia ter feito.— Max, isso é… muito. Eu não sei nem por onde começar. — Eu disse, sorrindo e ainda mei
Ele repousou a cabeça no meu ombro, com o braço ao meu redor, como se não quisesse se afastar nem por um segundo. Não importava o que eu fizesse — ele estava lá, quase como uma sombra.— Você está bem aí? — Perguntou ele, sua voz suave, o tom casual, mas ainda assim com aquela marca de possessividade que eu já começava a reconhecer.— Sim. — Eu respondi, me virando um pouco para olhar para ele, e sorri, sem conseguir conter o quanto aquele comportamento me divertia. — Mas você está me grudando demais, sabia?Ele deu um leve sorriso e apertou ainda mais o braço em volta de mim, como se fosse a coisa mais natural do mundo.— Eu gosto de estar perto de você. — Ele disse, como se fosse óbvio. — É difícil ficar longe.Eu ri, mas não consegui negar o quanto eu gostava de tê-lo tão perto, de sentir a presença constante dele. Às vezes, ele se tornava tão pegajoso, tão envolvente, que parecia que nada mais importava além de nós dois naquele momento.Em algum momento, ele se sentou mais perto,
Eu estava no escritório, o relógio marcava o fim do expediente, e, enquanto o resto do mundo parecia se arranjar para o fim de semana, minha mente estava completamente em outro lugar. Charlotte. Eu mal podia esperar para vê-la e passar o dia com ela. A verdade é que eu adorava a rotina que estávamos criando juntos, mas hoje eu queria fazer algo especial. Algo que a surpreendesse.Levantei da cadeira, estiquei os ombros e vesti meu casaco. O trabalho estava meio travado, mas não me importava. Eu tinha algo mais importante em mente. Dei uma última olhada no escritório, sabendo que não seria difícil me livrar disso mais tarde, mas naquele momento eu só queria estar com ela.O relógio estava prestes a marcar a hora, e eu já não conseguia mais me concentrar no trabalho. Charlotte estava por ali, organizando as coisas, e eu estava começando a sentir uma ansiedade boa, uma excitação que crescia a cada minuto. Hoje eu ia sair mais cedo, mas não era para trabalhar. Eu tinha algo bem mais impor
Entrei no carro, liguei o motor e dei partida, sentindo o peso da excitação crescendo em cada quilômetro que eu percorria. A surpresa para Charlotte estava apenas começando, e eu queria fazer algo grande, algo que ela jamais esqueceria. Hoje, seria diferente. Eu estava disposto a surpreendê-la de verdade.Dirigi até o Nobu, o restaurante de sushi mais sofisticado da cidade. Eu sabia que ela adorava uma boa refeição, e aquele seria o lugar perfeito para um banquete que combinasse com o nível de carinho e admiração que eu sentia por ela.Cheguei lá em poucos minutos e estacionei. O restaurante estava iluminado suavemente, criando uma atmosfera acolhedora e ao mesmo tempo sofisticada. Entrei, e o maitre me cumprimentou com um sorriso. Ele já sabia quem eu era. Sempre que eu ia
Depois de terminar de arrumar tudo, sabia que era hora de dar uma pausa e relaxar um pouco. Eu precisava de um momento para mim antes que a noite realmente começasse, então fui para o banheiro e deixei a água quente do chuveiro cair sobre mim. Sentir a água morna batendo na minha pele foi exatamente o que eu precisava. A tensão do dia foi embora em segundos, e eu fiquei ali, de olhos fechados, deixando a calma tomar conta. Às vezes, é simples assim, um bom banho e tudo parece mais leve.Depois de alguns minutos, desliguei o chuveiro e me sequei com a toalha. Tinha a sensação de que o tempo estava a meu favor, e eu queria aproveitar cada segundo disso. Fui até o closet com a mente mais tranquila, pronto para me vestir, mas sem pressa. O que eu escolhesse vestir deveria ser algo confortável, porque essa era a vibe da noite: relaxar, mas com estilo.Peguei uma camisa de linho leve, que eu sabia que ia ficar bem, e uma calça de algodão, bem ajustada, mas sem ser apertada. O toque perfeito