Anne Turner Terror. Esse era o cenário. Meus olhos estavam fixos, eu não conseguia me mexer. Só senti os braços de Lucca me puxarem e um "Vamos Anne." sendo sussurrado.Nós seguimos os lobos, e eu encarava William com Zara nos braços com um punhal enfiado em seu peito e desacordada. Eu podia ver o desespero no olhar de todos. Mas não conseguia raciocinar. Só conseguia imaginar que tudo isso tudo era minha culpa, Zara estava assim porque foram me salvar. Corríamos de volta para casa. E eu não conseguia mais, minhas pernas fraquejaram então parei em uma árvore."Precisamos ir querida." Lucca me encarou." Os lobos de Michael podem estar aqui." "Eu não consigo." murmurei." Ela vai ficar bem? ""Anne, ela vai ficar bem, não há tempo para isso agora. Nada disso é sua responsabilidade, vamos!" Ele me puxou pelo braço. As lágrimas caiam de meus olhos. Eu estava traumatizada. Foram dias sendo torturada para passar informações sobre a alcatéia de William, dias que aquele Alf
William Carter. A confusão cercava todo o meu ser. A frustração invadia todo o meu ser. Como eu pude deixar a minha irmã ser golpeada? Os flashbacks de meu pai, o antigo Alfa, me pedindo que protegesse Zara não saiam da minha mente. Eu estava atordoado. A mão de Lucca tocou em meu ombro."Se acalme, meu Alfa." sugeriu." "Não é tão simples Lucca! Ela não está se curando. " rosnei.""Iremos encontrar um jeito." Já pedi que todos os médicos possíveis nos ajudassem." Eu estava andando de um lado para o outro roendo as unhas. "Anne também precisa de você." Lucca enfatizou." "Eu só consigo pensar na minha irmã." "Compreensível senhor. Vamos salvá-la."Enquanto os médicos que eram a minha equipe especializada com total confiança, cuidavam do caso de Zara, eu tinha algo importante a fazer.Visitar a masmorra. Hunter estava preso lá, eu não iria matá-lo até que ele me confidenciou o que eu precisava saber. Devia haver um motivo sólido para que Alfa Michael depois de ta
Anne Turner Os olhos dele estavam vermelhos. Possessos pela raiva evidente de mim.Ninguém desejaria ver o pior lado do Alfa William Carter. E agora eu estava vendo. Me encolhi no canto enquanto ele me encarava em silêncio. Após toda aquela discussão eu não sabia o que dizer. Contei para Lucca, num momento de estresse, em que eu estava sozinha. Eu não pretendia tudo isso, eu queria contar para William primeiro. A vagabunda da Lia foi mais rápida.Eu odiava essa loba estúpida. Ele não se mexeu mais a princípio. E seu silêncio me dilacerava por dentro. "Diz alguma coisa, por favor." Murmurei." Há uma explicação para tudo isso." "Você está grávida do meu herdeiro, e contou primeiro para um dos meus, Anne. Que possível explicação?" ele perguntou friamente." Dei dois passos à frente me aproximando dele e sentindo o calor de seu corpo."Você estava preocupado com a Zara. Com toda razão, é claro. E eu estava passando por tantas coisas … estou me transformando, e estou grávida.
Anne Turner Continua… Elizabeth se aproximou, colocando uma mão gentil em meu ombro. "Querida, você tem um dom extraordinário. Herdou os poderes de cura de sua mãe, uma loba respeitada e poderosa. E agora, você tem a chance de usar esses poderes para salvar a vida de Zara." O impacto das palavras da bruxa Elizabeth me atingiu, deixando-me completamente atordoada. Poder salvar a vida de Zara, de outras pessoas ou lobos… utilizando os dons que eu nem sabia que possuía... Era algo incompreensível. "Como eu posso fazer isso?" Minha voz saiu trêmula." Ela sorriu "Você só precisa deixar fluir a energia dentro de você, Anne. Deixe que seu instinto guie suas mãos. Você tem o poder de curar." Respirei fundo, tentando reunir coragem. Se eu realmente tivesse esse poder, então era minha responsabilidade usá-lo para ajudar os outros. "Então por isso tenho simpatia pela medicina? " Indaguei." "Provavelmente. Está no seu sangue. " "Como você sabe disso? Me desculpa, mas estou confus
Anne Turner Flashbacks daquela loba nua ao lado de William na cama invadiam a minha mente e eu sentia vontade de vomitar. Ele tentou vir atrás de mim, mas eu fui mais rápida. Peguei duas peças de roupa, meu celular, e foi a única coisa que consegui fazer após entrar no carro da mãe de Yeniffer.Isso mesmo, eles estavam indo embora por conta de alguns compromissos. Então aproveitei a deixa e entrei rapidamente no banco traseiro."Anne?" Yeniffer me encarou perplexa ao me ver soluçar."O que aconteceu, querida?" Elizabeth perguntou."Por favor, me levem para o mais longe daqui." eu falei enquanto chorava copiosamente.Elizabeth deu partida no carro, e eu olhei a reserva pela janela, imaginando quando e se iria voltar para cá.Grávida de um filho do Alfa, sozinha, com poderes sobrenaturais, e me transformando em uma loba. Eu estava fodida por dentro e não sabia o que poderia fazer.Fui o caminho todo em silêncio. Elas moravam numa casa em uma cidade próxima a Portland, e eu
Sinto roupas sujas sendo jogadas em direção ao meu rosto com agressividade e me levanto atordoada, meu corpo inteiro dói após um dia de trabalho árduo.— Ei, órfã preguiçosa! — a voz ecoou sobre o porão. — Eu te disse para lavar todas as roupas, e o que seriam essas que sobraram? — Ela aponta para a trouxa de roupas que acabará de jogar em mim.Levanto-me devagar, os músculos protestando a cada movimento. Encaro a figura imponente da minha tia, lutando para manter a compostura, mesmo que minhas mãos estejam tremendo de frustração e tristeza. Respiro fundo, buscando forças para não deixar as lágrimas traíras rolarem livremente pelo meu rosto.— Eu… eu estava… tentando terminar, eu juro — as palavras saem da minha boca em um sussurro frágil, quase abafadas pela raiva contida.Mas as palavras dela cortam meu ímpeto. Um nó se forma na minha garganta, mas preciso manter a calma, preciso. Com um esforço sobre-humano, controlo a vontade de rebater, resistindo ao impulso de explodir em choro.
O ônibus estacionou uns dois pontos antes da universidade, e eu precisava andar apenas alguns passos até lá. Meus olhos tentavam não se fechar pelo simples fato de ter que acordar antes de todos para fazer o café da manhã e os afazeres, mesmo após apanhar como uma mala velha.Não era simples conviver com toda aquela situação. Eu sempre percebi ser diferente das outras pessoas; era tímida e reclusa. Talvez fosse normal, considerando o ambiente em que fui criada como uma escrava a vida toda, sem nenhum resquício de amor ou afeto. Não havia muitas convicções ou esperanças para mim; eu nunca conseguiria ser feliz estando naquela casa.Muitas vezes, já me perguntei: se meus tios têm boas condições, por que não contrataram uma empregada?Isso era simples de responder; por que raios eles iriam contratar mão de obra se tinham a minha gratuitamente?Andei mais um pouco com dificuldade, pois meu corpo doía e latejava. Enfim, eu cheguei à universidade.As garotas me olhavam com desprezo e superi
O ambiente era totalmente diferente do que imaginei, eu criei tantos cenários em minha cabeça de como seria o baile de máscaras. É, eu não ia a festas. Meus tios me proibiam, sempre. Eu não os denunciava, pois eles eram influentes na cidade por conta de seus comércios. Então eu, uma órfã, que não tinha onde cair morta, iria desafiá-los. Quem eu pensava ser? Eles podiam fazer o que quisessem comigo que jamais iria haver alguém para me defender, e me deixavam ciente disso. Eles eram regados de segredos. Segredos que eu não fazia a mínima ideia de quais eram. Afinal, meu quarto era fora da casa, isso mesmo, eu vivia num quarto fora da casa. Quão legal minha vida era?A festa estava muito bonita, tudo bem-arrumado e todas as pessoas aqui parecem ser tão importantes, eu me sentia deslocada naquele lugar, mas ok. Era somente não deixar meus tios me verem aqui. Mas se tem uma coisa que viver naquelas condições subalternas me ensinaram, era a me esconder.Todos estavam me observando, talvez