POV: LAUREN
Henry parecia determinado a manter seu papel de vigilante, passando mais tempo no quarto do que deveria. Ele trouxe uma mesinha e instalou seu notebook ali, trabalhando enquanto me mantinha sob seu olhar atento.
Observei seu rosto enquanto ele se concentrava, a expressão séria, o maxilar travado. Seu olhar azul cintilava sob a luz do computador, e a forma como sua boca se contraía em um leve tique mostrava que algo o incomodava.
Minha atenção deslizou para seus lábios bem desenhados, aqueles mesmos que sabiam exatamente como roubar meu fôlego e me deixar sem reação. A barba bem feita, a postura impecável... Henry Carter era o verdadeiro CEO de capa de revista, desses que fazem qualquer mulher suspirar e desejar estar em sua cama.
E, bem... eu estava na cama dele.
— Sinto seus olhos sobre mim, Becker. —
POV: LAUREN— Filha, é assim que você recebe sua mãe? — Minha mãe fechou o semblante, as mãos firmes na cintura, me encarando com reprovação. — Este homem bonito me ligou dizendo que minha menina precisava de mim. Está grávida, precisa de repouso, e talvez um pouco de amor materno a ajudasse a ficar bem.Meus olhos se arregalaram, e imediatamente me virei para Henry, querendo queimá-lo vivo com o olhar.— Você ligou para a minha mãe? — Eu perguntei entre dentes, sentindo meu corpo esquentar de indignação. — E contou da gravidez?!Ele manteve a postura calma, imponente como sempre.— Na verdade, sua mãe viu os noticiários sobre sua entrada dramática no hospital nos braços do CEO Henry Carter. — Kate interveio, segurando a bol
POV: HENRY— Para onde, senhor? — O motorista me olhou pelo retrovisor.— PharmaCare Industries. — Eu passei a mão pela barba alinhada, lançando um último olhar para a mansão. A vida que eu estava construindo ali precisava ser protegida.Peguei o celular e enviei uma mensagem para Lucian. Precisava que ele me encontrasse na empresa do ex-marido da Lauren com os documentos fiscais detalhando o desfalque no financeiro. Eu nunca entendi o interesse do meu irmão em fechar negócios com a PharmaCare. Havia empresas mais sólidas, hospitais com os quais mantínhamos parcerias estratégicas, expandindo filiais e investindo em tecnologias médicas muito mais lucrativas do que os negócios de Ethan.O carro deslizou suavemente para dentro do estacionamento. Conferi o relógio ao sair do veículo, varrendo os arredores com o olhar. Nada de Lucian.— Sempre atrasado… — Eu murmurei, massageando as têmporas.Atravessei o saguão sem precisar me anunciar. Os seguranças e funcionários me reconheceram no inst
POV: HENRYEthan inclinou-se levemente sobre a mesa, os olhos carregados de provocação, como se saboreasse cada palavra antes de soltá-las.— Sr. Carter... — Ele falou devagar, arrastando o tom, saboreando a tensão. — De homem para homem... Sei que se casou com a minha ex-mulher.Mantive meu rosto impassível, embora a simples menção a Lauren vinda de sua boca já fosse suficiente para me incomodar. Ele notou e continuou.— E também soube que ela está esperando o seu herdeiro. — Ethan completou.Minha mandíbula enrijeceu, e meus dedos flexionaram levemente contra o tecido do meu paletó, mas continuei imóvel, encarando-o.Ele fez uma pausa dramática, os olhos analisando cada mínima reação minha, como se procurasse um ponto fraco para explorar.— Mas não precisa vir aqui marcar território. — Ele disse, e um brilho malicioso surgiu em seus olhos. — Não tenho o menor interesse naquela mulher. Foi por isso que a descartei.Meu sangue ferveu. O controle que eu mantinha se esvaiu num instante.
POV: ETHANAquele maldito bilionário me olhava com ares de superioridade, certo de que já havia vencido essa disputa. Seu tom de ameaça não deixava dúvidas, ele sabia sobre os desvios, e aqueles incompetentes do meu financeiro falharam miseravelmente em esconder as provas. Eu teria que lidar com essa bagunça depois.Bati os dedos contra a mesa, calculando minhas opções. Então era disso que se tratava? Henry Carter estava ali para recuperar o que sua adorável esposa havia perdido? Lauren sempre soube como atrair problemas. Mesmo depois do divórcio, continuava sendo um incômodo. Se eu tivesse me livrado dela na hora certa, um acidente bem planejado, ninguém suspeitaria.O pensamento me divertiu por um instante, mas precisei retomar o controle. Carter ainda estava à minha frente, impaciente, esperando minha resposta.— E então, o que prefere? — Ele perguntou, o maxilar travado, os olhos fixos em mim como se pudesse arrancar a verdade à força. Eu havia cutucado seu ponto fraco. A dúvida q
POV: LAUREN— Mamãe, por favor! Henry vai surtar quando descobrir o que você fez. — Exclamei, olhando para mais uma fornada de cupcakes saindo do forno, enquanto Theo, coberto de cobertura dos pés à cabeça, montava sua obra-prima com chocolate e confeitos coloridos. — Ele já comeu muito doce!— Ah, Lauren, deixa o menino ser criança! — Minha mãe bufou, revirando os olhos, enquanto organizava a bancada. — Te criei assim, cheia de mimos e açúcar, e veja só, você se tornou uma mulher adulta e saudável. Então me deixe estragar esse pequeno anjinho à minha maneira.Theo olhou para mim com os olhos brilhando de felicidade, a pontinha do nariz suja de chantili.— A vovó é maravilhosa, Fada! — o pequeno completou.Suspirei, já derro
POV: HENRYLauren estava visivelmente melhor após algumas semanas de repouso. Os exames indicavam que tudo estava dentro dos padrões normais, e isso nos trouxe um alívio imenso. Theodor se tornou ainda mais próximo dela, lendo para sua barriga todas as noites, contando histórias recheadas de promessas para o futuro irmão ou irmã, descrevendo brincadeiras e travessuras que compartilhariam.Desde o sangramento de Becker, eu simplesmente não permiti mais que ela dormisse sozinha. Essa mudança em nossa rotina nos aproximou de uma maneira intensa e inesperada. A mente dela era fascinante, brilhante, cheia de ideias e sugestões que tornavam nossas conversas sobre negócios não apenas produtivas, mas também prazerosas. Sem perceber, ela tirava um grande peso dos meus ombros, e eu me pegava ansioso para compartilhar cada detalhe com ela.— É
POV: LAURENO ar ficou denso entre nós, carregado de eletricidade e desejo. Meu coração martelava contra as costelas, e minha respiração tornou-se errática quando o calor do corpo dele se fundiu ao meu. O cheiro amadeirado e másculo de Henry me envolveu, despertando um anseio insaciável que fez minha pele arder.— Henry... — minha voz saiu em um sussurro vacilante, entre a hesitação e a entrega.Seus olhos, intensos e carregados de luxúria, capturaram os meus. Eles eram como um fogo inescapável, consumindo qualquer resquício de resistência que eu ainda pudesse ter. Meu corpo pulsava sob seu toque, cada centímetro de pele sensibilizado pela passagem ardente de seus dedos. Ele deslizou as mãos firmes pela curva da minha cintura, pressionando-me ainda mais contra si, e um arrepio delicioso correu pela minha espinha.<
POV: LAURENUm ofego escapou de mim. Meu corpo latejava, minha respiração se tornou irregular, e o calor entre minhas pernas era insuportável.Henry sabia exatamente o que estava fazendo comigo. E eu não queria que ele parasse.— Tão pronta para mim, minha Becker. — A voz de Henry saiu rouca, carregada de desejo e posse. Seu olhar escuro me devorava enquanto seus dedos deslizavam lentamente pelo tecido fino da minha calcinha, afastando-o apenas o suficiente para expor minha intimidade à sua exploração.O simples roçar da ponta do seu dedo sobre minha pele já me fez arfar, e um gemido entrecortado escapou dos meus lábios. Um riso abafado e satisfeito vibrou em seu peito ao perceber minha reação imediata.— Calma, pequena… — ele murmurou, os lábios curvando-se em um sorriso carregad