39 chapters
O Julgamento
Capitulo I Ao observar o Juiz entrando na sala, fico de pé, tentando esconder que estou assustado, ele tem fama de ser imparcial em suas decisões, não foço ideia de qual possa ser seu ponto de vista em relação a esse caso. Uma a uma as testemunhas vão sendo ouvidas e interrogadas pelos advogados de acusação e defesa. Atento o Juiz Norbeth presta atenção em cada depoimento, não deixando escapar nenhum detalhe. Meus olhos correm por toda a sala, tento decifrar a fisionomia de cada membro do júri, as mulheres me observam discretamente, já os homens voltam a atenção somente aos depoimentos. É assustador olhar para essas pessoas, elas têm o poder de mudar minha vida e agora não posso fazer mais nada.O julgamento continua, até chegar a vez de Melanie ser ouvida, ela parece
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Viagem para o interior
Capitulo II Seis anos depois... Me deparo observando as ilustrações do teto da igreja, uma mistura de anjos o qual não consegui desvenda todas as imagens que prenderam minha atenção.A voz rouca do padre Francisco me chama a atenção, ele está fazendo algumas citações bíblicas e se referindo ao meu avô como uma pessoa que fará muita falta a comunidade local, pelo seu trabalho comunitário, sempre prestativo e ansioso em ser útil. O padre Francisco nem está exagerando, vovô era assim mesmo, lembro-me quando passeávamos na cidade para visitar ele e a vovó Rebeca, era maravilhoso, eles estavam sempre sorrindo, comunicativos e prestativos. Guardo em minhas lembranças à vista extraordinária dos arredores da casa, logo na en
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Ainda mais próximo
Capitulo III — O jantar estava delicioso — falo para Lissi, após lagar os talheres sobre a mesa, observando o prato limpo, pois saborear um jantar com comida saudável não faz meu estilo.— Você é adorável July. Eu iria adorar que fosse minha nora, Junior e você tem a mesma idade formam um lindo casal.Junior fica mais sem jeito que eu e se desculpa pela mãe dizendo baixinho:— Não dê muita importância ao que ela fala.Não gostei do comentário em que ela se refere a mim e Junior como um casal perfeito. Ele até que é legal para ser amigo, mas bem mimado e tem uns assuntos, como posso dizer? Uns assuntos típicos da nossa idade, meio nada haver. Ele é bonito, loiro, olhos verdes reluzentes e dentes perfeitamente alinhados, como diá
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Farpas do passado
Capitulo IV O que aconteceu meu irmão? — Junior me questiona assim que entramos no carro. — Do que você está falando? — Theo, não se faça do bobo, eu vi o beijo. — Não aconteceu nada, foi só um selinho, não sei o porquê do espanto. — Theo, ela é sete anos mais nova que você, uma patricinha de cidade grande, ela não é o seu estilo. — E qual seria o meu estilo? — pergunto, não por deboche, mas é porque o questionamento dele realmente me chamou a atenção. — Theo, todo mundo sabe que você só amou mesmo a policial, e ela te pôs atrás das grades. Depois disso a sua vida é só de aventuras. Eu gosto de você meu irmão, mas você é muito cafajeste e a Ana Julia me parece mimadinha, mas gente boa. — De onde você tirou a ideia de que eu fui apaixonado pela policial. — Theo, é o que a as pessoas comentam.<
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Primeiro encontro
Capitulo V Depois de uma noite de chuva intensa, o sol deu o ar de sua graça, está uma manhã linda, os pássaros cantam alegres na laranjeira ao lado da casa, abro a janela do quarto e observo as laranjas com um tom verde escuro, em uma semana teremos laranjas suculentas para comer. Inspiro fundo para absorver o maior volume de ar puro possível, ficando por alguns minutos apenas apreciando a vista maravilhosa.Vou até a cozinha, o café está servido e mamãe está tentando sintonizar uma estação de rádio, ela fala de mim, mas a professora Hanni está sentindo falta da tecnologia e de seus alunos mandando mensagens o tempo todo.— Bom dia mamãe! — digo, chamando sua atenção.— Oi! — ela responde rápido, demostrando que se assustou com a minha c
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O passado ainda presente
Capitulo VI — Nunca me imaginei indo ao cinema para assistir fronzen — falo encantada, por ter recebido um convite tão fofo.— Eu sonhava com esse dia desde de criança — diz Theo com a ironia saltando dos olhos, ao segurar firme minha mão para atravessarmos a rua, que por sinal, hoje está bastante movimentada.Hoje foi meu dia de escolher o jantar. Claro que não pensei duas vezes para escolher.— Aqui está seu cachorrão prensado — diz o atendente do fast food que nos atendeu.— Que delícia! — digo com os olhos fechados e com a boca cheia.Theo apenas sorri e permanece calado, tenho a impressão que aconteceu algo, mas prefiro esperar que ele comente o que está o incomodando.Depois que terminamos o lanche seguro firme sua m
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A primeira vez
Capitulo VII O dia está amanhecendo quando chego em casa, os raios de sol já estão refletindo no para-brisa do carro. Essa claridade faz minha dor de cabeça aumentar ainda mais.— Theodor Neto, você precisava mesmo beber tanto? — falo olhando minha imagem no retrovisor, enquanto estaciono o carro de ré na garagem.Entro em casa e vejo Lissi, Junior e Carlos tomando café. Digo bom dia, indo direto até meu quarto, buscar um comprimido para ressaca. Já fazia tempo que eu não bebia a ponto de dormir debruçado no balcão do bar, a última vez que isso aconteceu foi quando Melanie me mandou embora de seu quarto, dizendo que tinha marcado a data do casamento com o Toni.Assim que volto para a cozinha, Carlos levanta-se irritado da cadeira, passo por trás dele, seguro firme em seu om
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Sonhos ou recordações I
Capitulo VIII O sol estava lindo e um clima ameno, a paisagem passa pela janela da minha luxuosa carruagem, vejo minha dama de companhia fazendo um delicado bordado em um pano branco.— O que você está fazendo? — pergunto a ela.— É para seu vestido de casamento Milady. Sua mãe está muito preocupada com a festa e os preparativos. Preciso terminar os bordados ainda hoje.Não dou muita importância para os comentários de Morgan, continuo perdida em pensamentos olhando a vida passar pela janela, não sei o porquê, mas, sempre que falam em meu casamento sinto um gosto amargo na boca.Logo chegamos a cidade, meu noivo está me esperando, um homem bonito, cabelo e olhos claros, uma pele bem cuidada e mãos suaves.Ele me ajuda a descer da carruagem, beijando minha m&
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Conversa de mãe e filha
Capitulo IX Acordo com beijinhos silenciosos— Estou indo. — Ouço Theo sussurrar em meu ouvido.Agarro seu pescoço sem abrir os olhos, me espreguiçando, começo a piscar timidamente, até conseguir vê-lo sorrindo para mim.— Que horas são? — pergunto ainda me espreguiçando.— O dia está amanhecendo. Tenho que ir.— Ir para onde? — digo ao me cobrir.— Vamos colher alfafa para secar e depois guardar. Cavalos bonitos comem bastante?— Há não! — digo toda manhosa agarrando seu pescoço novamente, o beijando bem devagar.— July! Desse jeito não consigo ir. Isso é covardia. Preciso de mais aulas com Dora de autocontrole ou um antidoto contra Ana Julia &md
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Sinais
Capitulo X — Theo você não precisava pedir para o meu pai se podia namorar comigo — digo ainda incrédula no que acabei de ouvir.— É visível que sua mãe não gosta de mim, então eu precisava ganhar a confiança do seu pai.— Pelo jeito conseguiu — disse assim que desembarcamos do carro.— Vou passar nas cocheiras, você pode arrumar a mesa — diz Theo ao me entregar a sacola com a inscrição: “Sushi do Taniguchi”Durante o jantar feito com arroz temperado, enrolado em peixe cru, vegetais, frutas, ovos e algas, o observo pescando pedacinhos de peixe com um palito.— Antigamente, os sushis eram vendidos em barracas no meio da rua no Japão, como uma espécie de fast food da época — comen
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