Quando Paulo olhou para a janela e percebeu o que estava anoitecendo, fechou, apressado, a tela de seu notebook, puxou o carregador da tomada e pulou a cama em um salto, aterrissando de joelhos, com a cabeça olhando por debaixo da cama em busca de seu coturno. Encontrou o par e puxou, enquanto se levantava e sentava na cama. Calçou-os com o devido cuidado de amarrá-los por cima da calça cáqui camuflada e seguiu em direção ao armário. Escolheu uma camiseta justa, totalmente vermelha, e cobriu com ela todas as tatuagens de seu corpo. Abriu uma das gavetas da cômoda e, afastando as meias, encontrou seu canivete butterfly, que enfiou na cintura. No banheiro, deu uma ultima ajeitada em seu cabelo loiro, cortado à escovinha. Fez uma última cara de mau antes de se decidir por ir embora.Ler mais
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Eles estavam em um grupo de cinco. Aguardavam escondidos separadamente. Quase não tiveram tempo de se preparar desde que tiveram conhecimento do espancamento de Paulo, mas de alguma forma tinham conseguido. É claro que não foi simplesmente sorte, é que um dos cinco do grupo sabia que Maicon estava envolvido e avisou aos outros o melhor lugar para emboscá-lo. Agora, aguardavam em silêncio a chegada do rapaz. As árvores frondosas tornavam fraca a iluminação da Rua Prudente de Morais. A escuridão somada à criatividade de se esconder do grupo, propiciou uma boa oportunidade. Um deles nem estava totalmente escondido, apenas agachara-se perto de dois grandes sacos plásticos pretos de lixo e mesmo assim, estava pratic
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