Capítulo-3- Medo

Pov- Everest.

Everest- naquele exato momento eu tinha certeza absoluta de que a minha vida não iria durar muito nesse lugar, eu estava exatamente na era viking, na Irlanda antiga. Se eles acabarem comprando, não vou sobreviver mais de uma semana, eles são famosos por serem ótimos caçadores e rastreadores então com toda certeza do mundo, eu não iria conseguir mascarar os meus passos e eles iriam me achar no fim das contas. 

Eu ainda estava olhando para bola de cristal custando a acreditar no que ela tinha me dito sobre estar no século 8 d.c. eu ainda não estava acreditando no que tinha acontecido comigo, o que será que aconteceu para que o avião pudesse explodir e eu literalmente cair nesse século, não posso esperar passar 13 séculos para chegar novamente ao século 21.

Pelo que eu fiquei sabendo apenas bruxas negras podem usar magia do tempo mas ainda assim, minha irmã não teria poder suficiente para transportar um avião inteiro para o século 8, porque eu não estava entendendo é porque o avião acabou caindo? Porque ele explodiu logo depois que eu fui lançada para fora? Porque aquele homem tinha dito aquilo para mim antes de desafivelar o meu cinto de segurança que estava me prendendo ao banco? Meu corpo ainda estava ferido em alguns lugares e eu preciso urgente de um médico para tratar das minhas costas.

Provavelmente eu estaria com algum nervo distendido nas costas ou algum corte porque estava ardendo e eu senti as minhas costas molhadas o que indicava , algum corte profundo e o sangue ainda estaria escorrendo. O ferimento deveria ser grande porque eu sentia que estava ensopada nas costas, agora eu precisava arrumar um lugar para ficar pois a praia já não era tão segura para mim. Eu estava lidando com vikings e com toda certeza do mundo tinha que ficar de olho neles e, assim como tenho certeza absoluta de que não posso deixar marca de sangue algum nas árvores, porque tenho certeza absoluta de que eles vão encontrar rastros De onde Eu vou estar. 

O problema é que o ferimento estava grande e também eu estava usando o tênis o que dificultava a forma que eu caminhava pela floresta pois tenho certeza absoluta de que, estaria minhas pegadas marcando o chão. Também teria que me preocupar em acender o fogo apenas à noite pois eu sabia que eles não iriam sair para caçar os seria perigoso demais, não que eles fossem mais perigosos do que os animais que estavam na floresta.

Eu teria que começar a buscar frutos e também um abrigo onde ficar, eu tinha que pensar na minha sobrevivência até encontrar uma resposta para voltar até o século 21 antes que os vikings possam me encontrar. eles vão me achar estranha porque não me pareço nada com as pessoas que vivem na Irlanda,e também não me pareceu nada com pessoas que estavam vivendo na Escandinávia no século 8. Além de também estar vestindo roupas do século 21,pelo que eu fiquei sabendo, eles não gostam de bruxas ou coisa do tipo mas acreditam em seres sobrenaturais  por causa dos seus deuses. a única coisa que eu sei fazer com os elementos é usar a terra para plantio e fazer com que algumas frutas possam nascer, apenas consigo separar a água doce da água salgada, consigo também fazer fogo com as minhas mãos e invocar o vento para levantar o meu corpo para qualquer lugar mais alto, eu não sei voar logicamente, mas esses poderes vão acabar me ajudando em algum momento nessa hora além do poder de cura. mas esse poder a cura não iria ajudar de nada se eu não conseguisse tocar nas minhas costas e era por esse motivo que eu urgentemente precisava encontrar o médico porém, no século 8 eu não confiava em ninguém que poderia me ajudar. Aqui eu estaria sozinha e provavelmente eu vou morrer por infecção ou os vikings vão me encontrar e arrancar a minha cabeça antes que o ferimento possa tirar minha vida, também posso acabar morrendo de hemorragia por causa de tanto sangue que estava perdendo.

Agora seria o momento certo para que eu pudesse começar a procurar um abrigo, tenho que aproveitar que o sol ainda está no pico ou então vou ficar perdida andando pela floresta. comecei a andar tomando o cuidado de não quebrar galho algum pois eles também poderiam arrumar uma forma de me encontrar desse jeito, ainda bem que pelo menos eles não têm cachorro rastreador.

Aproveitei também para olhar ao redor e perceber se tinha algumas ervas que poderiam servir para chá de cura, parece que eu teria que começar a agir como as bruxas de antigamente em ficar recolhendo ervas pelo chão. ainda estava doendo para que eu pudesse ficar me abaixando porém, não tinha escolha pois não tinha mais ninguém para me ajudar.

Depois de algum tempo andando pela floresta, encontrei uma abertura em cima de uma Rocha bem dura, parecia a espécie de uma caverna quase 5 m de altura acima do chão, pelo lado que eu vi aquele povo entrar, eu estava muito longe deles então estaria segura aqui pelo menos por enquanto. Esperei fundo antes de colocar o maço de ervas na boca para segurar com os dentes quando comecei a escalar, minhas costas estava ardendo demais e eu senti aqui a cada momento o sangue estava ficando pior e mais molhado ainda. Essas ervas pelo menos iriam estancar um pouco antes que eu pudesse arrumar uma forma de usar meu poder para curar. demorou cerca de Quase 10 minutos para que eu pudesse conseguir chegar até lá em cima, ao todo eu consegui pelo menos cortar a minha palma da mão mas três ou quatro vezes no mínimo. Quando enfim cheguei lá em cima, encontrei a espécie de uma fonte de água , água parecia muito cristalina e limpa porém usando os meus poderes de fogo, poderia usar para tirar as bactérias da água e usar como banheira natural, pelo menos assim eu poderia matar pelo menos um pouco dos fungos que estaria nos meus machucados. Eu também poderia usar a água quente para ferver as ervas e tomar o chá com as folhas poderia usar como curativo em minhas costas. 

Everest- eu invoco aqui todos os ventos que não posso ver.                 para que o fogo em minhas mãos possa fazer essa água ferver - lancei o fogo sobre a água com o máximo que eu podia na hora, ainda estava cansada então tive que aguentar pelo menos por 2 minutos antes que a água estivesse borbulhando. Esperei um pouco cansada quando peguei a parte do corpo que estava usando para beber água e também para comer alguma coisa. Peguei um pouco da água fervendo e amassei as ervas dentro, deixando Que ela possa cozinhar por um momento então respirei fundo usando o vento para deixar a água um pouco mais morna, consegui segurar por no mínimo alguns minutos antes de respirar fundo e parar com o vento. tirei o tênis que estava nos meus pés vendo que ele já estava tudo destruído praticamente então teria que fazer outro com base nesse. Não é só porque eu sou uma bruxa que ficaria abusando da magia , a magia cobra um preço muito alto para aqueles que ficam usando seus poderes inconsequentemente. Minha calça saiu logo em seguida, quase chorei quando olhei para as minhas pernas vendo grandes marcas arroxeadas , eu estava com hematoma em todo lugar no meu corpo quando tirei minha blusa e o sutiã, nunca tinha visto tanto ferimento assim em mim em toda minha vida.

Sem conseguir suportar, eu comecei a chorar enquanto tentava não fazer som algum, pois eu não saberia se alguns vikings poderiam estar vigiando ao redor. Respirei fundo enquanto entrava na água deixando que ela pudesse levar consigo o suor e a dor dos meus ferimentos, eu consegui curar a maioria dos machucados que estavam pelas minhas pernas, braços e mãos. Porém outros ainda estavam bem grandes só que agora, eu não tinha poderes suficiente para curar todas de uma vez pois estava muito cansada e precisava dormir pelo menos um pouco. 

Acabei mergulhando um pouco e lavei meus cabelos que deveriam estar todos embaraçados e sujos, encontrei algumas ervas que eu poderia usar como shampoo pois elas fazem bastante espuma, assim ficaria com cheiro de limpo pelo menos. perdi a conta de quanto tempo fiquei na água mas tive que sair porque a ponta dos meus dedos já estavam começando a ficar enrugados. Fui até onde estava a casca de coco com água quente e o chá, tendo o cuidado de bebericar um pouco para ter certeza que estava morno E então, tomei o chá o mais rápido que podia pois ele era extremamente amargo , logo em seguida usei as folhas para colocar elas em minhas costas o máximo que podia pois ainda estava sangrando e tem certeza absoluta de que o ferimento estaria inchado. logo em seguida me deitei perto da fonte da água que ainda estava um pouco quente pois iria manter o meu corpo aquecido durante a noite. Ainda deitada de barriga para baixo eu peguei a bola de cristal fazendo com que ela pudesse ficar do tamanho normal.

Everest- mostre para mim tudo o que aconteceu no avião depois que nós voamos- a imagem ficou branca iluminando a caverna até que pude ver o avião, ele estava voando como se nada tivesse acontecendo, até que uma nevoa acabou cobrindo o avião, ela era Verde escura o que era bem estranho, apenas uma bruxa extremamente poderosa poderia fazer algo desse tipo.  O avião então começou a falhar e foi quando tudo aconteceu, eu vi a placa de metal sair para fora desprendendo do avião, eu me vi gritar de susto e logo em seguida eu estava discutindo com um homem do meu lado até que fui jogada para fora, a placa de metal que estava jogada na praia era a mesma que estava do meu lado do avião e logo em seguida ela bateu em minhas costas com toda a força do mundo me deixando mais tonta ainda, eu pude ver o meu corpo sendo jogado com toda a força do mundo na água e logo em seguida a bola de cristal ficou completamente branca, antes da luz se apagar - parece que alguém não quer deixar que eu possa ver o que aconteceu realmente, então não foi você dente de alguém me mandou para esta época - essa é a única certeza que eu tinha agora, mas quem poderia fazer tudo isso para me mandar para o passado? Nem as bruxas negras que usam magia proibida tem coragem de vir para o passado, principalmente porque não fazemos a mínima ideia de onde vamos parar e muito menos quando , com o tempo não se brinca. alguém estava brincando com algo proibido e principalmente brincando com a vida de uma pessoa, porém eu não tinha inimigo algum tanto no mundo dos bruxos quanto no mundo dos humanos, então que me mandou para essa época? Não posso permitir que aqueles vikings possam encontrar, eu ainda quero me casar, realizar meu sonho de encontrar alguém que possa me amar como eu sou, de ter filhos correndo pela minha casa, eu queria ter alguém me esperando quando voltasse do trabalho cansada- eu só queria ser feliz, porque que tudo tem que ser tão difícil? 

Não podia fazer mais nada e, só tinha que esperar para quê eu posso encontrar as respostas de como vim parar nesse lugar e logo em seguida preciso descobrir como voltar para casa. Não posso continuar presa em 790 d.c é um ano muito perigoso e arriscado para mim pois é a época em que os vikings estavam conseguindo dominar a Europa e praticamente eram conhecidos como Reis na Escandinávia.

São os povos mais violentos de todos, não passam de guerreiros bárbaros que gostam de matar por prazer além de roubar o que não é deles, não é que eu tenho preconceito com eles, porém estou falando a mais pura verdade quando tico que eles matavam milhares de vidas simplesmente porque tinham a força para fazer isso.

Eu não pude conseguir ver o rosto daquele que era o líder daquele grupo, mas eu nunca tinha visto alguém tão grande assim e esperava que não pudesse me encontrar tão cedo, alguma coisa me dizia que eles iriam me matar, preciso fazer de tudo para sobreviver pois pelo meu sonho, eu morro. 

Respirei fundo olhando para as estrelas na entrada da caverna, eu podia ver apenas uma parte do céu mas seriam suficiente onde eu poderia ver as estrelas quando criança, eu acreditava que as pessoas que morriam se transformavam em grandes estrelas para brilhar eternamente no céu, Será mesmo que meu pai está lá me olhando? Será mesmo que ele vai cumprir a promessa de ficar do meu lado mesmo quando eu não posso ver? se eu acreditava e podia ver coisas sobrenaturais então também tenho que acreditar que o meu pai estava certo, pelo menos assim eu não vou me sentir tão solitária como sempre me sentia. Era a única forma de consolo que eu podia ter nesse momento, acreditar que as estrelas estarem me fazendo companhia no vazio que eu estava sentindo dentro do meu peito. 

A única esperança que eu tinha agora era que a minha irmã pudesse sentir a minha falta e arrumasse alguma forma de me trazer de volta, mas era difícil saber isso pelo fato de que Evangeline vive a sua vida para o trabalho. Então provavelmente ela só vai perceber que eu não vou voltar quando os dois meses de férias que eu havia ganhado na Noruega passasse. Eu estava ansiosa e esperava finalmente que ela pudesse perceber que eu não tinha voltado nessa viagem. nunca tinha me dado também com a minha irmã mas ainda assim fazemos de tudo para ter uma boa convivência, ela nunca me disse nada sobre me odiar e sempre fazia de tudo para me ajudar com o que podia. Não tenho que reclamar da minha irmã, acredito que a única coisa que eu sentia na época era inveja do amor que Ela recebia da minha mãe, mas agora ela era a única esperança que eu tinha para voltar até o século 21.

Everest - Evangeline...

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