2.

-POV Sarah

Cheguei e vi meu marido se agarrando com outra mulher na sala, não me senti surpresa, afinal de contas sabia com quem estava me casando.

Só tomei banho e me deitei, vi quando ele entrou no nosso quarto, mas fingi estar dormindo para não ter que conversar com ele.

Ares tomou banho e se enfiou na nossa cama, estava claro que nunca teríamos um casamento de verdade, e agora estou trabalhando em uma boate como balconista, preciso de dinheiro para pagar a faculdade, por minha dignidade resolvi não pedir dinheiro a ele.

Sinto nojo só de pensar que a poucos instantes ele estava se agarrando com outra no nosso sofá, poderia pelo menos respeitar nossa casa.

— eu sei que você está acordada.

Sua voz grossa ecoa pelo nosso quarto, parece que ele está cansado e frustrado, mas pouco me importa, continuo fingindo que estou dormindo.

— como pode não se importar com fato de eu estar te traindo?

— da próxima vez não traga para nossa casa, seu pai é dono de uma rede de hotéis é só você usar um deles

— isso é tudo que tens a dizer?

— não, preciso de dinheiro

— para que? Posso saber?

— pagar minha faculdade, o próximo semestre está perto de começar.

Ouço seu suspiro, não sei se é impressão minha, mas é como se ele estivesse pensando novamente que sou interesseira, mas honestamente eu não ligo para o que ele pensa ao meu respeito.

— não trarei mais Victória aqui, vou fazer como você faz com seus amantes, sair para encontrá—los fora de casa

— não tenho amantes, e mesmo que tivesse isso não seria da sua conta, você mesmo disse que somos casados apenas no papel e não irá passar disso.

O vejo se levantar e vir para cima de mim, se encaixa entre minhas pernas, percebo que ele está apenas de cueca, posso ver que seu peitoral é lindo, sinto sua mão segurar minhas mãos, ele me olha bem fixo nos olhos, o que faz meu corpo se aquecer rapidamente.

Não sei ao certo o que está acontecendo comigo, ele me causa sensações que desconheço, de alguma forma meu corpo o deseja, mesmo sabendo que ele não presta.

— você é minha esposa, e posso facilmente mudar de ideia sobre não tocá—la

— não tenho esse tipo de interesse, podemos continuar como estamos.

O vejo acariciar meu rosto com sua mão grande e quente, desce devagarinho passando por meu pescoço e indo até meus seios, arqueio quando acaricia o biquinho do meu seio, sinto meu corpo tremer de desejo, como é possível esse homem causar tantos efeitos sobre mim?

— tem certeza que não tem nenhum tipo de interesse no seu esposo?

Enquanto sussurra bem próximo ao meu ouvido, morde o lóbulo da minha orelha me fazendo soltar um suspiro abafado, seu rosto esta tão próximo ao meu que tudo que consigo me concentrar é apenas em sua boca levemente carnuda e gostosa, desejo muito beija—lo.

Ares esfrega sua ereção grande e dura no meu sexo, acabo por soltar um pequeno gemido, o que o faz se afastar de mim e virar de costas na cama.

Ainda estou muito eufórica para falar alguma coisa, e acho que realmente não devo fazer o tipo dele, pois ao soltar um simples e pequeno gemido ele me soltou rapidamente, devo ter o repelido.

Uma parte de mim fica aliviada, não quero que minha primeira vez seja com um idiota, e outra parte de mim fica triste, pois se ele quisesse mesmo, eu não me negaria, estamos casados e eu sou sua esposa.

Fico chateada, de alguma forma tudo isso que acabou de acontecer me deixou frustrada, acredito que de alguma forma eu queria ir adiante com ele, quero saber como é ser de alguém, mas com ele, eu não passaria de prazer sem nada sério.

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