Seduzida pelo don da máfia
Seduzida pelo don da máfia
Por: Carolis
Como eu te conheci

"Ele estava louco por ela, mas quando Giulia Rossi contou que estava grávida, o mafioso a odiou. Ele não acreditava que seria pai"

Giulia Rossi sentiu uma pontada de medo ao perceber o beco vazio em que se encontrava. Ela tirou os fones que tocavam uma música divertida a segundos atrás, e observou a paisagem se transformando em ruas pobres e escuras.

Ela sentiu um súbito medo, e a vontade de voltar pareceu a melhor ideia por alguns segundos em que decidia o que fazer, mas já era tarde demais, sobretudo, quando um homem mal encarado passou a segui-la.

Uma mulher como ela não deveria andar sem seguranças, mas ela não os encontrou quando decidiu que deveria voltar para a mansão em Bel Air. De toda forma, eles é quem deveriam tê-la esperado, e agora, ela estava em uma enrascada.

A linda jovem olhou para trás sentindo a sombra do homem persegui-la, e a cada passo que dava, podia sentir o odor forte impregnar-lhe as narinas.

– Hey, gata. Eu tenho pau suficiente para essa bunda! – Ele gritou de longe.

Giulia Rossi arregalou os olhos alarmados e virou a cabeça por dois segundos para encarar aquele mendigo atrevido. – Vai se ferrar! – Ela vociferou.

De algum modo, ele sentiu-se injustiçado pelas palavras da moça. E no momento em que Giulia deixou o fone de ouvido cair de suas pequenas mãos trêmulas, aquele homem se aproximou.

Ela se levantou rapidamente, mas sentiu as mãos nojentas agarrarem-lhe com força. – Ai meu Deus! – Ela gritou em meio ao susto.

– O que você disse? Repete! – Ele a encarou com os olhos inundados de desafio.

Giulia Rossi não era o tipo de garota acostumada a se dobrar. Ela deveria saber, como um membro da máfia que andar por aquele território era uma péssima idéia. Mas tudo que conseguiu pensar foi no lamento de ter ouvido o pai para que deixasse sua pistola semiautomática em casa.

– Me solta!

– Ou o que? O que você vai fazer, garotinha?

– Se você não me soltar, vai se arrepender muito. Esse é o meu último aviso.

E então, ele tentou segura-la contra a parede, enquanto inutilmente tentava abrir a calça com uma das mãos trêmulas do vício em drogas.

Parte daquilo era culpa do pai dela. O capo Rossi era o único responsável por fornecer drogas naquela região, e agora, a criminalidade havia disparado em um ritmo descontrolado.

Ela praguejou mentalmente enquanto ele parecia o patético de sempre. Giulia havia acabado de fazer as unhas e agora as estragaria com um homem inútil.

– Agora você vai ver. Eu vou te mostrar o que é um homem de verdade, putinha. – Ele umedeceu os lábios sujos de algo que a Giulia não pode identificar.

Giulia Rossi só conseguiu olhar no fundo da boca daquele homem muito feio e perceber a falta de dentes. Mas o hálito fétido como se ele comesse lixo pareceu bem pior que tudo.

O som do zíper se abrindo fez com que ela arregalasse os olhos claros ainda mais. E então, Giulia Rossi imaginou a sua primeira vez daquela maneira horrível, com um homem tão grotesco.

Como uma garota da máfia, ela sabia que no momento em que se entregasse a alguém, perderia todo o seu valor para o casamento. Tentando não desistir, Giulia Rossi concentrou-se nas aulas de artes marciais que aprendera com o irmão mais velho. Aquilo não pareceu tão fácil quanto nos treinamentos, mas ela ainda tinha tudo sob controle.

O homem horrível a lambeu no pescoço e então rasgou a blusa cara que ela vestira naquela manhã para visitar as crianças do orfanato.

Foi como um pesadelo. Ela estava horrorizada, mas ainda era orgulhosa demais para gritar. – Me solta! Você não tem ideia de quem é a minha família.

– Você não sabe quem é a minha! – O mendigo disse em um tom de deboche.

Giulia balançou a cabeça, em negação, enquanto as mãos estavam presas sobre a cabeça.

E então, um solavanco muito forte a fez abrir os olhos. Ela ainda não podia entender como tudo pareceu acontecer tão depressa, mas lá estava aquele homem caído no chão, completamente desmaiado como se tivesse morrido subitamente.

O rosto virou-se quase que em câmera lenta em direção a algo que ela temeu ser pior. Os olhos se encontraram como chamas acesas um para o outro.

Leoni Messina tinha um olhar gélido e penetrante, mas ainda era um homem completamente desconhecido.

– Obrigada. Eu não sabia mais o que fazer. – Ela admitiu, voltando a encarar o homem caído no chão.

Leoni Messina apenas assentiu com a cabeça como se não se importasse pelas palavras da moça, mas havia algo por trás do olhar gélido que indicava uma certa intenção.

– Que seja!

– Hei, eu estou te agradecendo. Seja educado.

– Você não teria que me agradecer se não estivesse se colocando em perigo desse jeito.

Giulia abriu completamente a boca, embasbacada. Como aquele homem podia ser tão desagradável depois de salvar-lhe a vida?

– Você não pode falar assim comigo. Se não queria me ajudar, então por que veio?

– Ih, a mocinha ficou brava... – Um outro rapaz disse ao fundo.

Foi a primeira vez que ela viu um breve sorriso nos lábios daquele homem lindo. Mas ele ainda parecia ter a carranca de mil demônios estampado no rosto. – Ela não teria que ficar brava se fosse responsável com a própria vida.

Ele pareceu distraído ao encarar o próprio punho levemente machucado, mas o rosto do homem de certa forma pareceu demonstrar prazer.

– Minha vida? Você não me conhece, não sabe nada sobre mim. E para a sua informação, eu só estava...

Ele riu, sem humor. – Eu não te perguntei nada, senhorita.

Ela sentiu a frase como uma ofensa mortal. – Você é sempre insuportável desse jeito ou só está de mal humor hoje?

Ela deslizou o olhar para o jovem de terno ao lado do seu salvador, e lá estava ele, escondendo o riso por trás dos dedos cheios de anéis.

Mas tão rápido quanto fora para ela ser salva, aquele homem também a agarrou, prensando-a contra a parede.

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