Liam tentava fazer Mia parar de comer. Ela tinha comido de tudo em menos de uma hora. Quase acabou com a dispensa. Naquele momento ela comia um pedaço de bolo recheado com doce de leite. Ela subia as escadas, ignorando totalmente ao marido. Ele sabia disso, mas mesmo assim continuava a chamar sua atenção. Não era nada saudável comer daquele jeito, e mesmo assim ela parecia não se importar, mesmo que a lembrasse o tempo todo da garotinha que estava dentro dela. Não seria normal comer sem controle não estando grávida, estando então, não é normal e é perigoso. A médica tinha dito que ela havia engordado demais naqueles dois últimos meses. “Demais” tinha sido as palavras da médica. Se ele dissesse, dormiria no sofá por vários dias. Encontrou Thomas no meio do caminho, irritando a irmã novamente. Era o passatempo preferido dele ultimamente. Liam se perguntava se faria o mesmo se tivesse um irmão gêmeos ou mais novo. O provocante da família era Killian, e seu filho apesar de ver o tio sem
SEMANAS DEPOIS Natalie reconheceu aquele cheiro e o calor do corpo do namorado, antes mesmo de ele abraçá-la por trás; ainda que estivesse em uma interessante conversa com suas amigas. Ela estava à espera dele, já que ele quem a levaria para casa. Ela agradecia por não ter que ir junto do irmão e a namorada dele, de vela, principalmente quando eles não conseguiam deixar de implicar um com o outro. Ainda não soube de onde saiu aquela implicância toda, mas no fim era até divertida. Bem, ao menos ela achava isso, ao contrário de seus pais e irmão, que viviam surtando. — Olá, namorada. Ela abriu um enorme sorriso. — Ezra. — Esperou muito? — Não, minhas amigas me fizeram companhia. — E estamos de saída. — Bom namoro, pombinhos. Natalie corou, como sempre. Mesmo que já estivesse acostumada com as provocações de suas amigas, não adiantava, ela sempre corava. — Como foi seu dia? — Foi quase perfeito. — Quase? Ezra pegou na mão da namorada, levando-a até seu carro. — Sim,
— Não tenho nada a dizer ou escutar da senhora. Ezra abriu a porta rapidamente, querendo que sua namorada entrasse logo para dentro a casa dele, mas parecia que aquele era o dia de a chave não resolver aquele “problema”. E era irritante, principalmente quando aquela mulher insistia em ter uma conversa com Natalie. O que era mais estranho ainda. Primeiro, como ela soube que eles estavam ali? Segundo, por que ela procurou logo sua namorada? E terceiro, como ela conhecia o endereço de sua casa? Não fazia sentido nenhum. — Está enganada, mocinha. Temos algo em comum. — Eu e você não temos nada em comum. – Se virou para ela, raivosa. – Você abandonou meu irmãozinho. O deixou pensando... que não era amado. Ignorou a existência dele até dias atrás, e agora... quer vê-lo? Não tem esse direito. — Eu me arrependi. Natalie deu uma risada debochada. — É meio tarde para isso. — Eu quero muito conhecê-lo. — É meio tarde para isso também. — Você acha que é fácil ser mãe tão nova, e a
— Que bom que concordou em me encontrar, filho. Bryan olhou bem para a mulher de cabelos castanho-claros. Ela era muito bonita, mas algo nela o deixava desconfortável, e não era o fato de ser a primeira vez que se viam. O que seria natural acontecer. Quando recebeu aquela mensagem no seu Instagram, pensou duas vezes antes de aceitar o convite. Primeiro porque prometeu a seus pais e segundo porque achou estranho. Depois de tanto tempo, ela entrou em contato. Ela sabia onde ele morava, quem era ele, e ele tinha redes sociais, então por que só agora ela decidiu procurá-lo? O maior defeito dele, era a curiosidade. E foi por estar curioso para saber o que ela queria dele, que aceitou aquele encontro. Será que ela queria conhecê-lo? Ou queria uma outra coisa que só ele poderia dar a ela? Se não fosse por seu melhor amigo e a irmã dele, não teria conseguido ir naquele encontro sem seus pais saberem. Incluindo Nathan. Ele tinha pedido tanto para que ele não se encontrasse com Holly, princ
Bryan começava a se culpar por ter ido atrás dos pais biológicos. Não que estivesse arrependido por ter tido a chance de conhecer Nathan, mas agora percebia que Holly não era uma boa pessoa, como seu pai biológico havia dito. Por um momento, achou que era exagero, mesmo depois de ela ter abandonado ele, mas não. Era a verdade. Ela não era uma boa pessoa, e provavelmente jamais seria. Ela estava fazendo chantagem, e mesmo que ele não acreditasse que seus pais seriam capazes de algo tão terrível, ele temia com o que poderia acontecer caso Holly cumprisse com a promessa de colocar ambos na cadeia. Porque ela tinha provas. Provas. Que tipo de provas seriam essas? “Se eu soubesse... que ela tem o mínimo de carinho por você... eu diria para você procurá-la. Mas ela não tem, e ela não vai te fazer bem. Ela vai te destruir, e destruir a sua família. Essa é a dura e dolorosa verdade”. É, seu pai tinha razão em dizer aquelas palavras quando se conheceram. Ele sabia o que estava dizendo, e a
Mia se sentia nervosa. Andava de um lado para o outro, à espera de seu caçula. Se sentia também furiosa por Aime ter ido atrás de sua filha mais velha. Quem ela pensava que era, afinal? E o que queria com isso? Não tinha respostas, e se não fosse por seu marido, que a segurou ali, ela teria ido atrás daquela mulher, lhe tirado as respostas que precisava ter e dado na cara dela. E era isso que deveria fazer. Tinha que proteger sua família. Mas a pedido de Liam e seus filhos, tentou se acalmar e esperar. Bryan estava para chegar. Ele tinha ido ao cinema com os amigos, então só precisava se manter sã até ele chegar em casa. Se Liam dissesse que não estava como a esposa, estaria mentindo, mas ele sabia como camuflar bem aqueles sentimentos, diferente dela. Ele também gostaria de dar uma prensa naquela mulher, mas seria um erro gigantesco, principalmente quando ela parecia querer jogar sujo contra ele e sua esposa, então ele se pôs a se acalmar, e também à amada, e esperou. Esperou pelo
Nathan não queria acreditar que Bryan realmente aceitou se encontrar com Holly, mesmo depois dos conselhos que deu a ele. Apesar de ter apenas nove anos, ele era esperto. E por isso tinha certeza de que havia algo de errado. Não podia ser apenas por curiosidade a respeito daquela mulher. Não podia ser também por solidariedade a ela. Então por qual motivo? Queria tentar falar com o menino, mas teve de concordar com os pais dele que seria um erro. Ele iria querer se afastar, principalmente se percebesse que estava sendo pressionado. Mas ele, como pai, mesmo que há poucos dias, tinha que fazer alguma coisa. E talvez por conhecer Holly como ninguém, que foi chamado pela família de Bryan. Talvez por isso também que eles contaram o que estava acontecendo, não que eles estivessem sendo ariscos desde que descobriram que era o pai do filho deles. O biológico. Na verdade, era bem o contrário. Quando Liam ligou dizendo que precisavam conversar, e que era muito importante, não imaginou que foss
— Que cheiro gostoso, mamãezinha. Mia se virou com um sorriso nos lábios, encontrando seus três pequeninos filhos lado a lado, ainda que apenas Maevi tivesse elogiado o cheiro do lanche especial que tinha feito para eles. Demorou mais do que o esperado, e tudo porque ela continuava muito preocupada com Bryan. — Chocolate. Os olhinhos da garotinha brilharam. — Vocês estão com fome? — Eu estou com muita fome. Ela riu pela forma como Saito se expressou, já se aproximando da mesa. — Eu posso pegar um desses? – Mavi perguntou, apontando para uma coxinha. — Ainda está um pouco quente, querida, mas o da outra bandeja está mais frio. A pequena sorriu, pegando do mais fio praticamente ao mesmo tempo que o irmão. — Muito bom, mamãezinha, como sempre. — Hum. Mamãezinha. Mamãezinha. O que vocês querem, hein? Os três riram. — Vocês têm algo em mente aí, não tem? Mavi, Maevi e Mark fitaram um ao outro. — Me digam, estou escutando. Levou um tempo, mas eles se aproxim