Capítulo Três: A Guilda Lua Prata

Jack caminhava por uma infindável escuridão, um vazio que parecia consumir a sua própria respiração e existência.

Será que morri? Pensou enquanto vários momentos de vida lhe assombravam o fazendo se lembrar do ataque daquele guerreiro e com isso entrando em agonia ao pensar que ele estava no plano dos mortos e que tudo que aconteceu não o levou a lugar nenhum. O bárbaro gritava em desespero, mas sua voz não saía ao mexer a boca. Parecia seu fim e para piorar a escuridão abissal começou a puxa-lo para mais fundo ainda, mesmo daquele jeito tentou lutar contra aquela assustadora sombra maligna, mas fora em vão, foi puxado sentindo a escuridão engolir tudo que lhe restara de sua força e desejo.

Até que...

Um som de baque pode ser ouvido.

Jack abriu os olhos e percebeu que se chocara contra um chão feito de quartzo negro, embora o mesmo fosse bem lustroso e bem feito podendo até mesmo ver seu reflexo por ele.

Ao olhar para seus arredores notara estar em um quarto, um lindo quarto digno daquelas hospedagens onde os mais altos nobres passavam a noite, o que era um lugar bem improvável para um bárbaro pirata maltrapilho.

Além de reparar que a cama estava bagunçada, finalmente entendeu que toda aquela experiência pós vida não passou de um pesadelo, também notou que na cabeceira de sua cama, tão luxuosa quanto o quarto, havia uma insígnia de lua crescente entalhada em sua madeira, o que lhe fez compreender que fora levado para a guilda Lua Prata.

Mas por que fora levado para a guilda se ainda não estava tão perto assim? Será que o guerreiro frenético o levara para a guilda depois de derrota-lo? Seu pensamento logo se desfez, pois nem corte havia em seu peito, sinais de que o ataque mortífero daquele “meio-elfo” não teria funcionado, seus outros ferimentos também estavam repletos de curativos e sinais fortes que magias de cura foram usadas nele, pois havia sobre a estante próxima restos de pergaminho. E nesse seu tempo como pirata o próprio bárbaro já chegou a usa-los para escapar de algumas situações perigosas e por isso sabe bem que todo pergaminho com magia se desfaz após seu uso.

***

Jack sabia que não podia esperar as respostas baterem na porta de seu quarto, tinha que sair daquele lugar e descobrir como não morrera. Em passos-largos avançou em direção da porta, ao sair e notou que o quarto estava no segundo piso da guilda. No térreo haviam varias e largas mesas retangulares com enormes assentos ao redor delas, sem contar que o próprio salão principal era bem amplo e todo construído de forma impecável para ser bem atrativo. Provavelmente o fundador da guilda gastou uma fortuna para criá-la e manter a beleza externa e interna deste lugar bem preservada até os dias de hoje.

O bárbaro ficou apreciando por uns bons minutos aquela bela guilda, não era à toa que os rumores diziam que ela é a Guilda mais famosa da província e do continente de Morian. Entretanto, toda a magia da beleza da guilda perdeu a atenção de seus olhos quando repentinamente uma voz no térreo lhe assustou dizendo:

— Aqui! Você por acaso é o Jack Falone? — dizia um homem robusto com um tom de voz grave, seus cabelos eram negros curtos de um estilo bem militar e sua pele era parda, ele tinha um raso bigode e usava uma armadura completamente negra e inteira, faltava apenas um elmo para lhe deixar com uma aparência sombria e imponente. Com um misto de hesitação e desconfiança, Jack assentiu lentamente com a cabeça sem dizer uma palavra.

É um homem aparentemente bem forte, talvez seja o mestre Morn, ele não e parece muito com as descrições que sempre ouvir, vou perguntar tudo o que preciso saber. Pensava enquanto descia um arco de escadarias em formato de espirais até sua base sendo surpreendido por uma espada curta arremessada que por centímetros não lhe acertou no rosto, a arma acabando cravando no corrimão da escada.

Ao olhar na direção do ataque notou que era o mesmo guerreiro de armadura pesada que por pouco não tirou sua vida na frente de toda cidade. Motivado por seu ódio, fúria e desejo de revanche, Jack avançou contra o “meio-elfo”, lançava um olhar fuzilante e tentou desferir um golpe em um arco com sua cimitarra no torso de oFamozzo. No entanto apenas sua mão fez o ataque, logo reparara que estava desarmado e por estar tão enfurecido nem notara que este tempo todo estava sem sua arma.

O guerreiro começou a rir e debochar do pirata lhe chamando de plebeu (a palavra mais doce em sua boca) e alguns outros insultos bem hediondos, como resposta Jack cerrou o punho direito e o socou no rosto fazendo seu elmo desgrudar de sua cabeça, derrubando o “meio-elfo” no chão de bruços uns metros longe com seu elmo próximo de sua mão direita. Nem mesmo o Bárbaro acreditou na tamanha força que seu soco possuía, ou era muito forte ou o guerreiro que não era tão resistente quanto pensara e só tivera sucesso até então contra Jack por ter sido pego desprevenido.

O resultado de seu ataque também fez sua raiva e ódio se apaziguarem, elas acabaram se tornando uma onda de curiosidade ao ver oFamozzo sem elmo, não era possível ver seu rosto com clareza daquela distância. Ele tentou se aproximar para ver seu rosto, mas antes de chegar perto o suficiente, o “meio-elfo” lhe deu uma rasteira lhe derrubando de barriga para cima no chão, quando se levantou e olhou para oFamozzo ele já estava com o elmo sob a face outra vez.

— Por que ficou nervoso quando eu avancei para ver seu rosto? — indagou Jack bastante confuso.

— Porque você é um plebeu e isso não é da sua conta!

O homem de armadura negra ainda estava ali e acabou vendo toda a confusão, mas ele apenas caminhou na direção dos dois com um sorriso de uma ponta a outra do rosto e ainda por cima estava aplaudindo.

— Bravo, Bravo! Nunca vi na vida um guerreiro e um bárbaro tão nervosos que nem vocês dois, eu acho que o destino me abençoou com os melhores aventureiros.

A testa de Jack franziu e ele exclamou:

— Como assim lhe “o destino lhe abençoou” ?! Eu vim por causa desta maldita carta que me persegue há cinco anos — retirou a carta amassada do bolso e a outra que pegou ao retornar a casa para pegar as economias de seu pai —, como eu não conseguir encontrar meu pai achei que vocês poderiam saber, já que afirmavam nesta carta que sabiam.

— Sim, sabemos que seu pai está vivo, em algum lugar, mas estar vivo, só não sabemos aonde, pois há informantes que dizem que ele está em outro continente, enquanto outros dizem que ele foi avistado neste continente, então estamos fazendo o possi...

— Então eu vim aqui à toa?! — interrompeu Jack bastante estressado, contudo outra dúvida começou a lhe assolar o que lhe acalmou, pelo menos um pouco — Mas antes, para começo de conversa, como eu vim parar aqui?

— Ah, isso — Morn abriu um pequeno sorriso — eu estava voltando da padaria com alguns pães de mel de Oribee, os meus favoritos, quando eu ouvir rumores de alguns guardas e pessoas sobre dois malucos brigando em plena cidade, no início achei que fossem membros da guilda, já que por aqui geralmente temos as brigas mais loucas que fazem os barracos de taverna parecer uma brincadeira de criança, mas reparei que vocês não pertencem a guilda. Porém cabe a nós acabar com as arruaças de pessoas como vocês e na hora que entrei para ver a briga parecia que você iria levar a pior pelo guerreiro, foi quando eu intervi defendi todo o ataque com minha espada que até foi destruída no ato e dei um murro nos rosto de cada um, vocês apagaram instantaneamente e eu os trouxe para a guilda — ele olhou para oFamozzo e continuou —, e quanto a você, fique sabendo que eu paguei sua dívida com a cidade por causar ferimentos sérios em um dos guardas e lesões a alguns cidadãos de Mavenrook, um favor de nobre para nobre, mas espero que isso não se repita mais.

oFamozzo assentiu agradecendo, mas logo interviu de forma bem ríspida:

— Percebi que você e este lugar são meio inúteis, acho que não sabem nada sobre a espada gloriosa.

— Espada Gloriosa? — repetiu Jack.

— Sabemos sim. Esse é o maior problema de nossa guilda, somos amaldiçoados com a sabedoria, embora o mundo todo diga e afirme que somos abençoados. No entanto para que eu e a guilda possamos lhes ajudar, vocês dois precisarão formar uma equipe e entrarem para Lua Prata, eu, o mestre Morn Goldshine vou lhes avaliar no seu primeiro teste, serem admitidos, vocês terão acesso a um acervo de conhecimento inimaginável e poderão ir atrás do que buscam enquanto atuam como membros da Lua.

Jack não gostou da ideia, afinal fazer uma equipe com alguém quase lhe matou seria complicado demais, mas ele logo pensou que poderia haver motivo para isso e resolveu fazer uma nova pergunta:

— Isso é bem fora do nosso contexto, mas quando eu era um pirata, ouvir dizer que o senhor matou a grande Serpente de três Cabeças, isso é verdade?

Morn assentiu triunfante e os olhos de Jack brilharam como os de um garoto vendo um super-herói de perto. oFamozzo gritou com os olhos vermelhos brilhantes saindo pela fenda negra de seu elmo:

— Eu vim aqui para um propósito e você me diz que para conseguir meu objetivo terei que fazer equipe com esse plebeu inútil? Nem para Bárbaro isso serve...

Jack mordeu os lábios se controlando para não revidar o insulto e Morn, sabendo que aqueles dois poderiam gerar novos problemas, levantou as mãos em gesto de calma e falou:

— Bem, se vocês quiserem todas as respostas que procuram e mais um pouco esta é a nossa única forma de ajudar. Tornem-se parte da Lua Prata e ela vai iluminar seus caminhos trazendo todas as respostas para o que vocês buscam.

oFamozzo suspirou, pareceu se acalmar e disse:

— Entendo, mas terá mesmo de ser só ele e eu?

Morn sorriu olhando para trás dos dois e disse:

— Não, há mais pessoas para lhes acompanhar.

E detrás do guerreiro e do bárbaro, uma Elfa da Floresta, um Meio-Elfo pálido e uma Humana se aproximavam deles pelo vasto salão. O mestre passou pelos dois e rapidamente cumprimentou aquelas pessoas dizendo:

— Eu sabia que viriam e olha que nem me avisaram, mas eu sei que o destino sempre nos abençoa quando seguimos o caminho da luz. Agora vocês podem se apresentarem.

O meio-elfo estava de capuz, mas ao ouvir aquilo o retirou da cabeça revelando cabelos curtos e negros com mechas brancas. Sua pele era um pouco pálida, seu rosto era fino e esbelto como uma linda adaga recém-forjada e seus olhos possuíam um tom verde claro como o de um lindo oceano, sua idade aparentava ser entre os 18 a 22, mas seu semblante de poucos amigos e com um leve tom de rancor lhe deixava mais velho e maturo. Suas vestimentas eram do tipo leves de couro da cor negra com algumas partes de metal em seus joelhos, braços e ombros, mas o que lhe identificava mesmo como um ladino era as duas adagas em sua cintura presas em bainhas personalizadas e um par de espadas curtas, do tipo punhais, em capas que ficavam presas em compartimentos em suas costas, sem contar as inúmeras bolsas de utilidades no seu cinto, ele simplesmente virou o rosto quando Jack se aproximou e tentou lhe cumprimentar, o que fez o bárbaro não gostar muito daquele sujeito.

Ao lado do ladino, à direita, estava a humana, ela tinha uma flauta na cintura e usava trajes muito semelhantes aos de mulheres de tavernas, mas eram apenas de aparência, pois era possível ver que por de baixo era usa uma espécie de cota de malha simples para lhe proteger, sem contar da capa verde que ela possuía. Quando Jack a fitou dos pés à cabeça já entendia que estava diante de uma aventureira, uma pessoa com boas histórias para contar. Graças aquele instrumento musical podia se afirmar que ela era uma barda e uma das bem preparadas para aventuras. Carregava um machado pequeno a esquerda de seu quadril. Seus cabelos eram castanhos quase ruivos, era linda de rosto e de corpo, em seu braço direito havia uma tatuagem de uma cobra da cor negra, a cabeça da cobra era em seu ombro e a serpente terminava em sua mão. Ela parecia não parecia ter mais do que 25 anos. O bárbaro e ela trocaram olhares rápidos, e a barda deu um meigo sorrisinho, o que deixou o bárbaro animado, uma vez que soubera que as ondas não levaram seu charme com as mulheres.

À direita da barda estava a Elfa da floresta, a primeira dentre eles a falar com Morn, ela vestia uma túnica verde que descia até as coxas e tinha uma espécie de short de couro por baixo da túnica e uma blusa de couro também, mas eles quase não eram vistos, tudo feito em tecido élfico, dos mais finos e caros, sem contar que eram bem resistentes, estes eram reconhecíveis como uma famosa seda de uma família élfica nobre ao leste de Morian. O mesmo valia para sua capa que lhe dava uma aparência maga viajante ou maga nômade, era verde como sua túnica e não muito grande. Ela não usava botas, tampouco calçados, apenas uma espécie de meias marrons que vinham de suas coxas até os pés deixando os dedos a mostra, ela carregava um cajado de madeira simples nas costas, um grimório de capa marrom com um desenho de uma árvore encantada no quadril esquerdo preso em seu cinto. Não era possível saber a idade da tal Elfa pelo olhar, uma vez que eles têm uma idade um pouco diferenciada em relação aos humanos e as demais raças de Aeron, mas comparando ela e a barda teria por volta da mesma idade tirando as diferenças de raça. Seu rosto era fino e belo, seus cabelos eram louros, seus olhos eram verdes bem mais fortes que os do meio-elfo ladino e seu tom de pele era branco. Diferente de muitos elfos da floresta que em suas feições deixam na cara de que se trata de um ser da floresta, esta elfa, por outro lado, não possuía estes traços, sequer tinha uma tatuagem visível como eram na maioria dos casos, apenas suas roupas que tinham tons marrons e verdes.

Ela disse:

— Eu me chamo Do Hee Nii. Venho dos Reinos do Leste recuperar algo foi roubado de minha família e que pode trazer consequências ao mundo todo se não for recuperado o quanto antes.

Morn assentiu, embora não parecesse surpreso com o que ouviu, e em seguida pediu para a Barda prosseguir.

— Eu me chamo Saylute, sou a Heroína da cidade de Queda D’água, a oeste de Morandir, cujo salvei meu povo das garras de um líder tirânico, agora eu procuro novas aventuras para crescer e evoluir como aventureira.

— Interessante, já ouvi muito a falar sobre seu respeito, graças a você muitos bardos agora se sentem livres para viver uma vida de aventuras — a barda ficou um pouco sem jeito ao ouvir aquilo, porém lisonjeada, após cumprimenta-la Morn virou seu olhar simpático e acolhedor ao ladino — e você meio-elfo?

O meio elfo olhou para Morn e respondeu em um tom de voz tão soturno e traiçoeiro que chegou a deixa-lo um pouco assustado:

— Eu sou apenas um ladino que deseja se vingar daqueles que me tiraram as pessoas que eu amava... Nada de mais, eu me chamo Shino Kage.

Morn parecia ser o único ali que podia ver uma aura negra saindo daquele jovem, uma aura que possuía a forma da cabeça de um lobo negro com olhos brilhantes e vermelhos, mas isso não o perturbou, apenas achou interessante o que ele mentalmente chamou de “conveniência das coisas”.

— Muito bem, agora que estão reunidos, vou apresentar a vocês três o guerreiro meio-elfo oFamozzo e o Bárbaro Jack Falone.

Jack acenou, mas não falou seu objetivo para eles no momento, apenas disse que buscava por alguém. oFamozzo, por outro lado, apenas se aproximou fungando os três e dizendo rispidamente:

— Vou ter que me aliar a esses três plebeus? Só meu fraco mesmo, eu perdi tempo demais nessa joça!

Do Hee Nii sacou seu cajado de madeira e apontou contra o torso do guerreiro retrucando:

— Eu sou nobre para sua informação, oFamozzo, que nome ridículo — ela deu uma risada —, mas eu estou em uma missão importante e minha jornada me levou para esta guilda, todos me disseram que poderiam me ajudar, mesmo se for preciso fazer equipe com um idiota de armadura que só pronuncia palavras se elas tiverem insultos no meio. Agora por que você não mostra seu rosto como todos aqui estão mostrando? Seria medo? Vergonha?

— Não é da sua conta! E uma menininha da floresta não é considerada nobre pra mim, eu chamo isso de mendigo e espanco mendigos no café da manhã, talvez assim deixem de serem ple... — No mesmo instante oFamozzo parou de falar, pois sentiu uma presença maligna e mortífera em sua costa, institivamente ele se virou e golpeou com um murro, mas não havia ninguém, tentando não se desesperar, procurava saber quem estava atrás de si quando ouviu o som de algo tocando o solo e quando virou para os três novos “aliados” notou que Shino estava se mexendo como quem acabara de cair de um salto.

— Seria uma morte rápida, minhas adagas teriam o prazer em lhe perfurar agora mesmo, mas acho que temos um trabalho a fazer e em equipe, certo, mestre Morn?

Morn assentiu, enquanto isso oFamozzo dava uns passo para trás se afastando deles, todos notaram o que o guerreiro parecia ter ficado assustado com o ladino, contudo sem mais enrolação o mestre ignorou o que aconteceu e disse:

— Exatamente, e agora que nos apresentamos que tal eu dizer qual vai ser a primeira missão?

Todos assentiram, mas no momento em que Morn iria falar qual seria a tarefa de admissão, um anão entrou pelo salão todo suado e ofegante, entrou no local como se sua vida dependesse daquilo. O Anão possuía vestes de um minerador, tinha cabelos ruivos e uma barba comprida com várias tranças, seu rosto era bem quadrado, típico daqueles senhores anões que governavam rochosos salões em altas montanhas. Ele parecia já ter uma idade entre 75 a 90 anos, bem jovial para uma raça que vive até os 300 anos.

Enquanto o anão se aproximava, o mestre semicerrou os olhos tentado reconhece-lo, mas somente quando ele chegou perto o bastante pode enfim saber de quem se tratava.

— Guren Rock! Meu velho amigo. Faz anos que eu não lhe vejo desde que abandonou a sua vida de aventureiro, o que o trouxe aqui em um momento tão inoportuno?

Ainda ofegante o anão levantou o indicador pedindo tempo para recobrar o folego e somente depois de uma pausa de uns dez segundos ele falou:

— Oh meu querido amigo Morn, vim ao seu encontro de forma inesperada porque preciso urgentemente que você me ajude em uma missão... Preciso que mande membros de sua guilda para me ajudar em algo grandioso.

O Mestre da guilda ficou confuso com aquilo, mesmo assim queria saber do que se tratava, pois talvez, se fosse convincente, haveria uma mudança de plano bastante drástica.

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