Capítulo Seis

Raylon Peres.

Porra! Tudo que queria era ter uma noite divertida, pegar mulher e esquecer as minhas frustrações, assim que cheguei na festa fui para a pista de dança e encontrei  Mellory dançando, então me aproximei dela e conversamos por um breve instante,mas logo que ela se retirou meu amigo apareceu.

— Aquela gostosa era a sua chefe? – Joca se aproximou olhando para a bunda de Mellory com cara de safado.

— Ela não é minha chefe, somos colegas de trabalho e outra coisa: Mel é muita areia para o seu caminhãozinho. – Meu amigo sorriu.

— Não custa tentar. – Virei as costas e fui para o outro lado do bar e comecei a beber.

Dancei com algumas gatas e dei uns amassos mas nenhuma delas valia a pena e continuei a beber, quando dei por mim já estava completamente bêbado, fui à procura do meu amigo e não o encontro, ligo para o filho da puta e ele atendeu no quarto toque. 

— Pô mano, foi mal, conheci uma gata aqui e estou saindo com ela. – Nem me dei ao trabalho de responder e logo desliguei o telefone.

Minha cabeça girou, não beberei assim por um bom tempo, digo a mim mesmo. No dia seguinte acordei em uma cama que não era minha e me perguntei onde estava, tentei buscar na mente o que aconteceu mais ela era um grande buraco negro, ‘Que porra, eu fiz naquela festa?’ Fiquei um bom tempo deitado na cama até que um barulho ensurdecedor tomou conta dos meus ouvidos, fui a procura do ruído e quando chego descobri que estava na cara de Mellory, ela ficou debochando de mim e me fez algumas perguntas sobre o motivo de eu não andar de táxi, estava envergonhado demais para contar sobre isso a ela. Mel me deixou em casa e depois se foi para empresa, ao entrar na sala encontrei minha mãe de pijama sentada no sofá o que era uma coisa muito difícil de se ver, pois em uma hora dessa ela estava tomando café para poder sair.

— Filho, você dormiu fora? – Minha mãe perguntou uma coisa óbvia.

—  Sim mãe.

— Ray, fiquei sabendo que você está importunando a Mellory por favor meu filho, você precisa amadurecer, pois não me terá para sempre.

— Cruzes parece que vai morrer a qualquer momento. – Digo a ela que me olha com olhar cansado.

— Filho, por favor — minha implora e eu soltei uma lufada de ar.

— Tá tudo bem, você só liga para a Mel mesmo, mas fique tranquila que eu vou tentar ser um cara bacana.

— Ray, meu filho sempre vou estar ao seu lado, só que pedi ajuda a Mel para te ajudar,entende? – Assenti.

— Tudo bem dona Meridiana, você venceu.  – Dou um beijo nela e subo para me arrumar, assim que termino vou  tomar café, pergunto a minha mãe se não vai trabalhar e ela me avisa que está só com um pouco de dor de cabeça.  — Você precisa ver essa dor de cabeça.

— Vá trabalhar meu filho e você já sabe nada de importunar a Mel,

— Já sei mãe. – Reviro os olhos. 

Chegando a empresa fui direto para minha sala ao me sentar vejo que Mel preparou uma lista de afazeres para mim essa mulher é megera indomável, olhei para sua mesa vazia e sorri começando a trabalhar, Mellory entrava e saía da sala resolvendo problemas. Hoje havia muitas questões para resolver, papéis para assinar e duas reuniões, Mel parecia uma barata tonta enquanto eu apenas lia contratos para revisar datas e valores, realmente preciso parar de bancar o idiota e aprender sobre o trabalho. Antes da hora do almoço, Joca meu amigo traíra ligou.

— Oi mano, como você está? – Ele perguntou e ouço o seu sorriso.

— Estou indo seu babaca, por que me deixou sozinho? Você sabe que não entro em táxi. – Joca apenas respirou.

— Você precisa perder esse medo idiota. Ninguém vai te sequestrar. 

— Como se fosse fácil. – Digo a ele.

— Mais como você voltou para casa? – Ele perguntou

— A Mellory me levou para a sua casa. Você tem noção da vergonha que eu passei?

— Que vergonha, mano, a mulher é maior gata, pena que você estava bêbado demais para se aproveitar.

— Se aproveitar de quem? Se eu tentar alguma coisa sem que ela queira com certeza ela vai chutar as minhas bolas. – Ouço a sua gargalhada.

— Isso tudo é medo da megera? – Quando ele falou isso me deixou irritado.

— Hei! Só quem pode chamá-la assim sou eu. – Ele gargalhou mais uma vez. — Vai trabalhar seu filho da puta.

Antes que ele respondesse desligo preciso arrumar amigos melhores, pego mais um contrato e volto a revisar, Mel entrou e ao olhar para o relógio vejo que está na hora do almoço.

— Mel. – A chamo e ela olhou para mim.

— O dia de hoje está uma loucura sem sua mãe aqui. – Percebo o seu olhar cansado.

— Que tal eu te levar para almoçar hoje? – Ela me encarou por alguns instantes e depois sorriu.

— Estou tão cansada e faminta que não posso negar o seu pedido. –  Mel pegou suas coisas e eu peguei as minhas e saímos, sua secretária nos olhou com um sorrisinho e não entendi.

Entramos no meu carro e fomos para o restaurante, Mel estava falando ao celular resolvendo alguma questão de trabalho essa mulher é a verdadeira definição de workaholic.

— O que houve? – Ela pergunta assim que desliga o celular.

— Você é muito workaholic. – Digo a ela que sorri.

— Não sou não, mas é como dizia Thomas Edison: “Tudo alcança aquele que trabalha duro.”

— Mas você já conquistou um nível alto, você é vice-presidente. Desbancou pessoas muito mais velhas do que você – Ela sorriu.

— Sou  co vice-presidente, assim como você e mesmo já tendo alcançado um excelente cargo nunca devo parar de trabalhar. – Mellory me olha e sorri.

— Nossa! Vendo você trabalhar desse jeito me faz me sentir tão inútil.  – Digo sincero.

— Você está indo bem Ray. – Ela tocou meu ombro e senti um formigamento estranho.

Após o almoço voltamos para a empresa e continuamos a trabalhar, sinceramente preciso seguir o exemplo da Mel, afinal a empresa um dia será minha e  preciso me inteirar de tudo para poder ajudar a minha mãe. Se a dona Meridiana ouvisse isso ela estaria orgulhosa. 

— Mel. – A chamei quando a vi sair pela quinta vez desde que voltamos.

— Precisa de alguma coisa? – Ela perguntou erguendo a sobrancelha.

— Será que você pode me dar alguma coisa melhor para fazer? – Mel olhou para mim e sorriu.

— Ora…Ora… Olha quem está deixando de bancar o idiota.

Após o trabalho resolvi ir direto para casa e chegando lá descobri que minha mãe ainda não havia melhorado perguntei a Dadá o que havia acontecido e ela apenas disse que minha mãe estava com enxaqueca. Fui até seu quarto, mas ela já estava dormindo, meu telefone tocou e era Carla me chamando para um rolê, até considerei ficar em casa, mas apesar do cansaço  resolvi sair com ela.

Chegando no tal rolê tentava me divertir, mas duas horas depois de estar lá desejei não ter aceitado o convite, Carlinha perguntou se eu queria sair dali para ir a algum lugar reservado, mas eu neguei dizendo que estava com dor de cabeça, a deixei em casa e estava a caminha da minha quando resolvi mudar a rota, um tempo depois toquei a campainha. Assim que abriu a porta, Mellory me olhou assustada.

— Não sabia que você usava óculos. – Disse a ela que o retirou rapidamente.

— O que está fazendo aqui Raylon? – Mel me encarava enquanto esperava a resposta.

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