Observo pela varanda dessa m*****a sacada de casa de praia as ondas do mar, e é o único lugar onde ainda me sinto em sã consciência, sem essa tortura psicológica ou agressões que passo diariamente nas mãos de Diogo. Fecho os meus olhos, me agarrando a um único fio de esperança de que logo esse maldito inferno acabará e terei minha vida de volta.
Alguns meses atrás, estava realizando meu sonho de viver da minha arte. Larguei minha pequena cidade e deixei minha família para trás. Eu não imaginava que no meu caminho surgiria esse monstro doente com essa m*****a obsessão de um amor não correspondido. Limpo minhas lágrimas e tento me recompor e penso:" Só quero que tudo seja como antes, mas acredito que não será assim novamente."Volto à realidade quando sinto as mãos dele envolvendo minha cintura e comentando enquanto cheira o meu pescoço.— Já disse! Que não gosto que saia da cama sem a minha permissão Isabel! — e assim que ele me chama quando começa com as sua obsessão doentia, apenas o afasto com as minhas mãos, o repudiando.— Saia de perto de mim… Quando entenderá? Que não é meu dono? Eu não gosto de você, te odeio... Me deixe em paz, seu monstro doente…Ele então me acerta um tapa e comenta furioso, apertando meu queixo para encará-lo. Seus olhos azuis estão sérios e escuros, sinto um frio percorrer meu corpo o observando.— Já avisei! Que você é minha… Pertence-me. Não preciso que goste de mim ou algo assim! Você e eu estamos ligados para sempre, querendo ou não. Apenas a prenda de uma vez aceitar que de mim, só se livra morta ou com a minha morte. — Diogo me empurrou na cama e rasgou minha camisola, deitando-se sobre mim e me violentando novamente.Não tenho forças para reagir, e mesmo que tivesse, não consigo me libertar da força que ele possui, e que é muito superior à minha. Então, apenas fecho os olhos, esperando que esse inferno acabe, e ele me solte e saia de cima de mim, me deixando com os meus pensamentos e sozinha, sem ter sua presença por perto.Cada vez que o rejeito, mais furioso e possessivo Diogo fica, mas eu não posso corresponder a algo que não é recíproco. Esse amor só existe na cabeça dele. Quando finalmente termina, se levanta colocando sua calça moletom e comenta, me olhando sério, enquanto apenas me cubro com o lençol, o observando.— Isso é para você aprender a me respeitar! Entenda que sou dono do seu corpo e de você... Eu te amo Isabel, e se você não for minha, não será de mais ninguém.— Você é um louco! Mas saiba que eu lutarei para sair daqui, seu nojento… — ele me olha sério e depois solta uma risada diabólica, me respondendo.— Boa sorte! Pois, você precisará. Não sei se percebeu, mas está cercada por água. Daqui só sairá se eu quiser.— Desgraçado… Você pode me prender pelo tempo que achar necessário, mas eu jamais nutrirei qualquer sentimento por você. — cuspo na sua direção, olhando enjoada, enquanto ele dá um soco na parede possesso de raiva e me olha, vai se afastando e abre a porta, saindo e a fechando bruscamente.Tenho certeza de que toda vez que falo essas coisas para ele, acabo o machucando, contudo, não me importo. A única coisa, ultimamente, que sonho é com a minha liberdade, de um dia sair das mãos desse monstro psicopata que, infelizmente, o destino colocou no meu caminho.Nesse momento, as lembranças da minha família vêm na minha cabeça. Sinto tanta saudade de todos e é inevitável não chorar. A pergunta que me faço é: por que? Tinha que ser eu? Eu só queria ter uma vida melhor e acabei entrando na mira desse homem louco que cismou que é apaixonado por mim.Soltei um suspiro, limpando minhas lágrimas, e andei até o banheiro para tomar um banho e tirar esse cheiro do meu corpo. Me sinto suja embaixo do chuveiro. Penso: não vou desistir de escapar daqui. Vou lutar. Uma hora acho uma brecha para me livrar desse demônio.Sempre acreditei que no final do túnel existe uma luz e uma saída, e eu iria encontrar minha saída para a liberdade, mesmo que precisasse lutar para conseguir isso.Espero que gostem da história!
Isabella MartinsTerminei de arrumar as últimas caixas que faltavam da minha mudança para colocar no caminhão. Meus pais ainda estão possuindo por eu ter decidido ir para tão longe e morar em outra cidade, mas eles respeitaram minha escolha, o que é ótimo.Após organizar tudo que faltava, arrumei meus pertences e, amanhã, viajarei bem cedo. Estou terminando de fechar uma das malas quando Yuri entra no meu quarto, me olhando triste ao ver minhas bagagens prontas. Disse tristonho:— Não acredito que a nossa caçula vai mesmo embora. Vou sentir sua falta, pirralha... — ele se senta na cabeceira da cama e me ajuda a arrumar minhas roupas. Dou-lhe um sorriso antes de responder.— Também vou sentir sua falta, seu chato! Mas mudando de assunto, quando você vai contar para nossos pais sobre aquilo que você me confessou?Yuri desvia os olhos, vai até a porta e a data antes de responder um pouco bravo.— Você está louca? Não posso falar sobre isso aqui assim. Ainda não me sinto preparado para con
Diogo Scott Olho com certo tédio a dança sensual que Ellen tenta fazer. Essa mulher não se cansa de ser ridícula, mesmo. Arrumo minha pasta com meus papéis, fecho-a e me levanto para ir embora. Até que ela se aproxima manhosa e sedutora e diz:— Diogo, o que você está fazendo? Larga essa pasta e vem aqui se divertir comigo!Respondo seriamente, ajeitando meu paletó:— Eu preciso ir, Ellen! Não tenho tempo para ficar entrando no cio com você, sua cadela. Saia da minha frente, tenho uma videoconferência importante para realizar...Ellen me olha perplexa com minha postura e resposta e diz ofendida:— É sempre assim, seu trabalho sempre vem primeiro que eu! Nunca tem tempo para mim, Diogo. Você é um cretino de merda mesmo.Ela j**a o vaso que minha mãe havia me dado de presente na minha direção, e isso me causa certa fúria. Aproximo-me, aperto seu queixo e digo de modo ameaçador:— Sua cadela como você se atreve a quebrar o vaso que minha mãe me deu?A empurrei e desferir um tapa na cara.
Isabella Martins Finalmente terminei de colocar as últimas caixas dentro do meu novo lar. Observo tudo e penso na melhor maneira de organizar as coisas, e claro, alguns móveis já estavam aqui desde que cheguei. Acabei fechando um acordo com o antigo proprietário, e ele concordou em me vender por um valor ótimo.Pego minhas malas e subo pela escada, adentrando meu quarto bem maior do que o quarto que eu tinha na casa da minha mãe. Troco os lençóis e fronhas dos travesseiros e depois abro minhas malas e vou organizar minhas roupas no closet. Continuo com a limpeza, preciso deixar isso limpo pelo menos o lugar onde irei dormir essa noite por enquanto.Depois de umas duas horas cuidando da limpeza na casa, começo a sentir uma enorme fome e penso: "Nossa, me ocupei tanto com a casa que acabei esquecendo de comer." Dirijo-me até a cozinha e vou dar uma olhada nos armários da cozinha atrás de algo para comer. Mas minha esperança acaba quando vejo que os armários estão completamente vazios, e
Diogo ScottDesço do carro e caminho direto para minha sala, todos me recebem com sorrisos e me dão bom dia! Reviro os olhos e penso: "Bando de bajuladores e puxa-sacos." Dirijo-me ao elevador colocando no último andar. Quando estou no quarto andar, observo o elevador abrir e uma moça loira entrar, aparentemente linda. Ela parece toda perdida pelo prédio e atrapalhada, continuo analisando seu comportamento, apertando seus dedos de nervosismo. E digo de forma séria:— Pelos céus, moça! O que está acontecendo com você? Parece que cairá dura aqui mesmo, de tão nervosa que está. — ela me olha sem jeito e responde.— Oh, me desculpe! Estou um pouco nervosa! Hoje é meu primeiro dia aqui, sou a nova assistente do senhor Diogo Scott.Olho para ela e penso: era só o que me faltava, uma desastrada. Respiro fundo quando o elevador para no meu andar, me viro para ela assim que saio e digo:— Espero que da próxima vez você não ouse se atrasar ou chegar depois de mim, senão você está demitida…Conti
Isabella Martins Algumas semanas DepoisEstou no meu pequeno ateliê terminando mais uma das minhas obras enquanto Edgar tenta me convencer a ir com ele a uma festa da empresa que ele trabalha, ele tem sido insistente a semana inteira. Reviro os olhos quando ele começa novamente com a mesma conversa sobre a festa da empresa.— Isabella, por favor! Vai comigo nessa festa eu não conheço ninguém lá não quero ficar sozinho. — ele faz uma carinha de cãozinho abandonado sinto até pena ainda, mais com esses olhos verdes que ele possui, tomo um gole do meu café e olho para ele confessando.— Edgar, eu não me sinto bem
Diogo ScottAinda estou possesso de raiva pelo jeito que aquela garota me tratou, mas disfarço bem, enquanto converso com um dos meus funcionários que é amigo dela. Quem ela pensa que é? Para me tratar desse jeito? Ela vai me pagar por sua ousadia. Edgar me fala empolgado de um dos projetos da empresa finjo presta atenção apenas concordando, a verdade é que eu não consigo parar de pensar na petulante é muito arisca e ríspida. Dou uma desculpa esfarrapada para Edgar quero me livrar de sua presença e ir atrás dessa sua amiga que está me tirando a paz e o meu sossego.— Você, me dê licença um instante Edgar! Preciso atender um telefonema importante. Edgar LewisIsabella está furiosa comigo mesmo eu tentando justificar que não sumir por mal, ela parece nervosa algo está realmente lhe incomodando bastante. Observo seu olhar percorrer o salão e parar no seu Scott, Isabella olha para ele com desdém e toma uma taça de champanhe e confessa com sarcasmo me olhando.— Agora chegar! Eu não aguento mais ficar nesse lugar! Está drenando minha energia. — ela sair em passos largos percebi que seu Scott não tirava os olhos dela, enquanto digita algo no celular, preocupado vou atrás dela e a puxo pelo braço perguntando. Isabella MartinsPego minhas chaves na pequena bolsa que carrego comigo, estou louca para tirar essa maldita roupa de festa e tomar um belo de um banho, coloco a chave na fechadura e abri a porta adentrando para dentro da minha casa. Tranco a porta e subo as escadas indo direto para o meu quarto tiro a roupa da noite anterior para tomar um banho bem relaxante vestir o meu pijama confortável e resolvi descansar um pouco estou exausta mal preguei os olhos na noite anterior lembrando daquele psicopata maluco, se ele continuar, vou ter que ir embora daqui.Eu não irei ficar com um louco na minha cola. Sou vencida pelo sono e acabo adormecendo e preciso relaxar um pouco. QCapítulo 07
Capítulo 08