Capítulo 12

Observei Emma sair do baile, e algo dentro de mim se contraiu, uma mistura de frustração e desejo reprimido. Meus olhos a seguiram até a porta, mesmo quando minha mente gritava para que eu ficasse onde estava. Ela não olhou para trás. Mas eu sabia, eu sentia, que ela estava tão inquieta quanto eu.

Eu não deveria querer tanto. Não deveria desejar daquele jeito quase doentio, como se meu corpo reconhecesse o dela antes mesmo de minha consciência entender. Mas era tarde demais. Emma já estava em mim, debaixo da minha pele, queimando como álcool em um corte aberto.

Assim que cheguei em casa, bati a porta com força e joguei o paletó em qualquer canto. Meus dedos foram ao pescoço, afrouxando a gravata, mas não era isso que me sufocava. Era ela. O gosto da tensão entre nós ainda estava na minha língua, o cheiro dela ainda grudado em minha roupa, um lembrete torturante do que eu queria, do que quase aconteceu. Passei a mão pelo rosto e soltei um riso baixo, rouco. Maldição. Emma estava me mat
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