Capítulo 40Horas depois, o jatinho particular pousou suavemente na pista privada do aeroporto. Augusto e Patrícia desceram a escada metálica, sendo recebidos por uma brisa fresca do final da noite italiana. Próximo dali, um motorista particular os aguardava ao lado de um carro preto de luxo.Ao entrarem no veículo, Patrícia se aconchegou ao lado de Augusto, enlaçando seu braço e apoiando a cabeça em seu ombro.— Nos leve primeiro para o hotel — ele ordenou calmamente.— Sim, senhor — respondeu o motorista, iniciando a viagem pelas ruas iluminadas de Roma.O carro deslizava suavemente, e Patrícia permanecia agarrada a Augusto, os olhos semicerrados, aproveitando o momento de tranquilidade e proximidade. Ela estava completamente envolvida por ele. Desde que começaram essa relação, seu coração parecia ter encontrado um novo ritmo, um que pulsava apenas por ele.Ela já sabia que o amava, mas ultimamente esse sentimento crescia de maneira avassaladora. O carinho e a atenção que Augusto vi
Capítulo 41Eles haviam caído no sono logo após atingirem o ápice juntos, exaustos e satisfeitos. Quando o despertador tocou, marcando sete e meia da manhã, Augusto acordou primeiro, piscando algumas vezes antes de se dar conta do horário.— Droga... — murmurou, levantando-se rapidamente.Ele vestiu a cueca e caminhou até o closet, pegando um terno e começando a se arrumar com agilidade. Patrícia, ainda espreguiçando-se na cama, o observava com um sorriso preguiçoso nos lábios.— Vamos chegar um pouco atrasados, querida — ele avisou enquanto abotoava a camisa.Ela sentou-se na cama, esfregando os olhos ainda sonolenta.— Sinto muito, não queria fazer você se atrasar.Augusto parou o que estava fazendo e se aproximou, segurando o rosto dela com carinho.— Não diga isso. Não há culpados aqui. Todos sabem que estou recém-casado e que estamos em lua de mel. Ninguém vai estranhar se chegarmos um pouco atrasados.Ele piscou para ela e voltou para colocar o paletó.Patrícia sorriu, sentindo
Capítulo 42Rafael estava concentrado lendo um e-mail importante quando ouviu batidas na porta. Ao levantar o olhar, franziu a testa ao ver sua secretária entrar com um semblante preocupado.— O que houve? — perguntou, largando o celular sobre a mesa.— Senhor, dona Estela está na recepção... fazendo um escândalo.Ele soltou um suspiro pesado e se levantou, ajeitando o paletó.— Era só o que me faltava — murmurou, caminhando em direção à porta, com a secretária o seguindo de perto.Na recepção, Estela gesticulava furiosamente, sua voz aguda ecoando pelo hall luxuoso. Os funcionários tentavam acalmá-la sem sucesso.— Eu sei que Augusto está aqui! Não adianta mentirem para mim! — esbravejou, cruzando os braços.Rafael se aproximou com calma, suas feições firmes e impassíveis.— O que quer aqui, Estela?Ela se virou para encará-lo, a surpresa evidente em seus olhos antes de dar um sorriso afetado.— Fale comigo com mais respeito, garoto. Quase fui sua madrasta.Rafael arqueou uma sobranc
Capítulo 43Rafael não voltou para sua sala. Com a mente agitada, entrou no elevador e desceu direto para o estacionamento, sem perceber que Letícia, sua secretária, o seguia discretamente.Quando destravou as portas do carro, ela surgiu atrás dele.— O senhor está bem? — perguntou, com o olhar preocupado.Ele se virou, surpreso, mas relaxou o semblante ao vê-la.— Sim, Letícia. Só preciso sair um pouco. Quer vir comigo?— Eu posso?— Claro que sim. Estou te convidando.Ela sorriu e entrou no carro, um pouco nervosa, era a primeira vez que dividia aquele espaço tão íntimo com o patrão.Minutos depois, Rafael estacionava diante de um dos cafés mais famosos do centro de São Paulo. Desceu e se apressou em abrir a porta para Letícia, estendendo a mão como um verdadeiro cavalheiro.Ao ajudá-la a sair, seus olhos desceram involuntariamente pelas pernas dela, realçadas pela saia que subira um pouco quando ela se sentou. Engoliu em seco. A gravata parecia apertar mais do que antes, e o calor
Capítulo 44Estela entrou no avião com a cabeça erguida, os saltos marcando presença a cada passo pelo corredor da primeira classe. Usava um conjunto de grife que deixava claro: ela não era qualquer uma. Quando se acomodou em seu assento, foi rapidamente servida com sua bebida predileta, uma taça de champanhe gelada e refinada.Reclinou a poltrona e cruzou as pernas com elegância, olhando pela janela enquanto o avião taxiava. Não demorou para seus pensamentos voarem mais rápido que a aeronave. Seu devaneio recorrente surgiu com força, lembranças de noites intensas ao lado de Augusto. Ele sabia exatamente como agradá-la, e ela, como ninguém, como dominá-lo.Mas aquilo agora a incomodava. Porque, naquele momento, ele estava com outra. Patrícia.Estela apertou levemente a haste da taça, sem perder a pose.— Mas não por muito tempo — murmurou para si mesma, com um sorriso frio e determinado.Se tem uma coisa que ela sabia fazer bem era virar o jogo. E dessa vez não seria diferente.***Au
Capítulo 45Augusto estava exausto, mas o corpo ainda vibrava com a adrenalina do dia. Não conseguia relaxar. Sentado no sofá da ampla sala com as luzes apagadas, deixava-se embalar pelo silêncio e pela luz prateada da lua cheia que invadia o ambiente através das janelas enormes.No copo de cristal, o gelo tilintava enquanto ele girava lentamente o whisky entre os dedos. A bebida forte queimava suavemente a garganta, mas não era suficiente para aquietar a mente. Pegou o celular do bolso e digitou uma mensagem breve para Rafael:"Está tudo bem por aqui. Cuide das coisas aí. Abraço, pai."Enquanto isso, no Brasil, Rafael aproveitava o fim da noite ao lado de Letícia. Após o cinema, levara a secretária direto para a mansão. Chegaram já tarde. As portas estavam trancadas, mas isso não os impediu.Entre risos abafados e beijos urgentes, Rafael tateava o bolso em busca da chave enquanto Letícia tentava conter os sorrisos. Conseguiram abrir a porta e entraram tropeçando nos próprios pés, sem
Capítulo 46Na manhã seguinte, Patrícia despertou com um sorriso preguiçoso nos lábios, o corpo ainda embalado pelas lembranças da noite anterior. Espreguiçou-se devagar, sentindo a pele arrepiar ao lembrar da forma como Augusto a havia possuído. Era como se ainda sentisse seu membro dentro dela, preenchendo não apenas seu corpo, mas sua alma. Suspirou, leve e feliz.Virou-se na cama procurando por ele, mas encontrou apenas os lençóis ainda mornos. O som da água correndo no banheiro revelou onde ele estava.Ela olhou para o relógio na cabeceira: seis e meia da manhã. "Cedo demais", pensou sorrindo, enquanto se levantava só para fechar as cortinas, bloqueando a luz suave da aurora que invadia o quarto.Deitou-se novamente, se permitindo mais alguns minutos de descanso, mas, antes que voltasse a pegar no sono, um som interrompeu a calmaria: o celular de Augusto vibrou na mesinha de cabeceira.Virou-se devagar, hesitante, pensando se deveria ou não tocar no aparelho. "Pode ser algo do tr
Capítulo 47Lorenzo foi gentil ao puxar a cadeira para ela, ajudando-a a se acomodar à pequena mesa charmosa do café, com vista para o parque. Pediu dois expressos em italiano perfeito, e enquanto aguardavam, mantinha os olhos nela com um interesse sincero, mas respeitoso.— Sabe, Patrícia... dá pra perceber quando alguém fala com paixão de outra pessoa — comentou ele, apoiando o cotovelo na mesa. — Seu marido é um homem de sorte.Ela o olhou, surpresa, piscando algumas vezes diante da afirmação direta.— Você é muito apaixonada por ele. A quanto tempo estão casados?Ela abriu um sorriso sereno, quase tímido, antes de responder:— Vai fazer um mês.— E como ele se chama?— Augusto. Augusto Avelar.Lorenzo arregalou os olhos, quase derrubando o pequeno copo de água com gás que o garçom havia acabado de servir.— Ah, meu Deus! Você tá brincando?! — exclamou, baixando o tom ao se dar conta do próprio exagero. — Você é esposa do magnata mais famoso do Brasil?Ela assentiu com um sorriso c