Sandra fica na duvida por não quer dar mais trabalho do que estava dando para o casal, ela não podia ser mais grata à Erick e Paulina, pois em nenhum momento eles a olhavam diferente por ela ser a mãe de Sofia, a mulher que estava colocando a vida deles de pernas para o ar. — Ela quer ficar com vocês, está com saudade e é compreensível — Paulina intervém, por ver o semblante da criança ao ouvir que ela não poderia ir com os pais. — Se não for incomodar vocês depois, a levaremos conosco. — Dê maneira nenhuma, Sandra. Não nos custará nada pegá-la depois. — Eu agradeço a vocês de coração, por tudo o que estão fazendo por mim, e por estarem ajudando Sofia, mesmo sem ela merecer. Sei que vocês serão recompensados um dia, eu provavelmente não conseguirei recompensa-los, mas creio que a recompensa virá lá de cima. — Vamos Sandra, já está ficando tarde — Marcos chama a esposa. — Vá filha, pegar as suas coisas. — Já volto mamãe — Geovanna responde animada — Vem Eduarda me ajudar — As
No meio da noite, Paulina escuta uma batida na porta e se assusta, e ao abrir a porta se depara com Eduarda chorando. Quando Paulina vê a filha chorando daquele jeito, se abaixa e a abraça, a confortando de não se sabe o que. — O que foi, meu amorzinho? Por que está chorando desse jeito? — A abelhinha... mamãe. A abelhinha é a minha outra mamãe, não é? Ela morreu? — Eduarda pergunta entre soluços e Paulina enxuga o seu rosto com carinho, mesmo que ela estivesse com vontade de fazer o mesmo por vê-la naquele estado. — Vem cá, meu amorzinho — Paulina a abraça e a conduz para dentro do quarto em seguida. Ao fechar a porta ela vê Erick acordado, sentado na cama. — Papai... — Eduarda corre até ele e Erick se levanta e a pega no colo, deixando ela chorar em seu ombro. — Shiiii... não fique assim, vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, garotinha. — Mas a abelhinha... a abelhinha... ela... — Eduarda soluça sem conseguir falar. — Sua outra mamãe está muito doente, mas a sua a
Paulina sente vontade de chorar, pois ela como psicóloga, custava a ver pessoas com tamanha clareza dos sentimentos e com tanto controle emocional, como Eduarda demonstrava ter, principalmente sendo uma criança. Eduarda se referia ao sonho que teve com uma sensibilidade admirável, e isso a fez ver o quanto a filha era especial. Sandra se derramou em lágrimas e foi preciso Paulina a confortar, para que ela se acalmasse. Mas o desespero de Sandra não desestabilizou Eduarda, que permaneceu firme diante o descontrole da avó, ela apenas segurou a mão do pai e assim ficou até a avó se acalmar. — Eu posso entrar vovó? — Eduarda pergunta ao ver a avó mais calma e Sandra confirma com a cabeça. — Filha, você não é obrigada a entrar... — Erick queria impedir que Eduarda entrasse naquele quarto, mas o olhar de Paulina o fez se calar. — Eu quero entrar, papai, eu não sou mais um bebê — Eduarda abraça o pai, que lhe beija a cabeça — Eu não quero que ela sofra mais — Erick se abaixa e fica na
Sandra ao ver a filha sabe que ela está indo embora, e o desespero se apodera dela que sem conseguir se controlar, repete incansavelmente que a ama, e que ela estaria sempre em seu coração. Sandra chora abraçada a filha, e quanso percebe a dificuldade dela em respirar, aperta a campainha chamando alguém para a socorrer, mesmo sabendo que não havia mais o que fazer. — Te amo filhinha, te amo de todo o meu coração, minha filha. Te amo, te amo, te amo... — Sandra repete essas palavras incansavelmente. — Obrigada... por tudo... mãe. — Essas foram as últimas palavras de Sofia para desespero de Sandra, que vê a filha fechar os olhos. — Ah filhinha... eu te amo tanto, mas tanto! Você irá morar pra sempre em meu coração, filha, pra sempre. Sofia! Sandra chora como se rasgasse a alma e Sofia dá o seu último suspiro tendo a mãe a abraçando e Sandra mesmo sabendo que a filha havia partido, chama por ela em desespero. Paulina ao escurtar os gritos de Sandra entra no quarto as pressas, ju
Paulina se põe de pé preocupada, mas não passou de um susto, já que ele havia caído e Eduarda pensou que tivesse o machucado por ter caído sobre ele, mas nada lhes aconteceu e logo eles voltam a brincar, mas Erick que estava trabalhando no escritório de casa aparece preocupado, e depous de saber que está tudo bem, ele os leva com ele quando sobe para o quarto. Quando eles sobem, Pauliana aproveita para retomar a conversa com Martina, ela sabia que as vezes um psicólogo também precisava se abrir, caso contrario os sentimentos os sufocavam, e assim Paulina conta com detalhes tudo o que lhes aconteceu, recebendo toda a atenção de Martina. — E foi isso Martina, e ver Eduarda bem é o que mais me deixa feliz. — Ela foi muito corajosa por ver a mãe dela da forma que disse que ela estava, e vocês também foram corajosos por permitirem. — Eu estava com ela, mas fiquei admirada com a forma que ela lidou com toda a situação. Eduarda demonstrou uma força que poucas pessoas tem, você tinha
ALGUNS MESES DEPOIS Paulina estava acabando de se arrumar, eles iam comemorar o aniversário de casamento, a data já havia passado, mas eles estavam com tantos problemas que nem puderam comemorar como queriam, na verdade a data passou sem nenhuma comemoração, não que eles tivessem se esquecido, mas as circunstâncias os impediram de comemorar. — Que esposa linda eu tenho — Erick a ajuda a abotoar a sandália, lhe acariciando as pernas em seguida. — Que marido carinhoso e lindo que eu tenho — Paulina responde quando ele lhe beija os pés, já com a sandália. — Acho melhor irmos logo, caso contrário mudarei de ideia e irei preferir ficar aqui com você. — Se ficarmos, em dez minutos a dupla chega, não se esqueça disso — Paulina sorri, se referindo aos filhos.Eduarda e Arthur eram muitos apegados aos pais, até na hora das brincadeiras eles davam um jeito de envolvê-los, Paulina era a mais presente, já que reservava as tardes para os filhos, mas Erick, sempre se juntava à eles ao chega
Eduarda estava no quarto do irmão, esperando Paulina acabar de arrumar ele. Ela estava ansiosa e eufórica por ter ganhado o concurso de literatura da escola, e como prêmio teve o seu livro impresso e de uma forma divertida, o livro seria distribuído na escola em uma tarde de autógrafo. — Mamãe, o papai está atrasado — Eduarda reclama com medo de chegar atrasada no evento. — Ele já deve estar chegando filha, ele jamais perderia a sua tarde de autógrafo — Paulina abraça a filha, sentindo orgulho dela — Agora vamos, descer para esperar o seu pai. — Mamãe, posso levar carrinho? — Arthur pergunta, pegando um carrinho com controle remoto. — Que tal levar o seu monster? — Paulina não podia permitir que ele derrubasse alguém com o seu carrinho. — Mas eu gosto do carrinho, mamãe. — Filho, obedeça a mamãe, e pegue o seu boneco, e vamos descer para esperar o papai. — Mamãe, a sua barriga está tão grande — Paulina estava grávida de sete meses, estava esperando Isabella. — Esse vest
Quando Isabella nasceu, Paulina decidiu ficar um tempo a mais em casa, mas para não fechar o seu comsultorio, contratou alguém para substituí-la até o seu retorno, mas que permaneceria trabalhando com ela depois, seu objetivo era não parar de trabalhar, mas sem abrir mão de estar com os filhos.Erick, no nascimento de Isabella, também tirou alguns dias de folga. Assim como foi com Arthur, ele quis estar ao lado da esposa nos primeiros dias de vida de mais uma garotinha na vida dele. Ele não podia se sentir mais feliz, a família havia crescido e o amor entre ele e Paulina era sólido e a sensação que tinha era que a cada dia a amava mais.— Essa não nasceu com os seus olhos — Paulina comenta, enquanto amamenta a filha ao lado do marido que lhe segurava a mãozinha delicada. — Ela se parece com você, pequena e delicada. — Precisamos curtir bastante a nossa bebê, porque a fábrica esta fechada.— Ela é muito linda — Erick beija a mãozinha da filha — E muito gostosa também. Eles ainda