Não!Mônica sabia que não ia encontrar mais, então foi falar com o gerente de plantão para explicar a situação e pediu para ver as câmeras de segurança.Nas imagens, viu que um funcionário da limpeza, ao recolher o lixo, acidentalmente pegou o pingente de diamante junto com os restos de comida e o jogou dentro de um grande saco de lixo. Outro funcionário, então, levou o saco cheio para fora.Nesse momento, Rubem, que estava esperando por ela há muito tempo, apareceu.— Já foi levado para o lixão, esquece — Rubem disse, sabendo que ela valorizava o presente que ele havia dado, ele já não estava mais bravo.— Vou mandar fazer outro.Mônica balançou a cabeça.— Não é a mesma coisa.Ela pediu ao motorista que levasse Rubem de volta ao Hotel Bulgari, enquanto ela e o gerente de plantão foram para o lixão.Sem que ela percebesse, suas palavras inadvertidas despertaram em Rubem um sentimento desconhecido. Ele não voltou para o hotel, mas pediu ao motorista que os seguisse.Antes mesmo de cheg
— Senhoritas da recepção... — Mônica sorriu, mas seus olhos estavam frios. — Se querem fofocar, esperem até eu entrar no elevador! Acham que eu não ia ouvir?— D-Desculpe… — uma delas gaguejou.— Já decorei os números dos crachás de vocês. — Mônica deu uma olhada nos crachás delas e saiu bufando.Assim que subisse, iria denunciá-las!De volta à suíte presidencial, Mônica ignorou Rubem e foi direto lavar o pingente de diamante com todos os produtos de limpeza que encontrou. Só quando teve certeza de que não havia mais nenhum cheiro ruim, colocou-o de volta no pescoço e guardou cuidadosamente o colar de diamante amarelo.Assim que tivesse tempo, precisava devolvê-lo a Douglas.Rubem bateu na porta. Ao entrar, notou o pingente no pescoço dela e perguntou:— Onde durmo?— Escolhe qualquer um! — Mônica respondeu. — É a última noite. Se quiser, pode até trocar de quarto a cada hora.— Não gosto de dormir em quartos alheios.Mônica riu ao perceber que ele temia pegar o quarto de Douglas.— É
A expressão de Rubem mudou.Antes que pudesse impedi-la, Mônica já havia tentado pegá-lo no colo, atravessado nos braços. No entanto, subestimou o peso dele e, ao fazer força, desequilibrou-se. Ambos cambalearam e caíram no tapete.— Você é muito pesado! — Mônica reclamou, tentando se levantar. Mas seus braços estavam doloridos e, ao perder o equilíbrio, caiu novamente sobre o peito dele, batendo a cabeça.Rubem franziu as sobrancelhas com força.— Eu disse que era leve?— Mas você nem parece ter músculo... — Mônica murmurou, mas engoliu as palavras ao notar os músculos definidos sob a camisa desalinhada. — Maldita roupa!Que situação embaraçosa!Seus braços estavam fracos, sem força para ajudá-lo. Ela ergueu o rosto e olhou para ele.— Sr. Rubem, me ajuda?Rubem segurou o colarinho dela e tentou puxá-la para cima, mas, ao se mover, a perna de Mônica roçou contra a calça social dele.Ela parou no mesmo instante e olhou para ele.Rubem também ficou imóvel por um segundo, encarando o ros
— É justamente andar com essa pose, ninguém repara! — Íris abraçou o braço de Mônica com carinho. — Mana, cansou da viagem? Vou massagear seus ombros no carro!— Para com isso, está me dando arrepios — Mônica estremeceu. Embora já tivesse aceitado o relacionamento de Íris e Lucas, aquela empolgação ainda a deixava desconfortável.— Relaxa! Com o tempo, você se acostuma!Íris a puxou para sair, deixando Rubem e Lucas para trás, completamente ignorados.Os dois homens se entreolharam:— …No carro, a caminho da cidade, Íris se esforçava para agradar Mônica, massageando seus ombros e costas. Até quando Mônica quis comer uma mandarina, ela teve o cuidado de remover todas as fibras brancas antes de entregar a fruta.— Nem casou ainda e já me ignorou? — Rubem comentou, sorrindo.— Nada disso! Você sempre está no meu coração — disse Íris, corando enquanto descascava um gomo de mandarina para ele. — Mas a mana Mônica está em primeiro lugar. E você, em terceiro.Mônica segurou o riso.— Eu cubr
Mônica se afastou rapidamente para atender, enquanto Íris fez um bico e ficou parada esperando.— Alô, quem é?— Mônica, sou eu.A voz da mulher parecia estar danificada, um pouco rouca, mas Mônica ainda a reconheceu.— O que você quer?— Quero conversar com você.Mônica soltou uma risada fria.— Helen, você acha que é quem? Quer conversar, e eu tenho que aceitar?— Eu tenho um vídeo daquela noite no Palácio das Águas — disse Helen calmamente, sem parecer estar brincando. — HD sem censura. Se você não concordar em me encontrar, vazo tudo.Os lábios de Mônica se apertaram com força. Ela respirou fundo e respondeu friamente:— Se você realmente tivesse algo, já teria publicado. Não teria esperado até agora. Eu também posso dizer que tenho um vídeo seu com o Leopoldo. Você acreditaria?Helen riu, despreocupada:— E daí se tiver? Não me importo. Mas você é diferente, não é? Além disso, se esse vídeo vazar, como você acha que o Rubem vai reagir?Ela soltou uma gargalhada alta e continuou:—
Mônica bateu rapidamente no anel em sua mão, mantendo a calma:— Você nem sequer tem esse vídeo, só quer me chamar para sair, então pode me atacar com mais facilidade.— É, exatamente. — Helen admitiu, zombando da sua ingenuidade. — Que esperto foi aquele cara, só encontrou um homem com a forma parecida com a do Rubem para gravar um vídeo, e você caiu direitinho.— O que ele te deu, também posso te dar. — Mônica tentou ganhar tempo. — Dessa vez, posso fingir que nunca te vi.Helen balançou a cabeça e então, de forma frenética, disse:— Você não pode dar, porque também quero que você morra!Nesse momento, Mônica sentiu um cheiro forte e nauseante.Antes que pudesse conter a respiração, sua visão foi ficando turva. Ela viu Helen cobrindo a boca e o nariz com um lenço, rindo de forma insana e fria.Alguns segundos depois, Mônica desmaiou completamente.Helen abriu a janela do carro para dispersar o cheiro e ficou por um tempo com o lenço na mão. Depois, olhou para Mônica com ódio e disse:
— É Mônica, né?— Ah, sim. — O policial suspirou. — Matar alguém já é ruim, mas ainda sair destruindo carros, que louca foi a mulher!Lucas fez uma curva brusca, indo direto para a delegacia, e acabou encontrando Rubem no caminho.— Alguém armou para matar minha irmã. — Lucas fixou nele com um olhar frio. — Ela é a presidente do Grupo Pimentel, se ela for acusada injustamente, será um grande golpe para o grupo. Me diga, quem fez isso?Rubem, já imaginando quem estava por trás disso, respondeu:— Ninguém teria coragem de mexer com sua irmã. Vou resolver isso.Lucas moveu a mão, mas a controlou, respirando fundo.— No começo, ainda tinha minhas dúvidas, mas agora tenho certeza: você envolveu minha irmã nos conflitos internos da família Pimentel.— Tenho meus próprios planos.— Você está usando minha irmã! — Lucas agarrou o colarinho de Rubem com força, as palavras saindo com raiva entre os dentes. — Ela se dedicou totalmente ao Grupo Pimentel, e você a tratou como uma peça de xadrez!Rub
Rubem compreendeu imediatamente o significado implícito nas palavras dela e curvou os lábios em um leve sorriso.Ele percorreu o jardim com o olhar antes de perguntar distraidamente a Virgínia:— Tia, o que acha desta mansão?— Uma mansão centenária, é claro que é boa. — Respondeu Virgínia, mas seu olhar carregava um traço de insatisfação.Afinal, essa mansão não ficou para os Pimentel, e sim para Rubem, deixada pelo Conrado.— Se você gostar, posso oferecer a mansão a você. — Disse Rubem, servindo mais chá para ela, com um tom respeitoso. — E também com setenta por cento das ações do Grupo Pimentel.Conrado havia transferido todas as suas ações para esse filho adotivo?Os olhos de Virgínia se obscureceram por um instante, mas logo um sorriso suave brotou em seus lábios.— O que você pretende com isso? A mansão e as ações do Grupo Pimentel foram dadas a você por Conrado. Eu não poderia aceitá-las.— Quero apenas que você liberte Mônica.Virgínia arqueou levemente as sobrancelhas.— A S