04

Este capítulo contém alguns gatilhos

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 Violência e abuso sexual. 

Kesie Ferraz

Assim que entro na suíte reservada, percebo que tem algo de errado. O som está bastante alto e vejo roupas femininas espalhadas pelo chão. Caminho mais um pouco em passos lentos e fico surpresa com a cena que vejo: Maicon e algumas garotas dançando, sendo que elas estão usando um microbiquíni e esfregando a bunda no corpo dele. Ainda observo dois amiguinhos de Maicon, um é Mateo, tão cretino quanto ele, o conheço bem. 

Mas o outro, não sei quem é, ele é alto, branco e tem corpo atlético, seus olhos parecem claros não sei, pois não costumo admirar os amigos de Maicon, primeiro porque ele é muito ciumento e segundo porque normalmente não valem a pena

Tento concentrar-me no meu foco principal, conseguir gravar Maicon confessando todo mal que me fez. Aliás, ele parece um cachorro que caiu da mudança quando me ver. Essa ceninha à minha frente é bem típica dele, já o peguei assim, em sua festinha particular e foi uma experiência horrível, tanto quanto esta.

Faço uma expressão de quem não está gostando nada do que vê e saio pisando alto. Como eu esperava, ele vem atrás de mim feito um louco.

Sinto meu corpo sendo puxado, estremeço de repulsa. Seu toque me leva aquele dia, quando esse maldito me fez mal. Tenho vontade de arrancar seu braço para que nunca mais me toque. Mas preciso ser forte para conseguir o que quero.

— Gatinha, não vai ! — ouço ele dizer.

Paro no mesmo instante.

Não respondo, ainda permaneço com minha expressão de indignação.

— Baby, não faz assim. Eu pensei que você não fosse vir. Como já estava reservado eu não poderia deixar de aproveitar...

Balanço a cabeça negativamente. 

— Você não muda, Maicon!— falo fingindo me importar.

Ele parece desesperado.

— Poxa, Kesie, vamos conversar!

— Pois é, Maicon, vim aqui pra isso.

Neste momento vejo ele me analisar dos pés à cabeça. Seus olhos estão cheios de desejo e malícia. Me arrepio de medo, não sou capaz de ter qualquer intimidade com ele nunca mais. Espero que assim que eu conseguir a gravação possa sumir daqui e nunca mais vê-lo.

Maicon passa a mão em meu queixo fazendo trilhas até o meu decote.

— Você está maravilhosa, baby.

Quase grito de repulsa. Detesto ouvi-lo me chamar assim. Mas me contento.

Sinto ele alisar minhas mãos a fim de me conduzir para o quarto. Me

faço de difícil.

— Mas e seus... Amigos...?

Ele começa a me conduzir como se eu não tivesse escolha.

— Ah... Mateo e Hugo estão muito bem acompanhados — ouço ele dizer no caminho.

Hugo, e o nome do seu novo amigo. Certamente é outro pervertido. 

Quando vejo que estamos bem na porta do enorme quarto da suíte, minhas pernas fraquejam. Ele se afasta por um instante e vai até a mesa principal onde há várias bebidas, pega um champanhe e vem em minha direção. Estou tensa, ele se aproxima com sua boca quente e nojenta até o meu pescoço enquanto  entramos no quarto. Ouço a porta se fechar. Não sei se vou conseguir, fecho os olhos fazendo um enorme esforço pra não sair correndo e gritando aos quatro ventos o quanto ele é um criminoso. Sem perceber as lágrimas descem. Maicon deposita a bebida na mesinha de vidro e me toma novamente.

— Calma, Baby — ele fala ao ver que estou chorando. Mesmo assim continua seus beijos nojentos.— Sei que sentiu minha falta.

— Maicon...— tento sair mas ele me segura firme.

— Baby... Tem tanta coisa que eu quero te dizer...— a voz dele é rouca de desejo, me deixando mais tensa.—  preciso me desculpar pela nossa última vez...

Como um flashback, as lembranças dolorosas invadem minha mente: 

Eu já havia declarado nosso término exigindo que ele me deixasse em paz.

Maicon me entrega uma bebida com sabor estranho, fico sonolenta e caio no chão e tudo fica escuro... Desperto com as mãos amarradas, o maldito me drogou, e não foi a primeira vez… estamos em algum lugar desconhecido, talvez seja um motel desses qualquer de beira de estrada, o que é estranho, Maicon nunca frequenta esse tipo de ambiente. Ao me ver acordada, suas mãos me seguram com força no meu pescoço, as marcas levaram dias para sumirem ... Estou completamente em lágrimas implorando que me deixe ir embora, mas ele me ignora, ora me beija cheio de carícias e outrora me b**e, sempre repetindo em alto som que eu pertenço a ele. Com brutalidade rasga meu vestido em meu corpo... ainda que eu lhe implore para não me tocar, ele se lança sobre mim e retira suas roupas, Maicon me invade com seu membro sem piedade e de forma brutal e com força, seu órgão me penetra com violência, a dor física é grande, eu grito, choro... e ...

Volto ao presente ainda na suíte do Athenas Master. Dou um empurrão em Maicon e corro me afastando dele feito um animal indefeso. Estou acuada no canto da parede aos prantos. Começo a concordar com minha irmã, vir até aqui foi uma loucura.

Ele parece confuso.

— O que foi, Baby?— Maicon tenta se aproximar mas eu grito.

— Não se aproxime!

Mesmo abalada com meus traumas, começo a me lembrar do porquê estou aqui. Olho para meu braço e percebo que minha bolsa continua no mesmo lugar, dentro dela está o meu telefone gravando tudo. Talvez esta seja a melhor oportunidade para fazê-lo falar...

— Você está maluca, Kesie? Então por quê veio?

Engulo seco.

Ele parece começar a se irritar. Vejo que nada mudou, esse patife só queria meu corpo como sempre foi.

Falo, ainda com a voz falha por tanta tensão:

— Você não vale nada, Maicon Bacellar...Você pensa que depois de tudo que me fez naquele dia... eu conseguiria transar com você?

Ele bufa como se eu estivesse fazendo drama.

— Ah para, Kesie! — vejo ele enfiar as mãos no bolso e acender um cigarro calmamente.— Em primeiro lugar eu não fiz nada que você não quisesse também, sempre gostou que eu te fodesse com força!

No final de sua fala ele dá um sorrisinho malicioso. 

Percebo o quanto o odeio. Todo amor que eu senti algum dia por ele se transformou, Maicon é um monstro.

Estou chorando desesperadamente.

— Você me estuprou, Maicon!— Grito com toda fúria em mim.

Ele me encara se fazendo de inocente.

— Não! Eu não te estuprei Kesie! Você é minha, e só queria te mostrar isso. Você se lembra que queria terminar tudo? 

— Claro, jamais irei me sujeitar a ser sua amante, você reatou com sua esposa!

Ele continua sorridente.

— Já te expliquei que apenas voltei pra ela por causa dos negócios, eu não posso perder tudo que conquistei.

— Você é um aproveitador. Queria que sua esposa descobrisse que você rouba a família dela.

Percebo ele ficar irritado.

— Mas do que você está falando?

— Confessa, Maicon! Confessa que rouba a empresa da família Bacellar. Eu achei tudo no meu notebook, alguns documentos importantes que você não apagou.

Ele respira fundo e passa a mão no rosto, na sequência apaga o cigarro no cinzeiro e se vira para mim.

— Baby, eu vou fingir que esta conversa nunca aconteceu, você irá apagar qualquer prova que tenha contra mim.

Maicon se aproxima devagar, não tenho forças pra me afastar, suas mãos se direcionam lentamente em meu rosto, ele se aproveita de todo meu medo para me intimidar. Mesmo angustiada consigo forças para o enfrentar.

— Você não vale nada, Maicon… Como eu pude me enganar tanto? Você me agrediu algumas vezes, ameaçou minha família … — choro mais forte.

Então ele me toca e sinto seus dedos grandes apertam o meu maxilar sem tirar os olhos dos meus. Isso dói. Vejo algo sombrio em seus olhos e isso me deixa mais assustada.

— Muito dramática pro meu gosto, Baby!

Soluço aos prantos tentando me encorajar.

— Mas eu juro, Maicon. Você vai pagar por seus crimes.

Ele aperta meu rosto mais forte. Todo meu corpo estremece de medo.

— Não me ameace, Kesie!

— Vou te denunciar, vou contar tudo pra polícia. Sua esposa vai descobrir o quão canalha você é. Maldito! Maldito! — paro de gritar quando sinto meu rosto ser atingido por um soco. Me ajoelho me contorcendo de dor gemendo.

O maldito me olha sofrer.

— Está vendo? Eu não queria fazer isso. Mas...Você me provoca, Baby.

Ainda estou gemendo de dor.

— Covarde! Você é um maldito covarde Maicon!

Ele parece tenso. Passa as mãos pelo rosto e caminha de um lado para o outro.

— Isso é culpa da sua irmã, ela está enfiando coisas na sua cabeça! Aquela ordinária!

Continuo com minhas mãos no rosto tentando limpar o sangue, me levanto tentando ser o mais forte possível. 

— Maicon, Você é tão covarde que... Além de me bater e abusar sexualmente, ainda me abandonou naquele lugar...— choro novamente. — Eu poderia ter morrido!

— Era o que você merecia por tentar me terminar tudo. Você é minha Kesie. — Apesar da frieza em suas palavras, Maicon parece tenso.— Eu juro que estou tentando me esforçar para me manter calmo, mas você…

Vejo ele pegar uma cadeira e lançar ela longe. Depois começa a quebrar alguns objetos no quarto, vasos de flores, abajur... Seu acesso de raiva é enorme... Ele vai destruindo tudo ao seu redor. 

Me apavoro, tenho medo que ele tente me matar. Ele xinga vários palavrões durante seu surto. Saio correndo a fim de me esconder no banheiro, mas sinto meu cabelo sendo puxado de forma violenta. 

— Olha aqui, você não vai destruir minha vida! 

Quando penso que vai me agredir, Maicon rasga parte do meu vestido, arranca a primeira alça enquanto tenta me beijar, eu me esquivo e ele me puxa de novo. Minha bolsa cai ao chão, estou tão angustiada que nem me importo mais com a gravação.

Maicon me envolve com seus braços apertados, eu luto, por várias vezes, mas ele é muito mais forte. Esta cena está se repetindo, sei o que ele está tentando fazer. Eu grito por socorro como naquela noite, desejando que tudo não aconteça novamente. Eu não suportaria. 

— Pelo amor de Deus, Maicon não faça isso novamente...

Sinto meu corpo sendo jogado na cama, ele me coloca de costas enquanto afasta meu joelho com as pernas. Meu rosto afunda na cama macia, eu agarro com força o lençol tentando descarregar meu pânico, sei que a qualquer momento ele vai fazer o que tanto deseja.

— Alguém me ajuda, por favor... Socorro! — Choro de forma desesperadora.

Quando penso que vou reviver o pesadelo, ouço alguém empurrar a porta aos socos tentando abrir.

— Me ajude, por favor!— grito ainda mais em meio ao choro.

A porta é socada várias vezes. Sinto uma pequena chama de esperança percorrer meu corpo ao imaginar que alguém possa me ajudar. 

A porta se abre e a figura de um homem alto e me cabelos um pouco claros invadem o quarto. Então me lembro de Maicon o chamar de Hugo.

— Mas que porra é essa, Maicon?

Estou em prantos, meu coração b**e rápido demais temendo o que teria acontecido.

— Esse Maldito... Quer me estuprar! — falo quase em choque tentando me recompor.

— Você não tem nada a ver com isso, Hugo! Suma daqui!— Maicon grita.

Aproveito a distração e me afasto da cama. O homem me olha numa expressão perturbadora com o meu estado, mais especificamente meu rosto vermelho e com um pouco de sangue pelo golpe que levei e meus seios quase expostos. Ele se recompõe nitidamente constrangido e encara Maicon.

— Seu covarde, você a agrediu!— ele grita!

— Ela é apenas uma vadia...

Engulo seco o odiando mil vezes por me tratar assim.

Então, vejo Hugo saltar para cima de Maicon e o acertar com um soco.

— Você ia estuprar a garota, perdeu a noção, Maicon!? — Havia raiva em seu tom de voz.

Maicon leva a mão no rosto onde havia sido atingido, sua expressão é de indignação. E imediatamente vai pra cima de Hugo para o atingi-lo, mas se defende. Maicon ainda insiste tentando um soco. Ele sente tanto prazer naquela briga, que eu poderia jurar que ele desejava aquilo, por qualquer outro motivo.

— Isso não é da sua conta, eu sabia que era um erro te trazer aqui!

Os dois começam a travar uma luta. Maicon recebe outro soco ao lado da sobrancelha, pelo gemido, certamente doeu. Foi merecido.

Ao tentar continuar com a agressão em Maicon, o canalha se esquiva e pega a garrafa de champanhe que estava sobre a mesa, então b**e com força na parede fazendo o líquido borbulhante se espalhar por toda parte junto aos pedaços que se estilhaçaram ficando apenas com a parte de cima em mãos cheia de pontas cortantes se sentindo vitorioso.

— Venha, quero ver se você é tão valente, Hugo — ele o ameaça com seus olhos queimando de raiva.

Os dois se desafiavam de forma intimidadora,  não entendo porquê eles têm tanta raiva mútua se eram amigos até pouco tempo.

Fico assustada quando Maicon atinge Hugo com sua arma abrindo um corte em seu braço. Levo as duas mãos ao rosto apavorada. Mas Hugo não se importa, ele continua intimidando Maicon.

— Você não presta mesmo, é um canalha, Maicon.

Um sorriso idiota brota dos lábios de Maicon.

— E vou te cortar em pedacinhos se encostar suas mãos nojentas em mim novamente.

Mesmo sob ameaças, Hugo parte para cima de Maicon. Fico angustiada, por minha causa esse homem que tenta me ajudar pode ficar ainda mais ferido.

Sinto tanta vontade de poder fazer algo, e me vingar de Maicon, de poder fazê-lo sentir pelo menos um pouco de toda dor que me causou. Procuro por algo que possa usar e encontro uma escultura de ferro bem ao meu lado próximo de um móvel, seguro o objeto com as duas mãos, me aproximo de Maicon que está de costas e acerto bem na cabeça com força. Ele cai completamente desacordado.

Hugo me encara surpreso por minha ação.

Ainda estou chocada com o que fiz, as lágrimas queimam meu rosto ainda mais.

— Eu o matei?

Hugo olha mais uma vez para o corpo de Maicon no chão.

— Não, ele só desmaiou. Foi um belo golpe.

Meus olhos ainda estão vidrados ali no mesmo lugar. Deixo o objeto que usei como arma cair ainda respirando rápido.

— Vamos embora daqui, antes que ele acorde, ou serei eu quem vai acabar com a vida deste canalha.

Ouço sua voz, em tom sério e ríspido.

Ainda em estado de choque com tudo, demoro pra sair do lugar, então vejo minha bolsa no chão e vou até ela e a pego, felizmente me restara uma prova de tudo o que aconteceu aqui. Alguns instantes depois sigo em direção a porta, sem notar que estamos ao lado um do outro, Hugo e eu. Mas ele mantém uma certa distância e felizmente não me olha, estou constrangida o suficiente com tudo o que houve.

Mas, de repente sinto um tecido quente tocar meus ombros.

— Toma, sua roupa está… rasgada — logo, meu olhos encontram duas íris esverdeadas, ele é bastante sério, e rapidamente quebra o contato.Talvez esteja me julgando ou algo assim, então engulo seco ajeitando seu paletó sobre meu corpo, pois realmente não posso sair daqui praticamente nua.

Ainda não consigo dizer uma só palavra. E logo um cheiro amadeirado do perfume dele sobre o tecido invade minhas narinas causando uma sensação estranha, porém boa.

Saímos do quarto e não me esforço pra ver mais nada naquele lugar, apenas desejo ir embora. Entramos no elevador e as lembranças de todo horror que vivi minutos atrás vem à tona me causando uma corrente de emoções e começo a chorar. Estou muito assustada com tudo, imaginando o que teria acontecido se Hugo não tivesse me salvado. Ele me observa sério, e de repente sua expressão se suaviza lentamente demonstrando por um instante que ele se importa. Hugo retira um lenço do bolso e me entrega.

Ele parece realmente preocupado com meu estado.

Devagar ergue a mão e toca meu rosto. Sinto seus dedos passearem cuidadosamente analisando meu ferimento no nariz.

— Você está machucada. Aquele imbecil tocou em você.

No mesmo instante me esquivo sentindo um desconforto com a sensação que aquele toque me causou. 

— Você também se feriu — falo olhando para seu braço.

Ele então confere o ferimento.

— Estou bem, acho que não precisa de pontos.

A porta do elevador se abre e saímos em direção a saída. Felizmente está tudo vazio devido ao horário. Estou muito nervosa, em minha cabeça passam mil coisas, e uma delas é ir embora imediatamente.

Ao lado de fora está frio, mas estou bem aquecida, no entanto preciso devolvê-lo para ir embora, Hugo já fez o suficiente por mim em uma noite.

— Se você quiser podemos ir à delegacia para você prestar uma queixa. E também podemos ir ao hospital para ver se não quebrou — falou se referindo ao meu nariz.

— Não precisa, estou bem. Só quero ir pra casa. Amanhã procuro a delegacia.

Ele parece não gostar.

— Talvez fosse melhor prestar queixa agora… mas tudo bem. — de repente o vejo enfiar as mãos no bolso e olhar para uma placa de trânsito a fim de desviar seu olhar. Conheço bem essa expressão, ele acredita que não farei queixa, talvez pense o pior de mim.

Sentindo muita raiva neste instante, retiro o seu paletó do meu corpo e o devolvo bruscamente.

Seguro a alça rasgada do vestido rapidamente antes que eu fique nua.

— Hugo, muito obrigada por tudo. Mas agora posso me virar sozinha.

— A cidade é perigosa neste horário.

Desejo dizer que posso muito bem cuidar de mim mesma, porém me lembro do que acaba de acontecer dentro do hotel.

— Você já fez o suficiente por mim.

Ele ainda  evita me olhar, mais precisamente agora por causa da minha roupa. Hugo ainda está com uma mão enfiada no bolso e a outra segurando o paletó.

— Olha, se não quer denunciá-lo, posso pelo menos te deixar em um lugar seguro?

Fico irritada que ele esteja pensando que eu não quero denunciar Maicon.

— Eu nem ao menos te conheço, estou agradecida pelo que fez, mas realmente por voltar pra casa, peço um Uber.

Falo e me viro de costas, consigo ouvi-lo bufar.

Por um instante imaginei que ele pudesse ser um cara bacana, mas pelo visto se trata de um babaca.

Saio apressada sem olhar para trás, não desejo vê-lo novamente. Passo ao lado de uma vitrine espelhada e observo o meu reflexo, não estou mais tão apresentável, meu vestido está rasgado, os cabelos um pouco desalinhados e meu batom se foi. Porém, minha imagem é um dos meus menores problemas nesta noite. Estou mais adiante e viro a esquina, me apresso a fim de me afastar logo. Enfio a mão na bolsa para pegar meu celular, preciso conferir a gravação e salvá-la na nuvem para me garantir, além do mais vou ligar para Elizabeth , ela deve estar preocupada e depois pedir um Uber, ir pra casa e descansar, desejo que essa noite acabe logo.

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